David Coverdale recusou convite para o Rainbow e indicou Jeff Beck ao Deep Purple

Em junho de 1975, o guitarrista Ritchie Blackmore anunciava sua saída do Deep Purple e a criação do Rainbow. O Purple já havia passado por mudanças significativas, com a substituição do vocalista Ian Gillan e do baixista Roger Glover para, respectivamente, David Coverdale e Glenn Hughes.

Blackmore formou o Rainbow com Ronnie James Dio nos vocais e outros músicos que se apresentavam junto do cantor em sua banda anterior, o Elf. Os integrantes logo seriam substituídos após a gravação do álbum de estreia da banda, ‘Ritchie Blackmore’s Rainbow’ (1975), e o resto é história.

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Todavia, antes mesmo de chegar ao nome de Ronnie James Dio, eis que Ritchie Blackmore teve a ideia de “roubar” o vocalista do Deep Purple naquele momento. Sim, David Coverdale foi convidado para se juntar ao Rainbow. E, curiosamente, recusou.

A informação consta no livro ‘Touched by Magic: The Tommy Bolin Story’, lançado por Greg Prato. Na obra, Coverdale aponta que sua recusa ao Rainbow deixou a relação entre ele e Blackmore um pouco ruim.

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“Quando Ritchie Blackmore decidiu sair, ele me chamou para ir com ele para o projeto do Rainbow. Porém, me senti desconfortável com isso. Não achava apropriado. E foi isso que deixou o relacionamento de Ritchie comigo um pouco abrasivo por um tempo, infelizmente”, disse o vocalista.

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Jeff Beck, Rory Gallagher ou Tommy Bolin no Deep Purple

Outra curiosa relação feita durante o livro é que David Coverdale recomendou três nomes de guitarristas para ocupar a vaga de Ritchie Blackmore no Deep Purple. Além de Tommy Bolin, que ficou com a vaga, o cantor sugeriu Jeff Beck e Rory Gallagher.

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“Quando tivemos uma reunião sem Ritchie, minhas recomendações foram: número um, Jeff Beck. Número dois, Rory Gallagher. E número três, esse cara chamado Tommy Bolin que ninguém conhecia. Ouvi Tommy Bolin no álbum ‘Spectrum’ (1973), de Billy Cobham, e em ‘Mind Transplant’ (1975), de Alphonse Mouzon. Fiquei impressionado, nem sabia como ele era”, afirmou.

Os demais integrantes do Deep Purple gostaram de Tommy Bolin e tentaram convidá-lo para uma audição. “Na época, o Purple era essa grande entidade, uma das bandas aristocráticas do rock, antes desse mercado ficar saturado, como hoje. E mesmo nós não conseguíamos encontrá-lo. Acabamos achando Tommy a alguns quilômetros de distância de onde eu morava em Malibu”, disse.

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Com Bolin devidamente localizado e convidado, a audição acabou rolando. “Ele chegou com um cabelo multi-colorido, usando calças largas antes mesmo de Steven Tyler (Aerosmith), e em um salto plataforma de uns 12 centímetros. Não eram sapatos comuns, eram como sandálias de plataforma. Era um espetáculo, uma criatura exótica. Usou uma guitarra emprestada, chegou perto do amplificador, colocou tudo no volume 11 e arrepiou todo mundo. Foi extraordinário”, afirmou Coverdale.

A formação do Deep Purple se consolidou com David Coverdale, Glenn Hughes, Tommy Bolin, o baterista Ian Paice e o tecladista Jon Lord. Eles gravaram o álbum ‘Come Taste the Band’ (1975), fizeram uma turnê e logo romperam, em 1976. Naquele mesmo ano, Bolin morreu de overdose.

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O Purple só voltou em 1984, com o line-up clássico que trazia Ian Gillan, Roger Glover e Ritchie Blackmore, além de Paice e Lord.


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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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