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Corey Taylor quase se tornou vocalista do Velvet Revolver e Anthrax

Corey Taylor, conhecido por seu trabalho como vocalista do Slipknot e Stone Sour, é um dos workaholics mais notáveis do rock. E o currículo do cantor quase ficou ainda mais recheado de trabalhos quando, nos últimos anos, foi cogitado e quase entrou para o Velvet Revolver e o Anthrax.

Em ambos os casos, não fica claro se Corey Taylor seria um vocalista full-time ou se funcionaria como um projeto paralelo. Embora seja difícil imaginar Taylor saindo do Slipknot, é importante lembrar que a banda quase sempre esteve em conflito interno, especialmente na década de 2000.

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Abaixo, resgato declarações que confirmam e detalham as “quase entradas” de Taylor para as duas bandas.

Corey Taylor no Velvet Revolver

A tentativa de Corey Taylor se juntar ao Velvet Revolver ocorreu no fim dos anos 2000, quando o então vocalista da banda, Scott Weiland, deixou a formação em 2008. Os guitarristas Slash e Dave Kushner, o baixista Duff McKagan e o baterista Matt Sorum cogitaram diversos cantores para a função, como Myles Kennedy, Lenny Kravitz e Chester Bennington.

Dave Kushner, inclusive, já declarou que chegou a ser efetivado nos vocais em algum momento de 2008, mas a iniciativa não vingou. O Velvet Revolver realmente se dissolveu e cada integrante “caçou seu rumo”.

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Entre os nomes cogitados para a banda, estava o de Corey Taylor, que foi além e gravou músicas inéditas com os demais integrantes, conforme revelado pelo próprio cantor em entrevistas. “Cheguei perto de ser o vocalista da banda, acredito. Estive em Los Angeles e fiz algumas jams com eles. Gravamos algumas demos também”, afirmou, em 2013, ao site Reddit.

Em entrevista ao canal Lokaos no YouTube, Matt Sorum contou que Slash foi o responsável por Corey Taylor não ter sido efetivado na função. “Nós gostamos de Corey. Tínhamos 10 músicas. Poderíamos lançar um álbum completo amanhã, pois estão todas prontas, mas Slash não estava gostando e, se não concordarmos da mesma forma, não podemos lançar”, disse.

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Já em 2015, Slash falou à Rolling Stone sobre o motivo pelo qual Corey Taylor não entrou para o Velvet Revolver: seu vocal era “macho” demais. “Amo Corey até a morte, mas algo era muito… qual a palavra pra isso? Você sabe como Corey canta. É algo muito ‘macho’. Não tinha certos elementos que eu achei serem necessários. Então, não decidimos por esse caminho e foi o mais próximo até então”, afirmou.

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Corey Taylor no Anthrax

No mesmo período, Corey Taylor quase entrou para outra banda conhecida: o Anthrax, um dos grandes nomes do thrash metal. Ele foi cogitado em algum momento da segunda metade da década de 2000, quando vários vocalistas passaram pela banda: Joey Belladonna (2005 a 2007), Dan Nelson (2007 a 2009) e John Bush (2009 a 2010). Belladonna retornou para uma terceira passagem em 2010 e acabou permanecendo em definitivo.

“Começamos a fazer jams com violões em Nova York e nos divertimos. Depois, fomos jantar e alguém, não lembro quem, brincou dizendo: ‘por que você não canta para a gente?’. Nós rimos, aí tudo ficou em silêncio e todos nos perguntávamos por que não”, disse Corey Taylor, em 2014, durante entrevista ao podcast Talk is Jericho.

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Segundo o cantor, a situação ocorreu entre os álbuns “Come What(ever) May” (2006), do Stone Sour, e “All Hope Is Gone” (2008), do Slipknot. A passagem temporal parece indicar que ele iria substituir Joey Belladonna, mas nessa entrevista ao Talk is Jericho, Taylor chega a fazer críticas à forma como Dan Nelson tratou a banda.

Fato é que o namoro entre Corey Taylor e Anthrax quase virou casamento. Só não rolou por conta da gravadora do Slipknot, Roadrunner, que pressionava a banda para lançar “All Hope Is Gone”.

“A situação com o Anthrax ofi triste, porque eu estava pronto para viajar até Chicago e começar a compor com eles. Charlie Benante (baterista) e Scott Ian (guitarrista) mandaram vários materiais e eu estava fazendo as letras. Muito disso foi parar no álbum ‘Worship Music’ (2011) – não com minhas letras, mas eu reconhecia aquelas músicas”, afirmou.

Taylor disse que não se arrepende, já que tudo culminou em um retorno definitivo de Joey Belladonna, mas afirmou que, por ser um grande fã de Anthrax, queria muito ter cantado com eles. “Eles voltaram com Joey e ‘Worship Music’ é fabuloso. Foi por causa desse disco que chamamos Jay Ruston para mixar ‘House of Gold and Bones’, do Stone Sour”, comentou.

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Durante entrevista mais recente, ao jornalista Eddie Trunk, Corey Taylor reforçou que só não entrou para o Anthrax porque a gravadora entrou no meio. Ele destacou, ainda, que só conseguiu se manter no mercado da música porque sempre esteve envolvido com mais de uma banda. Dessa forma, ele não se desgasta em apenas um projeto e fica mais difícil dos fãs se enjoarem dele.

“Sempre que penso que já fiz de tudo, eu mudo de marcha e vou para outro caminho. O público sempre está preparado para algo diferente. Isso mantém a energia de outro jeito, de um modo vital. As pessoas sempre estão empolgadas com o que vem por aí e é disso que se trata o rock and roll e o heavy metal”, pontuou.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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