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Dave Grohl fala sobre não tocar músicas do Nirvana após fim da banda

Antes de se consagrar como frontman do Foo Fighters, Dave Grohl foi baterista do Nirvana. Com o fim da banda, após o trágico suicídio de Kurt Cobain, Grohl montou o seu novo projeto e se envolveu com vários outros, mas praticamente nunca revisitou as antigas músicas do grupo que o consagrou.

Foram raras as exceções em que Dave Grohl tocou músicas do Nirvana – como a breve reunião em 2018 ou a cerimônia do Rock and Roll Hall of Fame em 2014. E a opção por não performar canções dessa época tem bastante a ver com a morte trágica de Kurt Cobain, que tirou a própria vida em 1994, aos 27 anos.

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Em uma entrevista interessante à Rolling Stone ao lado de Ringo Starr, um de seus grandes ídolos, Dave Grohlbateu um papo com o baterista dos Beatles e também respondeu a perguntas feitas por um entrevistador. Uma das questões aborda, justamente, a decisão de praticamente não tocar músicas do Nirvana desde 1994.

Ao ser perguntado se a opção ajudou a processar a perda, Dave Grohl respondeu: “Quando Kurt morreu, não havia forma certa ou errada de luto. Eram curvas engraçadas. Você ficava paralisado, daí se lembrava das coisas boas, depois se lembra de situações sombrias. Fiquei afastado da música por um tempo, nem ligava o rádio. Depois, percebi que a música era a única coisa que me fazia bem e me ajudaria nisso”.

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Foi aí que Dave Grohl começou a compor músicas e gravá-las – o resultado está no primeiro álbum do Foo Fighters, autointitulado e lançado em 1995. No disco, Grohl canta e toca todos os instrumentos.

O líder do Foo Fighters destacou, ainda, que é difícil “quando algum de seus amigos se torna alguém que é mais do que um ser humano para os outros”.

“Você se senta em uma entrevista e alguém te pergunta essas coisas que são muito emocionais, que você nunca perguntaria a um estranho, tipo ‘como você se sentiu quando seu irmão ou membro da família morreu’. Não é algo que você pergunta para alguém que acabou de conhecer. Foi difícil por um tempo, mas eu percebi que era importante seguir a vida. Outras vezes antes disso, minha vida foi salva pela música”, afirmou.

Kurt Cobain chegou a ouvir Foo Fighters e deu beijo em Dave Grohl

‘Sensação engraçada’

Embora não tenha explicado o motivo, Dave Grohl comentou sobre não tocar músicas do Nirvana. “Não tenho tocado essas canções do Nirvana mais do que apenas algumas vezes nos últimos 26 anos. De certa forma, estão fora dos limites. Houve algumas vezes, como no Rock and Roll Hall of Fame e um show, talvez, dois anos atrás”, disse.

Grohl definiu como uma sensação “engraçada” o fato de tocar essas músicas nos dias de hoje. “Parece que você está de volta com seus amigos na banda, mas algo está faltando. Gravamos uma música com Paul (McCartney, baixista dos Beatles) uma vez: eu, Pat Smear (guitarrista de turnê do Nirvana) e Krist Novoselic (baixista do Nirvana). Foi uma viagem nós três tocarmos juntos novamente. Simplesmente encaixa, é muito fácil. Algumas batidas e parece o Nirvana quando Krist e eu tocamos juntos. Ninguém mais faz aquele som. Durante os 20 minutos, toco com eles e é um sonho. Daí, eu percebo: ‘oh, espere, Paul está aqui também'”, afirmou.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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