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DeWolff lança o álbum Tascam Tapes sem bateria e amplificadores, ouça

O DeWolff lançou, nesta sexta-feira (10), seu sétimo álbum de estúdio. O trabalho, intitulado ‘Tascam Tapes’, chega por meio da gravadora Mascot Label Group.

Desta vez, o trio holandês formado por Pablo de Poel (vocal e guitarra), seu irmão Luka van de Poel (bateria) e Robin Piso (teclados) trabalhou em um formato, no mínimo, diferente. Segundo material de divulgação, todo o álbum foi gravado usando apenas um gravador de áudio em K7, modelo Tascam, em 4 canais.

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Desta forma, ‘Tascam Tapes’ abdicou de recursos considerados essenciais para um álbum de rock. A banda não usou amplificadores de guitarra, nem o tradicional órgão Hammond, muito menos uma bateria de verdade – no lugar dela, é usado um sintetizador que simula o instrumento.

Não à toa, a capa do álbum brinca com o orçamento, dizendo: ‘este é o novo álbum do DeWolff, foi gravado na estrada por menos de 50 euros, mas soa como um milhão de pratas!’. A parte do “milhão” pode ser um pouco exagerada, mas, certamente, ‘Tascam Tapes’ soa bem melhor do que seu material de divulgação faz parecer.

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Trabalhado e mixado com bastante cuidado, ‘Tascam Tapes’ não passa a impressão de ter sido gravado com poucos recursos. Tem uma pegada lo-fi, que é bem diferente de ser mal feito – e acaba se fazendo presente até nos registros anteriores, visto que o DeWolff sempre optou por uma produção bem retrô, ao estilo “empoeirada”.

O repertório também é caprichado e reforça a evolução pela qual o DeWolff passou no álbum anterior, ‘Thrust’ (2018). As músicas estão cada vez mais bem construídas, com arranjos e ganchos melódicos que foram pensados e elaborados, não apenas frutos de jams, como era no início.

Chama atenção, ainda, que as músicas são bem curtinhas: com 12 músicas, ‘Tascam Tapes’ tem pouco mais de 30 minutos de duração. No mais, a sonoridade segue focada no hard rock de aura retrô, bem orientado aos trabalhos da década de 1970, com a veia pulsante do blues rock e influência do soul, R&B e até de alternativo, quase como filhos bastardos do The Black Keys, em determinados momentos.

A semi-balada cheia de groove ‘It Ain’t Easy’, a garage/lo-fi ‘Nothing’s Changing’, ‘Let It Fly’ e seus backing vocals bem colocados e o encerramento ‘Life in a Fish Tank’, com uma gaita que chega a arrepiar, são alguns dos destaques. Porém, todo o álbum é coeso e marcado pela regularidade.

Dadas as circunstâncias, parece óbvio dizer, mas ‘Tascam Tapes’ não foi feito para ser o registro definitivo do DeWolff. Ainda assim, é um material de bom gosto, que reforça a evolução pela qual a banda passa.

Ouça ‘Tascam Tapes’ a seguir, via Spotify ou YouTube (playlist):

Veja, abaixo, a capa e a tracklist:

1. North Pole Blues
2. Blood Meridian I
3. It Ain’t Easy
4. Rain
5. Made it to 27
6. Nothing’s Changing
7. Let it Fly
8. Blood Meridian II
9. Awesomeness of Love
10. Love is Such a Waste
11. Am I Losing My Mind
12. Life in a Fish Tank

‘Tascam Tapes’ está representado na minha playlist de lançamentos, atualizada semanalmente. Siga e dê o play:

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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