Nessa breve lista comentada, divulgo álbuns e músicas lançados nesta sexta-feira (26) que chamaram a minha atenção. São, no geral, boas recomendações que se destacaram no meu gosto – e que podem te convencer também.
Ouça, a seguir, 12 álbuns e músicas de rock e metal lançados nesta sexta-feira, 26 de abril – ou durante a semana – que chamaram a minha a atenção. Abaixo, também há uma relação de álbuns divulgados nesta data.
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Músicas
Rammstein – “Radio”: O segundo single do álbum autointitulado “Rammstein”, que sai no dia 17 de maio, é menos impactante que o primeiro, “Deutschland”, que gerou muita polêmica. Ainda assim, é uma boa música, especialmente graças ao seu groove dançante e bem dark. Mostra como o hiato criativo de uma década fez bem para a banda.
The Black Keys – “Eagle Birds”: Fiquei feliz quando esse duo anunciou que seu próximo álbum, “Let’s Rock” (28 de junho), terá uma abordagem minimalista e soará como “uma homenagem à guitarra”. É o inverso do que o entediante antecessor, “Turn Blue” (2014), havia feito. E o novo single, “Eagle Birds”, confirma esse viés mais direto. A primeira canção de trabalho, “Lo/Hi”, é mais envolvente, mas essa não fica atrás.
Liv Sin – “Slave To The Machine”: É uma pena que o Sister Sin não tenha durado por muito tempo, mas a vocalista Liv Sin está fazendo bonito em sua carreira solo. Essa nova faixa é a primeira prévia do álbum “Burning Sermons”, que chega a público no dia 6 de setembro. Heavy metal de pegada agressiva e vocalizações consistentes.
Halestorm – “Chemicals”: Lançada como B-side do single “Buzz” da Record Store Day, “Chemicals” chega às plataformas digitais como uma espécie de lado B de “Vicious”, faixa título do álbum lançado em 2018. É uma música divertida para quem gosta da banda, mas ainda soa como sobra. Nem o instrumental parece ter sido gravado com disposião. Lzzy Hale é quem salva a parada.
Bruce Springsteen – “Hello Sunshine”: O primeiro single do álbum “Western Stars” soa como uma incursão de Springsteen ao country, gênero que sempre deixou suas pegadas no seu americaníssimo heartland rock. A pegada introspectiva e pessoal reforça a ideia que o próprio revelou sobre o disco: “uma volta para os trabalhos solo com músicas guiadas por personagens e arranjos de orquestra”. Eu gosto.
Chris Robinson Brotherhood – “The Chauffeur’s Daughter”: Por falar em country, o novo single do Brotherhood, banda de Chris Robinson após o fim do Black Crowes, soa como country rock. Ou, melhor: southern rock. E dos bons. “The Chauffeur’s Daughter” tem quase sete minutos de duração, mas a audição não é cansativa.
Redlight King – “Lift The Curse”: A banda de M. Rivers parece estar de volta, após um bom tempo sem lançar material inédito. “Lift The Curse” marca esse retorno de forma curta e direta, guiada por um riff de guitarra que convence logo de início. Uma grata surpresa.
Diamond Head – “Death By Design”: Desde que retomou uma rotina de criação mais regular, o Diamond Head passou a apostar em uma sonoridade mais agradável. Ao invés de ficarem presos no NWOBHM sisudo que os tornou ícones cult na década de 1980, o grupo abraçou um hard n’ heavy atualizado e muito interessante de se ouvir. “Death By Design”, primeira música do álbum “The Coffin Train” (que sai em 24 de maio), confirma esse bom momento. As guitarras de Brian Tatler, único “sobrevivente” do início do grupo, dão o tom envolvente dessa música, onde o vocalista Rasmus Bom Andersen também brilha.
Savage Messiah – “Down And Out”: Essa será, provavelmente, a música mais acessível de “Demons”, próximo álbum dessa pesada banda britânica, que será lançado em 17 de maio. Ainda assim, a faixa apresenta um despejo de riffs e bons grooves metálicos em seu andamento.
Álbuns
The Cranberries – “In The End”: O último álbum da carreira do Cranberries, que perdeu sua vocalista Dolores O’Riordan em 15 de janeiro de 2018, é melancólico. E não poderia ser diferente. Ainda assim, os integrantes remanescentes finalizaram o trabalho e lançá-lo como dava. Como disco, “In The End” tem seus pontos fracos e fortes muito evidentes. Apesar de estar em processo avançado de concepção quando Dolores faleceu, o disco deixa claro o seu ar de “inconclusão”. Algumas composições soam como demos, sem arranjos ou harmonias necessárias para um produto finalizado. Por outro lado, o fator sentimental por trás de “In The End” é o seu grande êxito. Como a morte de Dolores foi bastante prematura e lamentável, já que reforçou seus já conhecidos problemas de saúde emocional, cada música soa bastante carregada e visceral. A sinceridade faz com que valha a pena dedicar uma audição atenta ao material. As pequenas falhas não tiram o brilho do “adeus” do grupo.
The Damned Things – “High Crimes”: A formação desse excêntrico supergrupo é, no mínimo, muito competente: Keith Buckley (Every Time I Die) nos vocais, Scott Ian (Anthrax) e Joe Trohman (Fall Out Boy) nas guitarras, Dan Andriano (Alkaline Trio) no baixo e Andy Hurley (Fall Out Boy) na bateria. Como a ideia do grupo é apenas se divertir, enquanto projeto paralelo, “High Crimes” acaba soando bem solto e descompromissado. É um heavy rock bem contemporâneo e upbeat, sem tempo para baladinhas ou viagens artísticas. Não vai mudar a sua vida, mas certamente vai te fazer bater cabeça um pouquinho.
Pitty – “Matriz”: O trabalho menos roqueiro de uma das representantes mais conhecidas do rock brasileiro contemporâneo. Isso diz muito sobre o estado desse gênero musical no país, né? Apesar de parecer uma má notícia para os fãs devotos do estilo, a abordagem de outras vertentes foi necessária para que Pitty pudesse fazer um disco maduro. “Matriz” está de acordo com o atual momento não só da cantora, como, também, da indústria musical como um todo, em que, para fazer um álbum, é preciso ter muito a dizer. Pitty, certamente, tem. Por isso, o trabalho se justifica. Talvez seja necessário ouvi-lo um pouco mais para entender toda a proposta, das letras às nuances musicais, mas vale a pena.
Outros álbuns lançados nesta sexta-feira, 26 de abril (todos estão disponíveis em plataformas de streaming):
- Danko Jones (hard rock) – “A Rock Supreme”
- Alan Parsons (rock progressivo) – “The Secret”
- Black Oak County (hard/stoner rock) – “Theatre Of The Mind”
- Enforcer (heavy/speed metal) – “Zenith”
- Hardline (hard rock) – “Life”
- Rodrigo Y Gabriela (duo de violonistas) – “Mettavolution”
- Mass (hard rock) – “Still Chained”
- Sunn O))) (drone metal) – “Life Metal”
- Jim Peterik & World Stage (hard rock, guitarrista do Survivor) – “Winds Of Change”
- King Gizzard & the Lizard Wizard (rock psicodélico) – “Fishing for Fishies”
- Mike Machine (hard rock) – “Alive”
- Astral Doors (power metal) – “Worship Or Die”
- Fortune (hard rock) – “II”
- Lonely Robot (rock progressivo) – “Under Stars”
- Catfish and the Bottlemen (indie rock) – The Balance
- Steel Prophet (power metal) – “The God Machine”
- Lord Dying (sludge metal) – “Mysterium Tremendum”
- Deep Sun (symphonic metal) – “Das Erbe der Welt”
- Leverage (melodic hard rock/power metal) – “DeterminUs”
- NNRA (metal experimental/instrumental) – “Incarne”
- JJ Cale (blues rock) – álbum póstumo “Stay Around”
- Death Blooms (metal alternativo) – EP “You Are Filth”
- Tank (heavy metal) – álbum de releituras “Re-Ignition”
- Trade Wind (rock alternativo) – “Certain Freedoms”
- Helms Alee (sludge metal) – “Noctiluca”
- The Pilgrim (rock alternativo) – “Walking Into The Forest”
- Thor (heavy metal) – “Hammer of Justice”
- Paragon (power metal) – “Controlled Demolition”
- Michael Thompson Band (hard rock) – “Love & Beyond”
- New Year’s Day (metal alternativo) – “Unbreakable”
- Belzebubs (melodic death metal) – “Pantheon Of The Nightside Gods”
- Craig Finn (indie rock) – “I Need A New War”
- Månegarm (viking/black metal) – “Fornaldarsagor”
- Nine Shrines (metalcore) – “Retribution Therap”
- The Revelries (rock alternativo) – “After 7”
- Dreamers (pop/alternative rock) – “Launch Fly Land”
- 1914 (blackened death metal) – “C’est Mon Dernier Pigeon”
- Captives (metal alternativo) – “Ghost Like You”
- Misterer (thrash metal) – “Ignoramus”
- Volumes (metalcore) – EP “Coming Clean”