AC/DC: 35 anos de “Highway To Hell”

AC/DC: “Highway To Hell”
Lançado em 3 de agosto de 1979 nos Estados Unidos e no resto do mundo na semana anterior

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A visão obtida 35 anos após “Highway To Hell” é que se trata do canto de cisne do vocalista Bon Scott, que morreu no ano seguinte ao lançamento. Mas até 1979, o AC/DC era uma boa banda de rock n’ roll e só. Longe da monstruosidade e até mesmo supervalorização que existe nos dias de hoje.
A mistura de elementos do blues à efervescência do rock já convencia públicos fora da Austrália – especialmente em pontos da Europa. Só que o mercado estadunidense ainda era almejado. Faltava a América para o quinteto se consolidar como uma realidade mundial.
Faltava algo na sonoridade do AC/DC para atingir esse patamar. Não que Harry Vanda e George Young, irmão dos guitarristas e líderes Angus e Malcolm Young, fossem ruins. Mas eram básicos demais. A visão de mercado era necessária. E o toque de “Mutt” Lange foi tão sutil que chegou a ser decisivo para que “Highway To Hell” fizesse com que o grupo explodisse de vez no mundo.
Além da Detalhes do processo determinaram que “Highway To Hell” fosse um disco diferente. O primeiro é o tempo que o grupo teve para desenvolvê-lo. As gravações começaram em dezembro de 1978 e foram até abril de 1979, com pequenas pausas para shows esporádicos. O antecessor, “Powerage”, foi registrado em apenas dois meses.
A timbragem dos instrumentos, com o toque de “Mutt” Lange, ficou 1% mais afável: o necessário para que ouvidos menos acostumados com agressividade se acostumassem com a banda. Os riffs e as letras estavam mais cortantes. A performance dos integrantes, especialmente de Bon Scott, melhorou. Tudo conspirava a favor. Agora, era som de arena, não mais de pub. Entre os destaques, estão o hino que é a faixa título, o também single “Touch Too Much”, a pesada “Shot Down In Flames” e a acelerada “Beating Around The Bush”.
O futuro reservava surpresas desagradáveis e agradáveis para o AC/DC. A morte de Bon Scott, em 1980, poderia ter acabado uma história de sucessos posteriores. Mas o grupo continuou com Brian Johnson e atingiu patamares ainda maiores – em quantidade e, ao meu ver, qualidade.

Bon Scott (vocal)
Angus Young (guitarra)
Malcolm Young (guitarra, backing vocals)
Cliff Williams (baixo, backing vocals)
Phil Rudd (bateria)

1. Highway to Hell
2. Girls Got Rhythm
3. Walk All Over You
4. Touch Too Much
5. Beating Around the Bush
6. Shot Down in Flames
7. Get It Hot
8. If You Want Blood (You’ve Got It)
9. Love Hungry Man
10. Night Prowler

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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