Steve Harris é um dos baixistas mais notórios do heavy metal. Além de liderar o Iron Maiden e ser o principal compositor da banda, o músico britânico tem uma técnica bastante peculiar no baixo.
O detalhe mais famoso da sonoridade de Harris enquanto baixista é o uso da técnica de pizzicato, que soa “galopante” no instrumento. Ele costuma passar giz nos dedos para deixá-los ainda mais rápidos.
Em uma reportagem especial da Metal Hammer, o guitarrista Janick Gers, que trabalha com Steve Harris desde 1990, comentou:
“Steve aprendeu sozinho de uma forma que ninguém consegue copiar. As pessoas dizem que ele toca como uma guitarra solo, mas não é. Ele dá base à banda e a sonoridade se move bastante, mas é o tom que ele tem. Steve tem uma maneira de ouvir as coisas e um tom que normalmente não é associado a um baixo. É mais como uma guitarra base.”
Como Harris se interessou pela música? Por que ele escolheu tocar baixo? Quais os baixistas favoritos dele? O próprio músico responde a seguir.
Interesse pela música
Em entrevista ao Loudwire, no ano de 2020, o baixista do Iron Maiden se recordou dos anos iniciais de sua vida, quando interessou-se pela música.
“Eu ia à casa de um amigo meu da escola para jogar xadrez. Ele colocava todas aquelas músicas para rolar de fundo. Tenho certeza que ele fazia aquilo tentando me desconcentrar do xadrez. E aquilo me tirava do jogo de xadrez porque eu tentava ouvir, pensando ‘oh, isso é interessante’.”
No fim das contas, o músico pediu emprestado alguns dos discos que estavam rolando, de bandas como Black Sabbath, Wishbone Ash e Jethro Tull.
“Foi aquilo que mudou a minha vida completamente”, disse Harris, que já gostava de Beatles e Simon and Garfunkel por influência de seus pais.
Steve Harris e a escolha pelo baixo
Já interessado por bandas de rock com sonoridades mais pesadas, Steve Harris ainda precisava escolher seu instrumento. Primeiro, tentou a bateria, mas não deu certo.
Em vez de migrar para a guitarra, como muitos fariam naquela época, ele optou pelo baixo, pois gostava muito da parte rítmica das músicas.
“Eu pensava: se não consigo tocar bateria, devo tocar junto com a bateria, em termos rítmicos. Queria fazer algo onde o baixo fosse além de apenas conectar todo o restante.”
Antes de aprender o baixo, Steve Harris foi instruído a aprender como tocar violão, para se familiarizar com o uso da palheta. Porém, ele preferiu tocar com os dedos diretamente nas cordas, pois achou mais fácil. Foi aí que sua técnica peculiar de staccato no baixo começou a ser desenvolvida.
Os baixistas favoritos
Como já mencionado, Steve Harris foi influenciado por bandas como Black Sabbath e Jethro Tull, além de nomes como Free, Deep Purple, Genesis, Led Zeppelin e Emerson, Lake & Palmer, entre outros.
Ou seja: forma-se, aí, uma gama de baixistas incríveis para referências. Músicos como Geezer Butler, Roger Glover, John Paul Jones e Greg Lake estão entre os destaques.
Ao mesmo tempo, Harris não virou as costas para bandas um pouco menos conhecidas, como Golden Earring, UFO, Thin Lizzy e o já citado Wishbone Ash. Em entrevista ao Ultimate Guitar, também em 2020, ele destacou:
“Existiam alguns baixistas que a maioria das pessoas pode não conhecer, como Rinus Gerritsen (Golden Earring), Martin Turner (Wishbone Ash), Pete Way (UFO), vários deles – porém, todos de rock.”
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Cara, Steve Harris imitou até a roupa do Pete Way do UFO.