Os 10 melhores discos de rock/metal lançados em 2015

2015 volta a destacar os novos nomes do rock e metal. Já não me importa muito se os medalhões não entregam algo consistente como até três anos atrás, pois as bandas emergentes (e até alguns projetos paralelos) estão em ascensão e dominam esse top 10.
Atenção: não consegui definir uma ordem. Por isso, a lista está em ordem alfabética e não de preferência.
Angra – “Secret Garden”: O melhor trabalho da banda brasileira desde “Temple Of Shadows”, de dez anos atrás. Com músicas mais introspectivas e um peso que estava se tornando raro no Angra, “Secret Garden” se destaca por soar inspirado.
Backyard Babies – “Four By Four”: Apesar da lista não estabelecer uma ordem, já adianto que esse foi um dos meus favoritos entre todos. Os anos de separação fizeram muito bem ao Backyard Babies. A fórmula não mudou muito: hard rock com pegada punk e refrães fortes. A inspiração lá no teto é que ditou o ritmo. Todas as músicas são realmente boas (até as baladas) e é isso que vale.

Ghost – “Meliora”: A evolução do Ghost em “Meliora” é incrível. O som está mais pesado, o baixo aparece mais e as guitarras disparam ótimos riffs. O grupo, porém, foge da mesmice que se tornou o metal ultimamente – especialmente pela voz afável de Papa Emeritus.
Imperial State Electric – “Honk Machine”: A reunião do Hellacopters deve fazer bem aos envolvidos, mas me entristece pelo risco de dar fim ao Imperial State Electric. Em seu quarto disco, a banda apresenta uma mistura sensacional entre rock clássico e o power pop da década de 1960. Mais um álbum onde todas as músicas são realmente boas.
Joel Hoekstra’s 13 – “Dying To Live”: Notável por trabalhos solo instrumentais, o novo guitarrista do Whitesnake resolveu colocar voz por aqui. E escolheu os monstros Russell Allen e Jeff Scott Soto para se alternarem. Além disso, montou um repertório que transita muito bem entre o hard melódico e o heavy metal. O resultado é fora de série.
Richie Kotzen – “Cannibals”: Richie Kotzen conseguiu, no mesmo ano, decepcionar com o novo do The Winery Dogs e lançar um dos melhores trabalhos de sua extensa discografia solo. “Cannibals” é pulsante. O misto entre hard rock, funk, soul e R&B praticado pelo músico nunca deu errado, mas deu ainda mais certo por aqui – muito em função do ótimo repertório do álbum.

Santa Cruz – “Santa Cruz”: Dá para dizer que o Santa Cruz só é farofa no visual. O som é pesado e flerta com o metal contemporâneo, apesar dos ganchos típicos do hard rock oitentista e do sleaze rock. Filhos bastardos do Skid Row de “Slave To The Grind”. Ainda não chegaram ao nível ideal de maturidade musical e precisam dispensar alguns clichês, mas estão próximos disso. E o que fizeram já é digno de estar nessa lista.
The Darkness – “Last Of Our Kind”: O quarteto responsável por dar sobrevida ao hard rock no início dos anos 2000 precisava se reinventar. Em “Hot Cakes” (2012), falhou, mas “Last Of Our Kind” é um tiro certeiro. A mistura entre AC/DC e Queen que consagrou o grupo ainda se faz presente. No entanto, a banda liderada pelos irmãos Hawkins faz uso de elementos do folk bretão, do rock das rádios dos anos 1980 e um pouco de pop rock.

The Night Flight Orchestra – “Skyline Whispers”: “AOR vintage” – essa é a melhor forma que encontrei para definir o The Night Flight Orchestra. Em “Skyline Whispers”, a banda, que conta com integrantes do Soilwork e Arch Enemy, constrói arranjos melódicos de forma sublime em todas as suas músicas. O disco soa grandioso do início ao fim e é um dos destaques dessa lista.

We Are Harlot – “We Are Harlot”: Com uma proposta mais agressiva, o hard rock do We Are Harlot traz a mistura entre o frescor do contemporâneo e o brilho dos dias de ouro do rock de arena. Danny Worsnop, conhecido por ser vocalista do Asking Alexandria, mostra a sua verdadeira voz por aqui – e agrada muito. O repertório também é consistente, com músicas grudentas. Banda promissora.
Outros 10 álbuns que poderiam estar na lista (também em ordem alfabética):

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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