O baterista Nick Mason falou, em entrevista à Rolling Stone, sobre a eterna briga entre o vocalista e guitarrista David Gilmour e o baixista e também cantor Roger Waters, que costumavam ser seus colegas no Pink Floyd.
Embora os dois tenham dividido o mesmo palco nos shows do Live 8 – com o restante da banda, em 2005 – e na O2 Arena de Londres – em uma apresentação solo de Waters, em 2011 -, não há uma relação amigável entre eles.
Inicialmente, Mason refletiu sobre os motivos pelos quais a briga começou. “É muito estranho esse impasse continuar, na minha opinião. Acho que o problema é que Roger não respeita David. Ele acha que compor é tudo e que tocar guitarra e cantar são coisas que… eu não diria que são coisas que qualquer um pode fazer, mas que, para ele, tudo deve ser julgado na composição e não na interpretação”, disse.
O baterista pontuou que a decisão de David Gilmour em seguir com o Pink Floyd a partir de 1985, após a saída de Roger Waters, ainda causa discórdia entre eles. “Acho que é estranho para Roger, que ele tenha cometido uma espécie de erro na forma em que ele saiu da banda, supondo que, sem ele, deixaria de existir. É uma irritação constante que ele ainda esteja voltando a isso”, afirmou.
Mason destacou que se dá bem com os dois, mas lamentou a existência desse impasse. “Acho muito decepcionante que esses senhores idosos ainda estejam em conflito”, disse ele, que revelou, ainda, como se mantém neutro diante de tudo isso: “mantendo a cabeça para baixo, atrás do parapeito”.
Conflitos recorrentes
O baterista contou, ainda, que os conflitos ressurgem sempre que uma novidade relacionada ao Pink Floyd entra em pauta. “Acho que vai e vem. E acho que se torna exacerbado por alguma diferença específica de opinião em algum relançamento e como deve ser a abordagem, ou o que deve ser feito”, afirmou.
Por fim, Nick disse que “vive em esperança” de ver os dois deixando as diferenças de lado. “Não acho que a gente vá fazer turnê como Pink Floyd novamente, mas parece bobo, nesta fase de nossas vidas, ainda estar brigando”, concluiu.