O álbum que definiu a sonoridade do AC/DC, segundo Angus Young

O AC/DC lançou uma série de álbuns de sucesso, mas um disco, em especial, definiu a sonoridade da banda, de acordo com o guitarrista Angus Young. Trata-se do clássico 'Let There Be Rock', de 1977.

O AC/DC lançou uma série de álbuns de sucesso, especialmente entre as décadas de 1970 e 1980. Os dois mais vendidos foram ‘Highway to Hell’, lançado em 1979, e ‘Back in Black’, que chegou a público em 1980 – este último é, inclusive, o disco de rock pesado estúdio mais comercializado da história, com 29 milhões de unidades certificadas.

Todavia, como diz uma música do próprio AC/DC: “it’s a long way to the top if you wanna rock ‘n’ roll“. O caminho é árduo e extenso, portanto, demorou até que a banda formatasse sua sonoridade. Para se ter ideia, ‘Highway to Hell’, que dá início à fase de maior sucesso do grupo, foi o sexto da discografia.

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Em recente entrevista à rádio suíça SRF 3, com transcrição feita pelo site Blabbermouth, o guitarrista Angus Young revelou qual foi o disco que definiu a sonoridade do AC/DC. Na visão dele, trata-se de ‘Let There Be Rock‘, o quarto álbum da carreira da banda, lançado em 1977.

‘Let There Be Rock’ definiu o AC/DC

Angus Young comenta:

“Para mim, ‘Let There Be Rock’ foi o álbum. E a razão pela qual eu gosto de ‘Let There Be Rock’ foi porque meu irmão, George (Young, produtor), perguntou para mim e para Malcolm (Young, guitarrista) qual tipo de álbum queríamos fazer daquela vez. Malcolm olhou para mim e disse: ‘queremos um disco que traga apenas a mais pura guitarra hard rock’.”

A decisão de Malcolm Young em investir nas guitarras foi acertada, na opinião de Angus. O motivo, segundo ele, era o contexto histórico daqueles tempos.

“Achei aquilo ótimo, pois todo mundo estava em seus próprios estilos. Havia a música punk, havia a new wave, havia todo tipo de música que estava sendo lançada. E eu pensei: ‘isso é magia pura’. Foi o álbum que definiu o AC/DC aos meus olhos. Foi quando falei: ‘essa é uma ótima banda’.”

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A importância de Malcolm Young

Falecido em 2017, aos 64 anos, Malcolm Young foi fundamental para que o AC/DC estabelecesse sua sonoridade. Tanto nos momentos iniciais quanto no desenrolar da trajetória da banda, o guitarrista rítmico era o “chefe” da parte artística.

Em outra entrevista, ao iHeart Radio, o vocalista Brian Johnson comentou que o novo álbum do AC/DC, ‘Power Up’, era uma justa homenagem a Malcolm. De acordo com ele, todo o som da banda foi construído com base no que o guitarrista pensava.

“Fizemos ‘Power Up’ desde o início com esse sentimento. Perdemos Malcolm e queríamos que fosse um tributo a ele. Nosso líder, o cara que estava lá desde o início. Era ideia dele. A ideia de fazer o AC/DC ter um som que ninguém poderia copiar. Estava na mente dele todo o tempo dele. Ele se manteve assim o tempo todo, o que é incrível.”

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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