Depois da repercussão gerada a respeito da volta do Charlie Brown Jr, o filho de Chorão, Alexandre Abrão, divulgou um vídeo nas redes sociais da banda para falar sobre o comentado retorno. Na filmagem, ele aparece acompanhado dos três músicos confirmados para o projeto: o guitarrista Marcão Britto, o baixista Heitor Gomes e o baterista André “Pinguim” Ruas.
Alexandre Abrão disse que o anúncio do retorno do Charlie Brown Jr gerou um “mal-entendido”, pois a ideia não é substituir Chorão ou o baixista Champignon, ambos falecidos em 2013. “O intuito sempre foi celebrar a vida e a história do Charlie Brown Jr. Sabemos que não existe a banda sem Chorão e não queremos substituir Chorão ou Champignon. Nós não vamos lançar músicas novas, a banda não vai voltar. O Charlie Brown Jr sempre será Chorão, Champignon, esses caras aqui, tanto como Thiago, Graveto e Pelado… todos que fizeram parte da história”, afirmou.
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O filho de Chorão revelou, ainda, a surpresa que deve ser apresentada no novo projeto. “Infelizmente, vou ter que estragar uma surpresa que iríamos fazer. Quando digo que meu pai estará presente, é porque ele estará no telão, cantando as músicas dele, com a banda dele. Isso, como filho, é do c*ralho”.
Veja:
O Charlie Brown Jr anunciou seu retorno com Marcão, Heitor e Pinguim, além de vários vocalistas convidados para um show no aniversário de São Paulo, na sexta-feira (25), como Dinho Ouro Preto (Capital Inicial), Supla, Digão (Raimundos) e Di Ferrero (ex-NX Zero). Por meio das redes sociais da banda, foi revelado, ainda, que será feita uma turnê com o nome do grupo ao longo de 2019.
“Não é homenagem. O Charlie Brown Jr. vai voltar à ativa em 2019. A gente vai fazer uma turnê grande, foda, pesada. Vai ser do c*ralho”, havia dito Alexandre Abrão, anteriormente, também por meio do Instagram.
O retorno dividiu a opinião de fãs. Muitos criticaram a iniciativa não só por ter sido anunciado como uma “volta à ativa” e não como uma homenagem, como, também, pela presença de Pinguim, que moveu um processo de danos morais contra Chorão e uma ação trabalhista com relação ao seu período na banda.
De acordo com reportagem do G1, publicada em 2014, Pinguim “pedia R$ 3,9 milhões por considerar que tinha direitos de vínculo empregatício enquanto tocou na banda. Ele alegava também ‘insalubridade’ no trabalho, por shows com som alto, que pode causar danos auditivos. O juiz considerou que não havia vínculo de emprego e Pinguim perdeu a ação em 2010”. Já a ação por danos morais estava em tentativa de conciliação quando Chorão morreu.
O guitarrista Thiago Castanho também fez críticas ao retorno do Charlie Brown Jr em recente publicação nas redes sociais. “Estou aqui pra dizer sobre o comentário no Instagram a meu respeito, que estou doente e não vou participar do show do dia 25, que é a ‘volta’ do Charlie Brown Jr. O Charlie Brown Jr. não vai voltar, porque Charlie Brown Jr. sem Chorão não existe. Eu não estou doente, tô com muita saúde e não faço parte desse tributo. Um abraço a todos. Paz”, afirmou o músico.