Em 1981, o mundo conheceria uma das bandas mais importantes daquela década: o Mötley Crüe estreava com “Too Fast for Love”, álbum que, nem todos sabem, teve duas versões diferentes.
A primeira foi lançada pelo selo Leathür, criado pela banda em 1981. O sucesso da edição inicial faria que com que o grupo fosse contratado pela gravadora Elektra, responsável por relançá-lo com nova mixagem, de Roy Thomas Baker (Queen, Journey, Alice Cooper, etc), em 1982.
Curiosamente, o estilo de vida de Roy Thomas Baker era bastante compatível com o do Mötley Crüe, um grande adepto às farras. No fim das contas, o produtor fez bem o seu trabalho, apesar da desconfiança da banda e do funcionário do A&R da Elektra, Tom Zutaut, que falou sobre a mudança no livro “The Dirt”, autobiografia do grupo:
“Originalmente, íamos apenas relançar o álbum ‘Too Fast For Love’, que eles tinham soltado de forma independente, mas Kenny Buttice (chefe de A&R da Elektra) convenceu a gravadora de que a qualidade não estava à altura dos padrões do rádio e que só seria possível lançá-lo depois de remixado. Eu fui contra e a banda ficou apreensiva, mas se uma remixagem era o que precisávamos para tornar o Crüe uma prioridade na Elektra, estávamos dispostos a jogar o jogo deles.”
Mötley Crüe e “Too Fast for Love”: as diferenças
Embora a versão de 1982, com a remixagem de Roy Thomas Baker, tenha uma sonoridade obviamente mais trabalhada, nítida e complexa, há quem ainda prefira a pegada mais crua do original.
Apesar de ter feito fama na onda do chamado “glam metal” dos anos 80, o Mötley Crüe era bem mais agressivo do que a maioria das bandas dessa cena. Isso fica ainda mais evidente quando ouvimos a versão original, do selo Leathür.
Confira:
Além das diferenças técnicas, apenas a versão de 1981 conta com a música “Stick To Your Guns”, omitida no relançamento da Elektra de 1982. A faixa foi lançada ainda antes do álbum, como single, cujo lado B era “Toast of the Town”.
A capa de “Too Fast For Love” também sofreu pequenas alterações com os eventuais relançamentos, ganhando a cor vermelha no logo da banda, além de outros pequenos detalhes.
“Too Fast For Love” foi bem recebido na época de seu lançamento, mas não foi um trabalho exatamente popular. A explosão do Mötley Crüe viria no ano seguinte ao relançamento, com “Shout at the Devil”.
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bom debut que seria em muito superado com a obra prima oitentista “shout at the devil” mas, sem duvida, um disco legal e que deu todos os alicerces para a nova era que se iniciava
“Too fast for love” tem uma introdução que foi cortada na versão final.
O vocal de “ON with the show” também está bem diferente. foi refeito.