Layla Zoe mergulha no blues rock e esbanja vozeirão no álbum ‘Nowhere Left to Go’

A cantora canadense Layla Zoe lançou, nesta sexta-feira (8), seu novo álbum de estúdio 'Nowhere Left to Go'. A sonoridade aposta em um híbrido de blues rock que ainda acrescenta elementos de R&B, soul e gospel - sempre com o vozeirão de Layla em primeiro plano.

A cantora canadense Layla Zoe lançou, nesta sexta-feira (8), seu novo álbum de estúdio ‘Nowhere Left to Go’. Liberado de forma independente, o disco é citado como o 15° da trajetória da artista, que também é a produtora do material.

Com músicas co-escritas por Jackie Venson, Alastair Greene, Bob Fridema, Suie Vinnick, Guy Smeets, Brandi Disterheft e Dimitri Lebel, ‘Nowhere Left to Go’ foi gravado remotamente em meio à pandemia do novo coronavírus. Layla Zoe entrou em processo criativo já que não poderia mais fazer shows.

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Como resultado, nasceu um bom álbum de blues rock, com referências claras a R&B, soul e gospel. As faixas conquistam de primeira, especialmente pelo vozeirão de Layla.

Ouça ‘Nowhere Left to Go’ a seguir, via Spotify ou YouTube (playlist):

Chama atenção, ainda, que o conceito artístico por trás desse álbum é mais simples e direto que o do antecessor, o ambicioso ‘Gemini’ (2018), duplo e dividido entre lados mais blues e mais rock. Em ‘Nowhere Left to Go’, não há repartição: os dois elementos se misturam de forma fluida e ainda há espaço para outras influências, que entram em uma pegada bem orgânica.

A música de abertura ‘Pray’, guiada apenas por voz e piano, bebe direto das fontes do gospel. E Layla impressiona logo de cara, pois canta demais. A faixa-título, em seguida, retrata a mescla entre blues e rock mencionada anteriormente. Também cativa na primeira audição. ‘Sometimes We Fight’, por sua vez, flerta com o soul e é conduzida pela sempre bela sonoridade de órgão Hammond.

As guitarras voltam ao primeiro plano na ótima ‘Don’t Wanna Help Anyone’, enquanto ‘This Love Will Last’ é um R&B de audição gostosa. Vale citar que ambas as faixas trazem bons solos de guitarra. A melancólica ‘Susan’, com piano na linha de frente, tem boa participação de toda a banda, ainda que Layla Zoe roube a cena frequentemente.

‘Little Boy’, em seguida, soa como um rock ardido, mas a lenta e não tão inspirada ‘Might Need to Fly’ trata de puxar o freio, naquele que seria o único ponto fraco do álbum. ‘Lies’, penúltima da tracklist, tem abordagem retrô interessante, ainda que demore a convencer. Por sorte, a má impressão deixada pelas duas faixas anteriores é apagada por ‘Dear Mom’, que encerra o disco com bela melodia e incríveis arranjos de cordas.

Com saldo pra lá de positivo, ‘Nowhere Left to Go’ é bastante recomendado para quem gosta de rock em suas formas mais clássicas e para quem se identifica com as incursões no blues, R&B, soul e gospel. Há bom gosto na construção do repertório e na performance dos músicos, além, claro, do repetido destaque à voz de Layla Zoe, que canta muito. É um alento poder abrir 2021 com esse disco.

Layla Zoe – ‘Nowhere Left to Go’

1. Pray
2. Nowhere Left to Go
3. Sometimes We Fight
4. Don’t Wanna Help Anyone
5. This Love Will Last
6. Susan
7. Little Boy
8. Might Need to Fly
9. Lies
10. Dear Mom

* Foto da matéria: Anna Smakman / divulgação

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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