10 rockstars com histórico de abuso sexual ou relações com menores

Ainda que com certo atraso, a má conduta sexual está em debate por todo o mundo. E o assunto entra até mesmo na indústria midiática, com celebridades acusadas de assédio, abuso sexual e/ou manutenção de relações com menores de idade.

Ainda que com certo atraso, a má conduta sexual está em debate por todo o mundo. E o assunto entra até mesmo na indústria midiática, com celebridades acusadas de assédio, abuso sexual e/ou manutenção de relações com menores de idade.

A lista a seguir apresenta 10 astros do rock que têm histórico de má conduta sexual. Trata-se de um levantamento histórico, sem manifestação opinativa sobre o que deveria acontecer com esses músicos – se devem ser julgados, banidos de qualquer plataforma, prejudicados em algum contrato ou relativizados por suposta “prescrição” do ato.

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É válido mencionar, inclusive, que praticamente todos os casos são antigos e, em certas situações – como a de Steven Tyler, que chegou a fundar uma ONG para auxiliar vítimas de abuso -, os envolvidos demonstram arrependimento de seus atos e, até onde se sabe, não se tornaram reincidentes.

Cabe destacar, ainda, que a maior parte dos casos aconteceu nos Estados Unidos, onde a lei relacionada a relações com menores de idade é diferente para cada estado.

Veja, abaixo, 10 rockstars com ihstórico de má conduta sexual.

1) Axl Rose

Axl Rose, vocalista do Guns N’ Roses, é, talvez, um dos nomes com maior histórico de má conduta sexual no meio da música. As acusações contra ele datam desde antes do estrelato, conquistado entre 1987 e 1988, com o disco “Appetite For Destruction”.

Um caso ocorrido nos primórdios do Guns N’ Roses, em especial, chama a atenção. Em um trecho do livro “Last of the Giants: The True Story of Guns N’ Roses”, o biógrafo Mick Wall revelou que Axl Rose e o guitarrista Slash conseguiram escapar de uma acusação legal por estupro, de uma adolescente de 15 anos, chamada Michelle.

Confira no trecho a seguir:

“Uma garota nua, menor de idade, correndo de adultos em uma das ruas mais cheias de Los Angeles não passaria despercebida. A polícia de Los Angeles foi à ‘Hell House’ (onde os músicos do Guns N’ Roses moravam) para identificar quem havia feito aquilo. Todos da casa foram levados para fora, exceto Axl, que se escondeu atrás de um equipamento com outra garota. ‘Enquanto os policiais estão lá fora, fazendo suas perguntas estúpidas, estou com essa garota atrás do amplificador e começamos a fazer aquilo. Fugi daquilo e foi muito emocionante’, disse Axl, posteriormente.

A polícia saiu e avisou que Axl precisava se entregar. Alguns dias depois, buscas foram feitas na garagem. A banda foi informada que a menina e seus pais fariam acusações de estupro […] contra Axl e Slash. Havia rumores de que a garagem estava sob vigilância de oficiais disfarçados. Apesar do estresse de Axl, ele e Slash saíram de cena quando a realidade – e a possibilidade de ficarem presos por cinco anos – bateu na porta. Slash foi morar num apartamento que Steven Adler dividia com uma nova namorada, Monica […] enquanto Axl dormia na rua em West Hollywood.

Eles estavam com medo de tocar ao vivo pela possibilidade de Axl, Slash ou ambos serem presos no palco. Eles cancelaram um show no Music Machine e não marcaram mais nada.”

A situação piorou, de certo modo, quando Axl Rose tentou ter relacionamentos mais sérios e duradouros. Ele foi acusado de violência doméstica por sua ex-mulher, Erin Everly, e a ex-namorada Stephanie Seymour.

Em 1994, Erin Everly processou Axl Rose sob tal alegação. Ela disse que que Axl Rose a despiu, amarrou suas mãos aos tornozelos, tapou seus olhos e sua boca e a deixou trancada por horas em um armário. Ainda segundo ela, ao retirá-la do local, Axl acabou por estuprá-la. O processo foi arquivado – possivelmente, após um acordo extrajudicial.

Sem a mesma riqueza de detalhes, sabe-se que Stephanie Seymour acusou Axl Rose do mesmo delito. Ambos trocaram processos na justiça, mas a situação se resolveu, também, depois de acordos fora dos tribunais.

2) Anthony Kiedis

O cantor do Red Hot Chili Peppers, Anthony Kiedis, admitiu, na autobiografia “Scar Tissue” (lançada em 2005), que teve relações sexuais com uma garota de 14 anos enquanto ele tinha 23. Kiedis repetiu o ato mesmo após saber da idade da adolescente.

Kiedis conta, no livro, em trecho transcrito pelo site Consequence of Sound:

“Fomos ao Baton Rouge e, claro, ela (a garota) estava conosco. Após sairmos do palco, ela chegou a mim e disse: ‘Tenho algo para lhe contar. Meu pai é o chefe da polícia e todo o estado de Louisiana está procurando por mim, pois estou desaparecida. Além disso, tenho apenas 14 anos’. Não fiquei muito assustado, porque em minha mente enganada de alguma forma, eu sabia que se ela dissesse ao chefe de polícia que estava apaixonada por mim, ele não me levaria a um campo para atirar em mim, mas quis que ela voltasse para casa de imediato. Então, fizemos sexo mais uma vez.”

O caso poderia ser enquadrado como estupro estatutário, visto que, perante a legislação de muitos estados dos EUA, menores de 16 anos são incapazes de fazer relações sexuais com consentimento.

O relacionamento serviu de inspiração para a letra de “Catholic School Girls Rule” – que, inclusive, chegou a ser tocada em shows recentes, como em 2007.

3) Jimmy Page

O guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page, teve um relacionamento com Lori Maddox, uma das mais conhecidas “baby groupies” da década de 1970. A relação começou quando Lori tinha 14 anos e Jimmy, 28.

A história do início da relação, por si só, já é bastante estranha. Em entrevista ao documentário “Way Down Inside”, resgatada pelo site Phoenix New Times, Lori Maddox disse que, em meados de 1972, foi sequestrada pelo empresário Richard Cole – o mesmo que acabou sendo atribuído como o responsável pelo “episódio do tubarão”, onde músicos do Zeppelin e do Vanilla Fudge teriam tido relações sexuais com mulheres a partir de penetrações com partes de peixes.

– Você sabia? Led Zeppelin quase fez turnê pelo Brasil em 1975

“Fui literalmente sequestrada. Ele (Jimmy Page) disse que ficaria comigo e eu falei que não. Ele insistiu: ‘sim, eu vou’. Acabamos no Rainbow (o lendário bar de Los Angeles) e Richard Cole disse: ‘entre no carro e se você tentar fugir, terei a sua cabeça’. A próxima coisa que sei é que entrei em um hotel, vou ao hall, abro a porta e vejo Jimmy sentado no canto da sala, com um chapéu e uma bengala, dizendo: ‘eu disse que teria você’.”

Em trecho do livro “Hammer Of The Gods”, resgatado pelo site The Daily Beast, Richard Cole confirmou o óbvio: a tarefa do “sequestro” foi uma ordem de Jimmy Page.

A relação, que começou mal, teve uma sequência ainda pior. Segundo Lori Maddox, Jimmy Page fazia questão de controlar todos os movimentos dela. “Ele sempre me deixava trancada no quarto com seu seugrança. Eu não era autorizada a ir a muitos lugares com ele”, disse. Apesar disso, ela afirma não se arrepender de nenhum de seus relacionamentos com rockstars.

Jimmy Page manteve sua relação com Lori Maddox às escondidas por três anos. O intuito era evitar problemas tanto judicias quanto de opinião pública.

O relacionamento chegou ao fim quando Jimmy Page decidiu ficar com Bebe Buell – que, no futuro, se tornaria a mãe de Liv Tyler, filha que teve com Steven Tyler enquanto estava em uma relação com Todd Rundgren.

4) David Bowie

Antes de Jimmy Page, Lori Maddox relacionou-se com o lendário – e já falecido – vocalista David Bowie. Foi com Bowie, inclusive, que ela teve a sua primeira relação sexual. Ela estava com 14 anos e ele, com “20 e poucos” – provavelmente com 25, já que ele é três anos mais novo que Page e Lori também cita ter 14 quando conheceu o guitarrista do Led Zeppelin.

Inicialmente, Lori rejeitou as investidas de David. Meses depois, ela e sua colega – também groupie e também menor de idade -, Sable Starr, acabaram em um quarto de hotel com Bowie. O cantor transou com Maddox e, em seguida, fizeram sexo a três com Starr.

Tudo isso aconteceu enquanto o cantor ainda era casado com Angie – a união só chegou ao fim em 1980. Segundo Lori, Angie foi, curiosamente, a responsável por acordar o trio, batendo fortemente na porta, que, obviamente, estava trancada.

Embora tivesse medo de Angie, Lori Maddox também não se arrependeu de sua relação com David Bowie. “Quem não gostaria de perder a virgindade com David Bowie?”, afirma.

5) Johnny Thunders

A mesma Sable Starr que fez sexo a três com David Bowie e Lori Maddox também esteve com Johnny Thunders, guitarrista do New York Dolls. O casal passou a morar junto quanto ela tinha 16 anos e ele, pouco mais de 20.

Apesar de já ter atingido, pela lei, a idade para praticar sexo com consentimento, Sable Starr sofreu com uma relação abusiva por parte de Johnny Thunders, que a agredia devido a ciúmes. O músico também era viciado em drogas, o que só piorava a situação.

Sable acabou por engravidar de Johnny, mas ela não queria ter o bebê, enquanto o músico desejava casar-se com ela e assumir o bebê. Contrária à ideia, Starr abortou a criança.

Pouco tempo depois, Sable Starr terminou com Johnny Thunders e voltou para Los Angeles. Ela dizia que Thunders “tentou destruir” a personalidade dela. “Depois que passei a estar com ele, eu não era mais Sable Starr”, contou.

Johnny Thunders acabou morrendo em 1991, após décadas de abuso de drogas. Sable Starr saiu da “cena groupie” no início dos anos 1980 e residiu em Reno, Nevada, até o ano de 2009, quando faleceu devido a um câncer cerebral.

6) Elvis Presley

Alguns registros apontam que Elvis Presley não era, exatamente, um grande gentleman com as mulheres. Relatos compilados por Elizabeth King para o site da revista Vice apontam que o cantor era misógino, tinha “predileção por garotas de 14 anos” e chegou a estuprar Priscilla Presley, com quem foi casado entre 1967 e 1973.

O texto de Elizabeth King faz uso dos registros de vários livros biográficos – alguns, tidos como um pouco sensacionalistas – para fazer suas afirmações, como “Elvis Presley: A Southern Life”, de Joel Williamson; “Elvis e Eu”, de Priscilla Presley, ex-mulher do astro; e “Child Bride: The Untold Story of Priscilla Beaulieu Presley”, de Suzanne Finstad. Fãs mais ferrenhos do Rei do Rock contestam a veracidade dos fatos descritos por Elizabeth King justamente pelo uso de bibliografia considerada “contestável”, embora a própria obra de Priscilla Presley tenha servido como base para o texto.

Sobre a suposta predileção por garotas de 14 anos, Elizabeth King escreveu:

“Em seu livro ‘Elvis Presley: A Southern Life’, Joel Williamson escreve sobre a vida de Elvis na estrada, incluindo o tempo que o astro passou com adolescentes. Williamson escreve que quando estava em turnê, Elvis caçava grupos de três meninas de 14 anos, que, em seu quarto de hotel, faziam brigas de travesseiros, cócegas, lutavam e beijavam o cantor, que na época tinha 22 anos.”

Com relação à alegação de estupro – que nunca se transformou em uma acusação legal -, o texto relata:

“Priscilla acabou traindo Elvis e, segundo seu livro, ela contou a ele sobre o caso. Ela diz que Elvis a agarrou e a ‘obrigou a fazer amor’ com ele que dizia: ‘é assim que um homem de verdade faz amor com uma mulher’. O casal se separou em 1972 e se divorciou um ano depois. Dois anos depois do ocorrido, Elvis foi atrás de outra menina de 14 anos chamada Reeca Smith. Segundo Alanna Nash (jornalista e biógrafa), Reeca Smith disse que Elvis ‘não tirou vantagem dela’ durante o relacionamento de seis meses.”

Apesar do suposto estupro, Priscilla Presley é a principal responsável por manter a memória de Elvis Presley viva, com a preservação de Graceland e a organização de diversos eventos relacionados ao rei do rock.

7) Chuck Berry

No ano de 1959, o músico Chuck Berry, um dos precursores do rock and roll, foi preso sob acusação de ter praticado relações sexuais com uma garçonete de 14 anos, do povo indígena apache, chamada Janice Escalante. Ela também teria sido transportada, de forma ilegal, por diversos estados dos EUA, para trabalhar no guarda-volumes de seu pub.

Foto: Ebet Roberts / reprodução

Em 1960, Berry foi condenado a cinco anos de prisão, mas recorreu, alegando que o júri estava sendo racista. Um segundo julgamento foi marcado para 1969 e ele foi condenado novamente – desta vez, a três anos de prisão.

No fim das contas, Chuck ficou detido por um ano e meio, entre fevereiro de 1962 e outubro de 1963.

8) Steven Tyler

O vocalista do Aerosmith, Steven Tyler, cometeu ato abusivo contra uma namorada, chamada Julia Holcomb, quando ela tinha 16 anos e ele, 27. Ele a forçou a abortar um filho concebido pelo casal em 1975. O caso é relatado, de forma um pouco mais branda, na autobiografia do cantor, “O barulho na minha cabeça te incomoda?”, lançada em 2011.

Com 14 anos, Julia conheceu Steven em um show do Aerosmith, no ano de 1973. Depois de algum tempo, o vocalista convenceu os pais de Julia a passarem sua guarda para ele, visto que eles não poderiam se casar devido à idade da adolescente.

Em 1975, a relação rendeu uma gravidez ao casal. Entretanto, segundo Julia, Steven a pressionou a abortar com cinco meses de gestação – mais exatamente, uma semana antes do limite legal. Na mesma época, o apartamento do casal pegou fogo. No fim das contas, Julia cedeu à pressão e praticou o aborto. Logo em seguida, voltou para casa e, com exceção de algumas ligações telefônicas, sequer soube de Tyler.

Julia diz, em relato escrito ao site LifeNews:

“Pela primeira vez, percebi que não deveria ter sido tola o bastante para conceber uma criança fora do casamento, com um homem que talvez não estivesse interessado em uma relação duradoura. Meu bebê tinha uma defensora em sua vida: eu. E caí na pressão devido ao medo da rejeição e ao futuro desconhecido. Gostaria de poder voltar e ter essa chance novamente, dizer ‘não’ ao aborto pela última vez. Gostaria, de todo o coração, que eu pudesse ver esse bebê viver a sua vida e transformar-se em um adulto.”

Steven Tyler afirma, em sua autobiografia:

“Foi uma grande crise. É algo importante quando você está crescendo com uma mulher, mas nos convenceram de que aquilo nunca funcionaria e arruinaria nossas vidas. Você vai ao médico, eles colocam a agulha na barriga dela, apertam as coisas e você observa. E sai morto. Eu estava muito devastado. Em minha mente, eu pensei: ‘Jesus, o que eu fiz?’.”

Nos últimos anos, Tyler tem promovido ações em prol de vítimas de abuso sexual, por meio da ONG Janie’s Fund. Um abrigo chamado Janie’s House foi construído e lançado no fim do ano passado. O cantor conseguiu arrecadar US$ 2,4 milhões para a instituição durante um evento de gala, realizado na mesma noite do 60° Grammy Awards, no início do ano.

9) Jerry Lee Lewis

Um dos pioneiros do rock and roll, Jerry Lee Lewis casou-se com sua prima de 13 anos, Myra Gale Brown, enquanto ainda estava com outra mulher. Na época – mais precisamente, em 1957 -, Lewis tinha 22 anos e partia para a sua terceira união.

Um detalhe perturbador foi pontuado em artigo do site Phoenix New Times: ao mudar-se da casa de seus pais para juntar-se a Jerry Lee Lewis na vida na estrada, Myra Gale Brown levou todos os seus pertences no único recipiente que tinha: uma casa de bonecas.

O caso de Jerry Lee Lewis ocorreu em um período onde comportamentos do gênero não eram tolerados pela sociedade – sequer havia um “nicho rock” para abafar ou relativizar a situação. Então, graças a isso, o músico perdeu parte de sua popularidade e acabou perdendo, de vez, o posto de “rei do rock” para Elvis Presley.

O divórcio ocorreu em 1970. Jerry Lee Lewis casou-se outras quatro vezes. Myra Gale Brown, por sua vez, demonstra arrependimento por ter “tomado a decisão” tão cedo, conforme revelado em entrevista ao Philadelphia Enquirer. “Foi como se minha vida tivesse passado sem a minha permissão. Fui uma espectadora em minha vida”, afirmou.

10) Don Henley

O caso envolvendo Don Henley, baterista dos Eagles, aconteceu em 1980. Duas garotas, de 15 e 16 anos, foram encontradas na casa do músico em Los Angeles após ele próprio ter ligado para a polícia, pedindo socorro, pois a jovem de 16 (que estava nua) havia sofrido uma overdose de cocaína. Tudo isso aconteceu enquanto a namorada de Henley, a atriz Maren Jensen, estava em Dallas para filmar “Deadly Blessing” (“Bênção Mortal”, no Brasil).


Don Henley foi detido sob acusação de “contribuir com a delinquência de menores”. Ele pagou uma fiança de US$ 2,5 mil, após alegar desconhecimento da idade das adolescentes, e conseguiu liberdade condicional.

As jovens de 15 e 16 anos também foram detidas sob a acusação de, respectivamente, estar sob influência de drogas e prostituição. “Levei toda a culpa por tudo. Fui estúpido. Poderia ter jogado tudo na privada e dado descarga. Não queria aquela garota morrendo em minha casa”, afirmou Henley, em entrevista posterior à revista ‘GQ’.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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