A música ‘Hotel California’, do álbum de mesmo título, é o maior clássico do Eagles. A faixa lançada em 1976 nasceu de uma composição do guitarrista Don Felder e foi co-escrita pelo também guitarrista Glenn Frey e pelo baterista Don Henley, que assume os vocais da canção.
Em meio a tantos mistérios e controvérsias em torno de sua letra, ‘Hotel California’ tem um ar quase místico. O que pouca gente sabe, porém, é que uma parte importante da música quase ficou de fora: os icônicos solos de guitarra, tocados por Felder e pelo também guitarrista Joe Walsh ao fim da canção.
Em entrevista ao Gear Factory, quadro no canal de YouTube do site Loudwire, Don Felder relembrou a composição da música. “Fiz uma fita com 15 ou 16 ideias, sendo que uma das quais era a demo de ‘Hotel California’ gravada no meu quarto com um violão de 12 cordas, baixo e bateria eletrônica, tentando simular uma parte de guitarra entre Joe e eu. Todo o conceito veio daquela demo”, afirmou, inicialmente.
Algum tempo depois, o Eagles seguiu para Miami, nos Estados Unidos, para gravar o novo álbum. Don Felder e Joe Walsh começaram a trabalhar em um novo solo para a música ‘Hotel California’, que soaria, pelo visto, bem diferente do que os fãs conhecem.
“Joe e eu estávamos no estúdio, com duas guitarras, trocando ideias, quando Don Henley chegou e disse: ‘não está certo, pare, o que você está fazendo?’. Eu perguntei o que ele queria dizer e ele falou: ‘você precisa tocar exatamente como está na demo'”, disse.
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Foi aí que Felder descobriu que Henley estava ouvindo a demo de forma incessante por quase um ano. O guitarrista disse que não lembrava o que havia tocado e que estava apenas improvisando naquela gravação
Diante da insistência do baterista, o guitarrista teve que ligar para sua casa e pedir para a governanta achar a tal fita demo, em meio a tantas outras gravações que estavam no local. Após encontrá-la, ela teve que tocar o registro inteiro pelo telefone para que Don Felder pudesse reaprender o que compôs.
No fim das contas, não dá para negar que Don Henley estava certo. “É uma progressão melódica única. As notas caíram exatamente para onde os acordes estavam seguindo”, afirmou.
Confira a entrevista na íntegra (em inglês, sem legendas) no player de vídeo a seguir.