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Badlands resistiu ao teste do tempo, reflete o baixista Greg Chaisson

O baixista Greg Chaisson lançou uma nova banda, Kings of Dust, mas sempre será lembrado pelo trabalho com o Badlands. Ele fez parte do supergrupo que reunia o saudoso vocalista Ray Gillen (Black Sabbath), falecido em 1993, e o guitarrista Jake E. Lee (Ozzy Osbourne). A formação contou com os bateristas Eric Singer e Jeff Martin em diferentes momentos.

Ao todo, o Badlands lançou três álbuns: o autointitulado “Badlands” (1989), “Voodoo Highway” (1991) e “Dusk” (1998). O último, uma seleção de demos, foi gravado em meados de 1993, mas só foi lançado anos depois.

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“É estranho pensar que esses álbuns foram lançados há tanto tempo, pois parece que foi ontem. Eles ainda ressoam com muitas pessoas e isso é gratificante. As pessoas realmente gostam. Se tivéssemos apoio da gravadora e melhores empresários desde o início, quem sabe o que poderia ter acontecido?”, afirmou Chaisson, em entrevista ao The Rockpit, citando o fato de o Badlands não ter feito tanto sucesso quanto poderia.

O músico revelou sentir muito orgulho dos álbuns feitos pela banda. “Até mesmo as demos que geraram ‘Dusk’ – gosto dos três e acho que eles resistiram ao teste do tempo. Não poderia estar mais feliz por ter feito parte disso”, disse.

Dusk, o álbum do Badlands que não foi finalizado

Em seguida, durante a entrevista, Greg Chaisson comentou especificamente sobre “Dusk”, que, conforme citado anteriormente, compila demos e não foi finalizado de forma devida. Com a morte de Ray Gillen, as gravações foram divulgadas da forma como estavam – algumas delas, com scat vocals, que são vocais provisoriamente registrados com palavras sem sentido só para não perder uma ideia de melodia.

“Sim, Ray fez scat vocals, ele nem havia terminado de compor as músicas. Nem sabíamos que iríamos entrar em estúdio, foi ele quem marcou. Recebemos uma ligação dizendo que deveríamos ir para lá, depois voltaríamos para a estrada. Não queríamos ir, mas fizemos algumas coisas e cada música foi gravada apenas uma vez, sem overdubs ou qualquer coisa”, afirmou o baixista.

Pelas contas de Chaisson, Jake E. Lee passou apenas uma hora e meia no estúdio para fazer o que é ouvido em “Dusk”. Ray Gillen, por sua vez, cantou tudo em um take só, sem vocais adicionais. “Algumas músicas como ‘Walking Attitude’ e outras trazem letras inventadas por ele na hora”, disse.

O Badlands já estava prestes a romper naquele momento. Em 1992, Ray Gillen chegou a ser demitido por Jake E. Lee após conflitos que aconteciam, inclusive, nos palcos. O cantor faleceu em 1° de dezembro de 1993, aos 34 anos, em decorrência de complicações causadas pela Aids.

– Badlands: a treta impressa entre Ray Gillen e Jake E. Lee na Kerrang

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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