Marty Friedman ficou tempo demais no Megadeth, diz Dave Mustaine

O líder do Megadeth, Dave Mustaine, disse em entrevista à rádio KILO 94.3, transcrita pelo Blabbermouth, que o guitarrista Marty Friedman ficou “tempo demais” em sua banda. O músico entrou para o grupo em 1990 e saiu 10 anos depois.

O comentário foi feito após Dave Mustaine ter relembrado uma discussão em estúdio enquanto o Megadeth gravava “Risk”, último álbum da banda com Marty Friedman na guitarra. Na ocasião, os dois discordaram a respeito de um solo de guitarra em “Breadline”, música que reforçou o direcionamento musical diferente no qual o grupo estava apostando – algo que Mustaine atribui a Friedman.

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“Marty e eu estávamos seguindo em direções diferentes. Claro, somos amigos agora e sempre amei o jeito que ele toca, mas ele queria fazer algo diferente. Eu deveria ter dito: ‘ok, vamos parar, eu contrato um novo guitarrista e você segue seu caminho’. Ao invés disso, ele ficou mais tempo do que deveria e acho que eu o mantive por mais tempo do que deveria”, disse Mustaine.

– Para Dave Mustaine, música de Risk é uma das melhores do Megadeth

O músico destacou que “Risk” poderia ter ficado diferente se fosse gravado por outro guitarrista no lugar do ex-integrante. “A situação que complicou tudo foi quando Marty tinha um solo em ‘Breadline’ e a gravadora e os empresários tiraram, colocando um solo meu no lugar. Ele ficou louco e isso foi triste. Amo Marty. Eu disse para a gravadora que havia três formas de fazer isso, já que não gostaram do solo: silenciar o solo, trazê-lo de volta para fazer outro ou eu gravo. Eles disseram que não o chamariam de volta, porque não queriam pagar por isso, e que precisava de um solo, então, eu o fiz, desde que contassem para ele”, afirmou.

Segundo Dave Mustaine, ninguém contou para Marty Friedman sobre a alteração. “Quando estávamos para ouvir as mixagens finais, todos voltaram para Nashville. Ele ficou todo empolgado para ouvir seu solo em ‘Breadline’, pois amava aquela música e o solo dela. Era um solo bonito, mas não estava correto ali. Quando ele ouviu meu solo, ele chorou. Eu pensei: ‘cretinos, não contaram para ele’. Foi isso que fez Marty sair. Ele ainda seguiu por um tempo, mas, lá dentro, ele já havia nos deixado”, disse.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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