Iron Maiden: os 30 anos de “Somewhere In Time”

Iron Maiden: “Somewhere In Time”
Lançado em 29 de setembro de 1986

Primeiro disco do Iron Maiden a dividir opiniões, “Somewhere In Time” completa, nesta quinta-feira, 30 anos de lançamento. Apesar de soar um pouco datado, por sua proposta de produção ser mais oitentista, trata-se de um ótimo disco, de repertório quase irretocável.

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Por mais que o Iron Maiden buscasse aqui uma pegada mais comercial, “Somewhere In Time” mostra que a banda não tinha medo de arriscar. O sucesso já estava nas mãos deles, pois o antecessor “Powerslave” é um de seus grandes clássicos.

O Maiden sentiu que deveria mudar. Em “Somewhere In Time”, aproximou-se um pouco mais do hard rock e apostou em timbres sintetizados. Neses âmbito, brilhou o talento do guitarrista Adrian Smith, autor de três das oito músicas do álbum, incluindo os singles “Wasted Years” e “Stranger In A Strange Land”.

A proposta mais comercial não afetou a precisão dos instrumentistas. Smith e Dave Murray mostraram-se mais entrosados do que nunca e tanto Steve Harris quanto Nicko McBrain dispensa comentários. Bruce Dickinson também conseguiu um ótimo resultado por aqui, com performances mais melódicas.

Dickinson, aliás, é um caso a parte neste período. Nenhuma de suas composições entrou em “Somewhere In Time”. Ele trouxe músicas de pegada mais acústica, enquanto que o restante da banda procurava por um som até mais arena rock do que de costume.

Apesar disso, Bruce acabou por entender a ideia e colaborou da forma que podia: cantando. E muito. Sempre constante em suas performances, Dikcinson estava, aqui, em grande fase.

“Somewhere In Time” não teve o mesmo sucesso dos três antecessores, mas teve bom desempenho nas paradas: atingiu o primeiro lugar no Reino Unido e o 12° nos Estados Unidos, além de posições expressivas em outros países europeus.

Não é o disco que recomendo mais fortemente para começar a ouvir Iron Maiden, apesar de que, em algum momento, foi um dos meus prediletos. Ainda assim, “Somewhere In Time” é um trabalho acima da média. Além das incríveis “Wasted Years” e “Stranger In A Strange Land”, vale destacar a boa “Heaven Can Wait” e a ousada “Alexander The Great”.

Bruce Dickinson (vocal)
Dave Murray (guitarra)
Adrian Smith (guitarra)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)

01. Caught Somewhere In Time
02. Wasted Years
03. Sea Of Madness
04. Heaven Can Wait
05. The Loneliness Of The Long Distance Runner
06. Stranger In A Strange Land
07. Deja-Vu
08. Alexander The Great

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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