O guitarrista Eric Clapton disse, em uma sessão de perguntas e respostas que promoveu o documentário “Eric Clapton: Life In 12 Bars”, que sente vergonha de ter feito alguns comentários racistas no passado. Um deles, o mais notório, foi feito em 1976, durante um show em Birmingham, Inglaterra – e, aparentemente, ainda deixa Clapton incomodado.
Mais consciente de suas afirmações, Clapton destacou, após mais de 40 anos, a vergonha que sente por seus comentários. “Sabotei tudo com o que me envolvi. Estava tão envergonhado de quem eu era, um tipo de semi-racista, o que não fazia sentido. Metade dos meus amigos eram negros, namorei uma mulher negra e defendi a música negra”, afirmou.
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Assim como diversos momentos erráticos de sua carreira, o guitarrista creditou essa situação ao abuso de álcool e drogas, algo que esteve presente durante, praticamente, toda a sua vida.
O que Eric Clapton disse em 1976
Na ocasião, além de ter expressado apoio ao político Enoch Powell, considerado “nacionalista branco”, Eric Clapton disse ao público de seu show que o Reino Unido estava se transformando em uma “colônia negra”.
“Acho que Enoch está certo, acho que deveríamos mandá-los todos de volta. Impeçam o Reino Unido de se transformar em uma colônia negra. Tirem os estrangeiros. A Inglaterra é para brancos, cara. Somos um país branco. Essa é a Grã-Bretanha, um país branco. O que está acontecendo conosco, p*rra?”
As falas de Clapton inspiraram a criação do movimento Rock Against Racism. Nos anos seguintes ao ocorrido, ele foi forçado, durante entrevistas, a lidar com suas palavras. Clapton já atribuía tais afirmações ao uso de álcool e drogas.
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