O segundo – e último – disco do Velvet Revolver, “Libertad” (2007), contaria com a produção de Rick Rubin, consagrado por trabalhos com Slayer, Red Hot Chili Peppers, AC/DC, Johnny Cash, System Of A Down e outros. Contudo, Rubin acabou demitido por desejo do falecido vocalista Scott Weiland.
A informação foi revelada pelo guitarrista Dave Kushner, em entrevista ao podcast Appetite For Distortion. “Não estávamos prontos para fazer um disco. Começamos com Rick Rubin. Ele tinha uma forma bem relaxada de gravar. Você compõe algumas coisas, grava as demos, ele ouve e diz: ‘oh, isso é bom, por que você não trabalha nisso um pouco mais?’. Quando ele pensa que você está pronto, diz: ‘certo, vamos gravar'”, contou Kushner.
O método de Rick Rubin deixou os integrantes do Velvet Revolver bem impacientes. “Na época, ele cobrava preços diferentes para bandas novas ou estabelecidas. Éramos uma banda nova nas nossas mentes, pensávamos que sairia mais barato, mas pegamos a taxa mais cara. Scott apelou e disse: ‘f*da-se, vou ligar para Brendan O’Brien agora mesmo’. Ele falou com Brendan, que estaria disponível na semana seguinte. Foi dessa forma que trocamos produtores e a banda aceitou, porque estávamos impacientes”, disse o guitarrista.
Dave Kushner reconhece que “Libertad” não é tão bom quanto o disco de estreia, “Contraband” (2004). “Não estávamos prontos, as músicas não estavam ali. Há grandes canções nele, mas não tem nenhuma ‘Slither’. ‘The Last Fight’ poderia ser como ‘Fall To Pieces’, mas não havia um hit. Não gostei de ‘She Builds Quick Machines’ ter sido o primeiro single. Nunca fui um grande fã dela, lutei para que ‘Get Out The Door’ fosse o single, era mais cativante. Parece que fizemos nossas músicas ficarem mais ‘Frankenstein’ durante a produção”, afirmou.