A British Phonographic Industry (BPI), entidade responsável pelo mercado fonográfico no Reino Unido, divulgou o balanço comercial deste segmento em 2019. Na contramão de outras regiões do mundo, o britânico fã de música parece estar preferindo consumir CD a disco de vinil.
Segundo dados do levantamento publicados pelo jornalista John H. Darko, os CDs tiveram 22 milhões de unidades vendidas no mercado britânico. A mídia em questão passou por uma retração de 26,5% em comparação a 2018, mas ainda representa uma fatia considerável na indústria fonográfica local.
– Os 10 discos de vinil mais vendidos nos EUA em 2019 e na década de 2010
Darko apontou, ainda, que foram vendidos 4,3 milhões de discos de vinil no mesmo período analisado, com aumento de 4,1% na comercialização se comparado a 2018. Ou seja: CDs venderam cerca de 5 vezes mais que LPs no Reino Unido em 2019 – e os “bolachões” crescem em ritmo mais lento na região.
Como o documento é inconclusivo (o jornalista precisou fazer cálculos com base nos dados de 2018, já que as informações no documento de 2019 não são completas), não dá para dizer qual mídia, de fato, representou a fatia mais significativa em termos financeiros. Em outros países, CDs ainda vendem mais que LPs, mas os discos de vinil, por serem mais caros, arrecadam mais do que a mídia “sucessora”.
– Rock ainda é o estilo que mais vende discos, mas perde no streaming
O que é raro, em termos comparativos, é a discrepância entre as vendas de CDs e LPs apontada em um documento oficial. Muitas entidades preferem dar destaque às vendas dos vinis para aquecer ainda mais o mercado, que tem recebido incentivos das gravadoras por gerar mais lucro.
O levantamento também aponta que três quartos (74,4%) do mercado fonográfico do Reino Unido está dedicado ao streaming. A mídia física tem se tornado, cada vez mais, item de colecionador – por isso, as edições luxuosas e relançamentos de trabalhos clássicos são ainda mais frequentes por aí.
Os dados podem ser conferidos, na íntegra, no site da BPI.