O vocalista e baixista Gene Simmons, do Kiss, deve entrar em acordo extrajudicial com uma mulher que alegou ter sido assediada e apalpada pelo músico no evento de abertura de sua rede de restaurantes, Rock & Brews, em El Segundo (Califórnia – EUA), em 2016. A moça trabalhava lavando os pratos na cozinha do estabelecimento.
Em seu depoimento, a funcionária disse que Gene Simmons “colocou a mão à força na vagina” dela, “cobrindo-a completamente”, após ele ter concordado em tirar uma foto com ele. Ela afirmou, ainda, que testemunhou Simmons se comportando de modo “sexualmente abusivo” com outras funcionárias do restaurante. Entre os supostos atos citados, Gene teria o hábito de tocar os cabelos das mulheres e pedir para que elas desabotoassem suas camisas.
Em atualização do caso, que chegou à justiça americana em dezembro do ano passado, a mulher apresentou um pedido para retirar o caso da mão dos juízes. Segundo o site The Blast, que conseguiu acesso aos documentos, apesar da solicitação não indicar a existência de um acordo, tudo indica que Gene Simmons tenha oferecido uma quantia, fora dos tribunais, para que a queixa fosse retirada.
Histórico
Não é a primeira vez que Gene Simmons é acusado, judicialmente, de crimes sexuais nos últimos tempos. Em 2017, ele foi processado por uma jornalista que dizia ter sido alvo de assédio sexual e violência de gênero.
Segundo a ação da jornalista em questão, que trabalha em uma rádio nos Estados Unidos, Gene Simmons teria forçado as mãos dela sobre os joelhos dele, colocado as mãos dele no pescoço dela, apalpado as nádegas dela e feito comentários inapropriados durante um evento realizado em um restaurante na Califórnia, em novembro de 2017.
O caso também foi resolvido com um acordo extrajudicial, em termos que não foram divulgados.
Em abril do ano passado, Gene Simmons chegou a dizer que a ação havia sido rejeitada pela justiça sem possibilidade de recorrer – o que não procede, já que foi feito até um acordo. “Já foi rejeitada com trânsito em julgado”, disse Simmons, na ocasião. “Vamos atrás dessa pessoa. Quando eu estava crescendo e alguém dizia algo ruim sobre você, você poderia processá-la de volta por difamação”, complementou.