O Blue Öyster Cult lançou, nesta sexta-feira (9), um novo álbum de estúdio. Intitulado ‘The Symbol Remains’, o disco chega a público por meio da gravadora Frontiers Music Srl, com edição nacional via Hellion Records.
O último álbum do grupo até então era ‘Curse of the Hidden Mirror’, de 2001. Desde então, juntaram-se à formação o baterista Jules Radino e o tecladista Richie Castellano. Danny Miranda, baixista entre 1995 e 2004, retornou em 2017. A line-up é completa pelo vocalista Eric Bloom e pelo guitarrista Donald “Buck Dharma” Roeser.
Ao todo, ‘The Symbol Remains’ traz 14 faixas que, de acordo com a própria banda, corresponde a um de seus materiais mais “inspirados e diversos”. As gravações foram iniciadas ainda em 2019 e concluídas, ao que tudo indica, antes da pandemia do novo coronavírus.
“Com as demos surgindo, percebemos que haveria tanta, senão mais variedade de estilos e conteúdo nesse álbum do que em qualquer outro de nossa história”, afirmou Bloom, em nota. “O objetivo era que as novas músicas tivessem a qualidade e vitalidade de nossas gravações antigas e acredito que fizemos isso com sucesso”, completou Buck Dharma.
Ouça ‘The Symbol Remains’ abaixo, via Spotify ou YouTube (playlist). Confira opinião a seguir.
Blue Öyster Cult soa perdido e pouco ousado em ‘The Symbol Remains’
Sempre bate uma ponta de emoção quando nos deparamos com bandas veteranas que lançam álbuns e buscam se manter produtivas. O Blue Öyster Cult passou por um hiato de 19 anos sem lançar discos – ‘Curse of the Hidden Mirror’, anterior a este, é de 2001 -, então, muitos fãs ficam felizes só pelo fato de ouvir material novo daquele grupo.
Isso, infelizmente, deixa o crivo um pouco flexível demais. E pode atrapalhar ao avaliar ‘The Symbol Remains’, um álbum que chega a irritar de tão mediano em meio a uma discografia repleta de momentos ousados – dos acertos aos erros, nunca foi uma banda medíocre.
O Blue Öyster Cult era uma das bandas mais experimentais do hard rock nos anos 1970. Foi, inclusive, o que atrapalhou a banda na década de 1980, pois estavam inseridos em um contexto que não permitia ser tão ousado. Mas era a marca da banda. Era identidade.
Em ‘The Symbols Remains’, esse elemento se perdeu. O álbum soa genérico e parece atirar para todos os lados, desde a quase-AOR ‘Tainted Blood’ até a inesperadamente metálica ‘Stand and Fight’.
Claro que, no geral, a aposta mais clara é num hard rock de guitarras mais presentes e até pesadas, mas tudo soa como um projeto qualquer da Frontiers. Apesar do que as declarações dos músicos indicavam, não é mais o velho e ousado Blue Öyster Cult, ainda que tenha dois de seus integrantes principais: Buck Dharma e Eric Bloom. Não é ruim. Só é esquecível.
Blue Öyster Cult – ‘The Symbol Remains’
1. That Was Me
2. Box In My Head
3. Tainted Blood
4. Nightmare Epiphany
5. Edge Of The World
6. The Machine
7. Train True (Lennie’s Song)
8. The Return Of St. Cecilia
9. Stand And Fight
10. Florida Man
11. The Alchemist
12. Secret Road
13. There’s A Crime
14. Fight