DeWolff divulga o álbum “Wolffpack” e vai do hard rock retrô à soul music

O DeWolff lançou, nesta sexta-feira (5), seu 9° álbum de estúdio, intitulado "Wolffpack". O material nasceu de sessões promovidas em meio a uma espécie de serviço por assinatura da banda, onde os fãs puderam ouvir as canções do disco em primeira mão.

O DeWolff lançou, nesta sexta-feira (5), seu 9° álbum de estúdio. Intitulado “Wolffpack”, o disco chega a público por meio da gravadora Mascot Records.

O novo material desta banda holandesa de hard rock retrô, formada pelos irmãos Pablo (vocal e guitarra) e Luka van de Poel (bateria) junto de Robin Piso (teclados), sucede “Tascam Tapes“, que saiu no comecinho de 2020. Com turnês interrompidas, a banda embarcou em um projeto, no mínimo, curioso.

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No último mês de junho, o trio anunciou uma espécie de serviço por assinatura, chamado Wolffpack, onde os fãs/clientes ganhariam três músicas novas a cada duas semanas durante o prazo de 10 semanas. Ou seja: ao fim, a banda disponibilizou 15 canções inéditas.

Dentro deste material, os fãs poderiam selecionar suas 9 músicas favoritas para um álbum. Nasceu, assim, o disco “Wolffpack”, que se originou dessas sessões um tanto peculiares, realizadas no estúdio pessoal do trio, em Utrecht, na Holanda.

Ouça “Wolffpack” abaixo, via Spotify ou YouTube, e leia comentário a seguir.

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Curiosamente, o álbum tem um caráter um tanto colaborativo, não só pela interação com os fãs, como, também, pelas participações de convidados especiais, de nomes como Ian Peres, Judy Blank, Diwa Meijman (Darilyn), Levis Vis e Stefan Wolfs (os dois últimos do Dawn Brothers). Algo raro na discografia da banda, que costuma gravar tudo por conta própria.

Musicalmente falando, “Wolffpack” inclina-se mais para as influências da soul music, que já apareceram nos outros trabalhos, mas sem o mesmo protagonismo do momento atual. Faixas como “Sweet Loretta”, “Half of Your Love” e “Roll Up the Rise” trazem essa pegada, que se encaixa muito bem, especialmente, nos vocais suaves e delicados de Pablo van de Poel.

Claro, o hard rock setentista e tipicamente vintage do DeWolff não deixou de aparecer. A pegada clássica da badna surge em destaque nas faixas de abertura, como “Yes You Do” e “Treasure City Moonchild”, e encerramento, a exemplo de “R U My Saviour” e “Hope Train”.

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A dinâmica do trio segue intacta, mesmo com as participações especiais. Além de cantar muito bem, Pablo é um ótimo guitarrista e sabe trabalhar muito bem com o órgão Hammond bem evidente de Robin Piso e com a bateria de Luka van de Poel, o mais próximo que teremos de Ian Paice (Deep Purple) na nova geração de músicos.

“Wolffpack” reafirma o DeWolff como uma das bandas mais interessantes desse movimento retrô que ganhou força no rock em meio à última década. Além disso, mostra que a banda pode soar versátil e que os músicos, de fato, não são mágicos de um truque só.

DeWolff – “Wolffpack”

1. Yes You Do
2. Treasure City Moonchild
3. Do Me
4. Sweet Loretta
5. Half Of Your Love
6. Lady J
7. Roll Up The Rise
8. Bona Fide
9. R U My Savior?
10. Hope Train

“Wolffpack” está representado em minha playlist de lançamentos, atualizada semanalmente. Siga e dê o play:

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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