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Por que Joe Perry não aprovou “Dream On”, do Aerosmith, de início

Originalmente presente no álbum de estreia do Aerosmith, lançado em 1973, Dream On foi responsável por dar à banda seu primeiro relance nos holofotes. Dois anos após o debut, ela fez ainda mais sucesso ao ser redisponibilizada como single, se aproveitando da fama obtida pelo grupo e chegando à 6ª posição da Billboard Hot 100.

A canção acabou também inaugurando uma característica dos bad boys de Boston: as baladas grandiosas, que colaboraram muito para o sucesso alcançado mundialmente. Mesmo assim, ela não foi unanimidade, inclusive dentro do quinteto. O guitarrista Joe Perry que o diga.

Em seu livro de memórias, “Rocks”, o instrumentista declarou, conforme resgate do American Songwriter:

“Eu não fiquei louco por ela – principalmente porque era lenta. Minha atitude era simples: a única boa música lenta era um blues lento. ‘Dream On’ não era um blues. Era uma música lenta em um gênero que não me empolgou.”

Ainda assim, o amigo e desafeto de Steven Tyler reconhece que a canção venceu o teste do tempo.

“Nós cinco trabalhamos aquela música até o ponto em que ela se tornou um ponto alto dos shows ao vivo com a dinâmica certa. Então, ela se encaixou com o resto do álbum.”

Aerosmith e “Dream On”

Posteriormente, “Dream On” ganhou relançamentos em várias versões e parcerias, além de regravações. Ganhou um revival na indústria em 2002, quando foi sampleada pelo rapper Eminem na música “Sing for the Moment”.

A composição é creditada exclusivamente a Steven Tyler, que se aproveitou da condição de multi-instrumentista para conduzir todo o processo. Uma lista com cinco curiosidades sobre ela pode ser conferida clicando aqui.

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A melhor banda grunge na opinião de Jerry Cantrell (Alice in Chains)

Foto: JDunbarPhoto / Depositphotos

O movimento grunge ofereceu boas bandas para os fãs de rock na década de 1990. Nomes como Pearl Jam, Nirvana, Soundgarden, Stone Temple Pilots e o próprio Alice in Chains, do guitarrista Jerry Cantrell, são alguns nomes de destaque do subgênero surgido em Seattle, nos Estados Unidos.

Em entrevista de 2021 ao Loudwire, Cantrell revelou que uma das bandas do movimento grunge, em especial, despertou sua atenção logo de imediato e permanece como sua favorita. Trata-se do Soundgarden, grupo liderado pelo saudoso Chris Cornell, falecido em 2017.

Inicialmente, Jerry revelou que conheceu o trabalho dos colegas logo no primeiro single. Trata-se de “Hunted Down”, lançado em 1987 ainda pela gravadora Sub Pop.

“Provavelmente estávamos em nossos anos de formação. Quer dizer, anos? Semanas de formação de se estar em uma banda… e acho que a primeira coisa que ouvi deles foi ‘Hunted Down’. Música incrível.”

Soundgarden fora de série no grunge

Em seguida, o guitarrista destacou todo o conjunto de bandas de Seattle do fim dos anos 1980 e início dos 1990. Porém, reforçou como o Soundgarden é fora de série.

“Eles são uma banda incrível. Tive a sorte de fazer parte de uma dessas bandas em nossa pequena cidade natal que fez barulho que o mundo inteiro ouviu. E estou muito orgulhoso de fazer parte desse coletivo incrível artistas do grande Noroeste dos Estados Unidos.”

Por fim, o integrante do Alice in Chains declarou não só que o Soundgarden é sua banda predileta daquele período, como, também, citou quais seriam seus quatro artistas e grupos favoritos de Seattle. São eles: Soundgarden, Heart, Queensrÿche e Jimi Hendrix.

Sobre Jerry Cantrell

Nascido em Tacoma, Washington, Jerry Fulton Cantrell Jr. começou a tocar guitarra enquanto cursava a sexta série, incentivado pelo namorado de sua mãe. Suas primeiras bandas foram o Sinister, Raze e Diamond Lie.

Em 1987 conheceu o vocalista Layne Staley, com quem passou a morar no estúdio Music Bank. Os dois criaram o Alice in Chains, grupo que se tornou um dos pilares na ascensão do Grunge, vendendo mais de 30 milhões de discos em todo o mundo até hoje.

Já lançou trabalhos em carreira solo. Também colaborou em estúdio e ao vivo com nomes como Heart, Ozzy Osbourne, Metallica, Pantera, Circus of Power, Metal Church, Gov’t Mule, Damageplan, Pearl Jam, The Cult, Stone Temple Pilots, Danzig, Glenn Hughes, Duff McKagan e Deftones, entre outros.

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Por que Eddie Van Halen parou de jogar palhetas ao público em shows nos anos 2000

O clássico movimento de jogar palhetas para o público deixou de ser feito por Eddie Van Halen em uma de suas turnês finais. O motivo foi revelado, em 2021, pelo técnico de guitarra dele, Tom Weber, em entrevista ao podcast de Jeremy White.

Conforme transcrito pelo site da revista Guitar World, a decisão foi tomada em meados de 2007, quando o Van Halen fazia sua turnê de reunião com o vocalista David Lee Roth. Weber era o responsável por todo o equipamento de Eddie, incluindo as palhetas, que geralmente eram colocadas em um pedestal de microfone para que o guitarrista as pegasse e atirasse durante e, especialmente, após o show.

O problema é que as palhetas começaram a ser vendidas na internet, por meio do site eBay, e ninguém sabia quem era o responsável pela comercialização. Por precaução, Eddie foi orientado a não jogar palhetas para o público naquela época.

“As palhetas de Ed ficavam comigo no ônibus, longe do equipamento geral: ficavam em uma pequena bolsa de viagem. Essas palhetas começaram a ser vendidas no eBay.”

O técnico contou que essa situação se tornou mais problemática durante a segunda etapa da turnê. Foi quando o guitarrista passou a usar palhetas signature.

“Eu as colocava em seu pedestal, para que ele pudesse jogar quando quisesse. Nunca contávamos a quantidade. Antes do show acabar, eu sempre pedia para um ajudante ficar de olho e tirar o pedestal assim que possível para me entregar.”

Mesmo com todo o cuidado — “eu cuidava das palhetas como uma idosa cuidando de sua bolsa em uma rua perigosa”, contou Weber —, as palhetas apareciam no eBay. Eram vendidas por valores que iam de US$ 300 a US$ 600.

“Obviamente, a pessoa que vendia essas palhetas tinha muitas delas. Então, eu meio que era um dos suspeitos. Não era algo bom.”

Palhetas de Eddie Van Halen roubadas?

O responsável pelos roubos foi descoberto por um dos funcionários da equipe de vídeo do Van Halen. Tom Weber comenta:

“Ele instalou uma câmera apontando diretamente para o riser da bateria, que era onde os microfones ficavam, tudo atrás de uma tela (provavelmente entre a passagem de som e o show). Um dos caras da equipe esperava todo mundo ir jantar e entrava escondido para pegar palhetas.”

Ao descobrir isso, o técnico de guitarra de Eddie Van Halen tratou de abordar o gatuno.

“Falei: ‘ok, eu sei o que está rolando e se você não quiser ser demitido hoje, você vai ter que parar, já que você vai acabar me custando o meu emprego’. Ele falou que não queria prejudicar ninguém, mas eu falei que ele estava ganhando US$ 1,8 mil por semana a mais que os colegas dele, só de vender palhetas do Ed.”

Não dá para dizer ao certo, mas tudo indica que as coisas voltaram ao normal após o funcionário ter sido enquadrado e Eddie Van Halen se sentiu confiante de jogar palhetas para o público após esse incidente – já que os fãs de verdade não sairiam vendendo esse tipo de material por aí na internet.

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A música do Metallica que Lars gostaria de ouvir o Deep Purple tocar

Foto: Ben Houdijk / Depositphotos

Em 2012 o Metallica registrou uma versão para “When a Blind Man Cries”, do Deep Purple. A música foi incluída no álbum “Re-Machined: A Tribute Deep Purple’s Machine Head”, que celebrava 40 anos de “Machine Head”, disco mais popular da carreira do grupo. A história entre as duas bandas tem como principal elo Lars Ulrich.

O baterista é fã desde a infância, após ter assistido a um show dos britânicos na Dinamarca quando tinha apenas 9 anos de idade. Mas e se o favor um dia pudesse ser retribuído? E se os ingleses fossem regravar uma criação do Metallica?

Em entrevista à revista Classic Rock no ano já mencionado, o músico revelou qual escolheria para ouvir na interpretação dos ídolos:

“Vou te dizer o que seria legal de ouvir: Deep Purple tocando ‘Orion’. Ou talvez uma música como ‘Welcome Home (Sanitarium)’ porque ela tem um quê de balada, com um pouco de peso e guitarra.”

As duas mencionadas pertencem a “Master of Puppets” (1986), terceiro álbum de estúdio do Metallica. Último a contar com o baixista Cliff Burton, se tornou o primeiro disco de thrash metal a alcançar premiação de platina em toda a história. Vendeu mais de 12 milhões de cópias em todo o mundo até hoje.

Lars Ulrich e o Deep Purple

Na mesma conversa, Lars foi questionado se continuou acompanhando o Deep Purple quando da reunião da banda, a partir de 1984.

“Claro! Quando eles voltaram, estávamos na turnê ‘Ride The Lightning’, tocando em clubes na América com W.A.S.P. e Armored Saint. James Hetfield e eu voamos até St. Louis para vê-los. Depois que nossa turnê terminou, nós os seguimos. A Girlschool estava abrindo, então nos juntamos a elas para viajar. Finalmente tivemos a honra de tocar com o Purple em 87 no festival Monsters of Rock na Alemanha. Ter o Metallica e o Deep Purple no mesmo cartaz do show foi uma grande coisa para mim.”

Mas a relevância ainda existia para quem já era um fã nos anos 1970? Ou era apenas um ato de nostalgia? Ulrich opina:

“Era diferente. Não sei se tinha a mesma magia, mas ‘Perfect Strangers’ é um ótimo disco. Foi legal vê-los juntos novamente. Tive a oportunidade de passar um tempo com Ian Paice, que foi o meu sonho tornado realidade. Para mim, a interação entre Ian Paice e Ritchie Blackmore é de outro mundo. Se você ouvir versões ao vivo de músicas como ‘Child in Time’, é inacreditável o que acontece entre os dois. Ainda mais com Roger Glover segurando o ritmo no baixo. Mas Ian Paice é o herói anônimo dessa banda. As pessoas falam muito sobre Bill Ward e John Bonham. Ian Paice simplesmente não recebe crédito por seu papel na formação desta dinastia musical.”

Rock and Roll Hall of Fame 2016

Quatro anos após a matéria em questão, coube a Lars realizar o discurso de indução do Deep Purple ao Rock and Roll Hall of Fame. Apesar da ausência de Ritchie Blackmore, o clima foi tenso o suficiente pela presença simultânea de membros de diferentes épocas da banda – especialmente com Ian Gillan claramente escanteando David Coverdale e Glenn Hughes.

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Por que o Evanescence foi “contracultura” em “Fallen”, segundo Amy Lee

Foto: Gustavo Diakov / @diakovphotograph

Nos anos 2000, o pop se consolidou de vez como gênero dominante na indústria fonográfica e tomou conta da mídia e das paradas mundiais. O sucesso de artistas como Britney Spears e Christina Aguilera, bem como as boybands, estabeleceu tal hegemonia. Em meio a esse cenário cultural, o Evanescence prosperou com o lançamento de um dos álbuns de rock alternativo mais aclamados e mais vendidos do século 21. 

Com “Fallen”, estreia lançada em 4 de março de 2003, o grupo superou as amarras mercadológicas. De certa forma, levou ao mainstream uma proposta contracultural de sonoridade e estilo — que, vale destacar, já vinha sendo reforçada por outras bandas de nu metal.

Esta é a visão de Amy Lee, que, em entrevista ao site American Songwriter, refletiu sobre a aceitação do público e dos fãs perante o diferencial da banda. A vocalista comentou:

“Estávamos no topo, e tudo, mas não era por sermos os descolados. Era por sermos os diferentes. Acho que há uma cultura de família muito unida e bonita com nossos fãs, que tem a ver com sermos o azarão e abraçar a diferença, abraçar a dor e escolher continuar sendo exatamente quem você é.”

Duas décadas após o lançamento do trabalho, a líder do grupo falou sobre a sensação de continuar compartilhando com os fãs a trajetória e evolução do Evanescence. Ela afirma:

“É um prazer poder compartilhar nossa música que está por aí há muito tempo com as pessoas, assim como as novas músicas que falam mais sobre quem somos hoje. Parece uma grande volta para casa. Cada show parece uma grande celebração da vida e de tudo o que todos na plateia vimos e passamos juntos.”

Evanescence e “Fallen”

Lançado em 4 de março de 2003, pela gravadora Wind-up Records, “Fallen” representa o maior sucesso de vendas da carreira do Evanescence. Com mais de 17 milhões de cópias vendidas pelo mundo, o álbum recebeu cinco indicações ao Grammy 2004, tendo vencido as categorias “Melhor Performance de Hard Rock” e “Melhor Artista Revelação”.

Em dezembro de 2022 a Recording Industry Association of America (RIAA), órgão regulador das vendas de músicas nos Estados Unidos em seus diversos formatos, certificou “Fallen” com disco de diamante. A premiação é destinada a trabalhos que ultrapassam 10 milhões de cópias vendidas no país.

Liderado pelo single “Bring Me to Life”, que também apareceu na trilha sonora do filme “Daredevil” (“Demolidor – O Homem sem Medo” no Brasil), o álbum rendeu mais três singles de sucesso: “Going Under”, “My Immortal” e “Everybody’s Fool”.

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Como Joni Mitchell representa o maior arrependimento de Robby Krieger

Foto: Norman Seeff

Além de ter sido o guitarrista do The Doors em toda a sua existência, Robby Krieger trabalhou em outros projetos próprios. Mas ele também colaborou com outros artistas na carreira, embora não tenha sido o artista mais consistente em termos de regularidade com que disponibiliza material.

Entre os nomes com os quais trabalhou fora do trabalho principal estão nomes como Blue Öyster Cult, Particle e Fuel. Porém, uma estrela de grandes proporções acabou sendo deixada de lado – e por culpa do próprio. A revelação foi feita durante entrevista exclusiva ao IgorMiranda.com.br.

Quando perguntado sobre um momento dessa epopeia que reescreveria se pudesse, Robby cita a noite em que saiu num encontro com a cantora Linda Ronstadt para ver Joni Mitchell tocar em Nova York.

“Havia um cara da gravadora lá e ele disse, ‘ei, Robby, você quer produzi-la?’ e eu hesitei. Não percebi o quão incrível Joni era porque naquela noite só tinha olhos para Linda. [Se eu tivesse prestado atenção ao show], poderia ter produzido Joni! [risos]”

Tendo em vista o caminho glorioso que a carreira de Mitchell tomou, não é de se estranhar o arrependimento.

Sobre Robby Krieger

Nascido em Los Angeles, Estados Unidos, Robert Alan Krieger se aventurou na música pela primeira vez aos 10 anos, com o trumpete. Posteriormente, passou a tocar blues no piano dos pais, chegando à guitarra na pré-adolescência. Paralelamente ao rock, estudou flamenco, folk e jazz, criando um estilo que o diferenciou dos colegas de geração.

Juntou-se ao The Doors em 1965, substituindo o irmão de Ray Manzarek. Participou de todas as atividades da banda, chegando a dividir vocais com o tecladista nos discos lançados após a morte de Jim Morrison. Após o fim do grupo, seguiu com o baterista John Densmore no The Butts, além de lançar uma série de álbuns solo voltados ao jazz fusion.

Seu lançamento mais recente é a estreia do Robby Krieger and the Soul Savages. O projeto ainda conta com o tecladista Ed Roth, o baixista Kevin “Brandino” Brandon e o baterista Franklin Vanderbilt. Clique aqui para ouvir o trabalho.

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5 discos sem os quais Ace Frehley não vive

Foto: Jay Gilbert

Ace Frehley tem uma série de influências facilmente identificáveis. Apesar de não ser necessariamente o mais técnico dos guitarristas, possui uma capacidade criativa que o colocou como referência para todas as gerações que começaram a se aventurar no rock através do Kiss.

O próprio também se valeu das obras alheias para desenvolver sua marca registrada. Em artigo para a revista Spin, ele foi convidado a mencionar os 5 álbuns sem os quais não vive. Todos pertencem à década de 1960 e contam com histórias associadas aos anos formativos do artista.

Confira abaixo as escolhas do homem do espaço.

5 discos sem os quais Ace Frehley não vive

1. Are You Experienced?, The Jimi Hendrix Experience (1967): “Eu costumava andar pela escola com o álbum debaixo do braço e ficar olhando para ele. Não sei o que havia de tão fascinante naquela capa, mas é uma imagem bem interessante. Ironicamente, em 1970, houve um concerto pela paz na Ilha Randall, em Manhattan. Entrei nos bastidores e eles me colocaram para trabalhar como roadie. Acabei montando a bateria de Mitch Mitchell. Eu sei que isso parece besteira. Eu conto a história às pessoas e elas dizem: ‘Isso é impossível’.”

2. Led Zeppelin I, Led Zeppelin (1969): “Fiquei apaixonado pelo Zeppelin desde a primeira nota que ouvi. Jimmy Page é um dos meus guitarristas favoritos. Estava determinado a apreender todos os seus solos. Naquela época, tinha que desacelerar o disco [risos] porque algumas partes da guitarra dele eram muito rápidas. Não conseguia descobrir as notas a menos que diminuísse a velocidade do LP. Era um grande pé no saco de se fazer, porque quando você desacelera o disco, ele muda o tom. Então, tinha que mudar a afinação da minha guitarra. Hoje, com o som digital, você pode desacelerar uma música, mas o tom permanece o mesmo.”

3. Fresh Cream, Cream (1966): “Agora, vou contar a vocês uma história engraçada por trás dessa escolha. [risos] Eu tinha 15 anos, decidi matar aula e ir a Manhattan com alguns amigos meus para ver Mitch Ryder & The Detroit Wheels, porque eu era fã do guitarrista Jim McCarty, que por acaso é um bom amigo meu hoje. Eventualmente, acabamos nos encontrando e fizemos uma turnê juntos quando eu estava tocando com o Frehley’s Comet.

O que diabos eu ia dizer? Eu estava nesse show, e Mitch Ryder & The Detroit Wheels era a atração principal, mas vejam só, as duas bandas de abertura foram The Who e Cream. Foi tão louco. Esta foi a primeira turnê deles pelos EUA, então ninguém sabia quem eram, inclusive eu. Fiquei simplesmente hipnotizado e disse: ‘Essas bandas serão gigantescas’. O resto é história.”

4. My Generation, The Who (1965): “Quando vi o The Who ao vivo pela primeira vez, Keith Moon quebrou sua bateria, Pete Townshend estava quebrando sua guitarra nos amplificadores e bombas de fumaça explodiam – eu soube imediatamente que queria estar em um grupo de rock teatral. Isso foi uma grande influência para mim. A próxima coisa que sei é que estou nessa banda chamada Kiss, usando maquiagem e bombas de fumaça, fogo, explosões. Louco. Foi como o destino.”

5. Truth, Jeff Beck (1968): “Eu o conheci e tenho uma foto nossa juntos. Ele foi muito gentil. Estava tocando num pequeno clube em Manhattan. Quero dizer, ninguém toca como Jeff Beck. Ele era um cara do tipo Hendrix. Acho que, tecnicamente, foi até melhor. Hendrix era muito bom, mas não é tão conhecido pelo trabalho de guitarra, e sim pelo estilo inovador e a maneira como tocava, porque ninguém consegue copiar Hendrix corretamente, assim como ninguém consegue me copiar.”

Sobre o guitarrista

Nascido no Bronx, em Nova York, Paul Daniel Frehley começou a tocar guitarra ainda na infância, incentivado pela família. Participou de uma série de bandas amadoras entre o final dos anos 1960 e início dos 1970s.

A consagração veio quando se juntou ao Kiss. Esteve presente em dois momentos, entre 1972 e 1982, regressando em 1996 e ficando até 2002. Criou o personagem Space Ace, além de ter desenhado o logotipo da banda. É até hoje o membro preferido de uma parte considerável dos fãs.

Na segunda metade dos anos 1980 comandou o Frehley’s Comet, que lançou dois discos de estúdio e teve repercussão mediana junto ao público. Possui oito álbuns solo, incluindo o lançado em 1978, quando ainda estava na banda que o tornou famoso. O mais recente, “10,000 Volts”, saiu no início de 2024.

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Smashing Pumpkins anuncia Kiki Wong como nova guitarrista

O Smashing Pumpkins anunciou a guitarrista Kiki Wong como nova integrantes de sua banda de apoio. Ela se junta à tecladista Katie Cole e ao baixista Jack Bates entre os músicos que dão suporte aos membros oficiais, Billy Corgan (vocal e guitarra), James Iha (guitarra) e Jimmy Chamberlin (bateria).

Para a função, o grupo havia dado início a uma busca online, deixando livre para que qualquer pessoa se candidatasse. Mais de 10 mil submissões foram registradas. Porém, Corgan reconheceu que já admirava o trabalho da nova colega antes mesmo desse período.

Disse o artista em nota oficial:

“Eu era fã de Kiki antes de ela enviar seu nome para ser considerado – e é ótimo que alguém com sua perspicácia fará parte de nossa família em turnê. Mal posso esperar para pegar a estrada com Kiki como parte de nosso circo louco. É definitivamente um momento emocionante para o The Smashing Pumpkins estar tão ocupado com a turnê em 2024. Nos vemos neste verão!”

Sobre Kiki Wong

Treinada em formação musical desde a infância, Kiki Wong já realizou trabalhos com artistas como Taylor Swift e Bret Michaels (Poison). Também integrou a banda She Demons, montada por Jerry Only, baixista e líder do The Misfits. Atualmente, toca no Vigil of War.

Seu canal no YouTube conta com mais de 200 mil inscritos, trazendo versões próprias para músicas de vários artistas. Também possui quase 700 mil seguidores no Instagram e 1,3 milhão no TikTok.

Smashing Pumpkins em turnê

Além de shows próprias na América do Norte e Europa, o Smashing Pumpkins abrirá a próxima turnê do Green Day. Na ocasião, a atração principal executará na íntegra seus álbuns mais bem-sucedidos, “Dookie” (1994) e “American Idiot” (2024). Rancid e The Linda Lindas também integram o lineup.

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O “garoto que substituiu Eric Clapton” e depois virou guitarrista do Poison

Quem encararia a missão de substituir Eric Clapton em uma turnê com dois músicos do Cream — com o baixista e vocalista Jack Bruce e o baterista Ginger Baker — 20 anos depois do fim das atividades do grupo? Um jovem de pouco mais de 16 anos aceitou o desafio, deu conta do recado, foi parar no Poison e se tornou um respeitado produtor e músico de estúdio. Essa é a história de Blues Saraceno.

Prodígio da guitarra, o americano nascido em 1971 começou a carreira bem, sendo escalado para uma participação em um álbum da cantora Cher. Uma de suas demos também foi destaque em uma revista dedicada ao segmento.

Mas tudo mudou mesmo em meados de 1990, quando ele, tendo 19 anos de idade, foi fazer uma audição para a retomada da parceria entre Bruce e Baker, mas não como Cream, pois não contaria com Eric Clapton. Saraceno relembrou o episódio em entrevista para a Classic Rock.

Duas horas de atraso

Devido a um problema em seu carro, Blues Saraceno chegou duas horas atrasado para o teste, que seria em Manhattan, Nova York. Ao entrar, se deparou com músicos experientes e mais velhos (Jack com 47, Ginger com 51) — e teve a certeza de que não conseguiria a vaga. Mesmo assim, decidiu causar uma impressão.

Ele relembra:

“Eu pluguei em um (amplificador) Marshall JCM800 e percebi: ‘não importa, não há chance de pegar esse emprego de qualquer forma’. Só fiz o meu melhor e respeitei a situação – apesar de estar tão estressado. Coloquei tudo no 10 no amplificador, virei ele de lado para não explodir todo mundo e toquei a guitarra com tanta força que até os dentes das pessoas tremiam.”

Se o objetivo era causar uma impressão, Saraceno certamente conseguiu. E achou que tinha colocado tudo a perder.

“Eles estavam todos olhando para mim e eu tipo ‘M*rda… não apenas estou atrasado, como também estraguei tudo.’ Eles não disseram nada e então Jack Bruce olhou e sinalizou para eu sair e eu fiz essa ‘caminhada da vergonha’ indo embora. Eu pensava: ‘M*rda, talvez eu devesse ter colocado o amplificador no 8 ao invés de 10’ e essas coisas. Então eu agradeci a eles e percebi: ‘Não poderia ter sido pior’.”

Surpreendentemente, o guitarrista estava enganado. No dia seguinte ele recebeu uma mensagem de Bruce pedindo para que voltasse. Ele aprendeu três músicas e estava contratado. Seu trabalho com os membros do Cream durou cerca de duas turnês.

O garoto que substituiu Eric Clapton

Blues Saraceno não se sentiu intimidado diante do desafio. O jovem ganhou destaque nos shows de retorno do Cream e logo ficou conhecido como “o garoto que substituiu Eric Clapton”.

Como ele próprio explica, nunca houve uma tentativa de emular o “Slowhand”. Os veteranos Jack Bruce e Ginger Baker sabiam e estavam gostando de tê-lo no palco.

“Eu não estava tentando ser Clapton, nem poderia. Ninguém pode tocar o que Eric Clapton fez. Ele é um talento em um milhão e Jack sabia disso, então ele amava o fato de que um garoto como eu, com um moicano azul e uma guitarra xadrez, estava lá fazendo das músicas suas próprias.”

Do creme ao veneno

A “reunião” de dois terços do Cream não foi tão longeva e logo Ginger Baker abandonou o grupo. Ele foi substituído primeiro por Simon Phillips (The Who, Toto, David Gilmour, Judas Priest, Jeff Beck, Gary Moore e outros) e depois por Gary Husband (The 4th Dimension, Level 42, Gary Moore, Al Jarreau, Andy Summers e outros).

Paralelamente, Blues Saraceno continuou lançando álbuns solo. Em 1993, surgiu o convite para o Poison, que tentava se recuperar da saída complicada de Richie Kotzen.

Saraceno se apresentou com a banda no Brasil, no festival Hollywood Rock de 1994, enquanto promoviam o álbum “Native Tongue” (1993). Chegou a gravar o disco “Crack a Smile… and More!”, que acabou lançado somente em 2000, quatro anos após deixar a banda de forma amigável.

Desde então, Blues Saraceno seguiu em carreira solo. Também participou de trabalhos de Ziggy Marley, Melissa Etheridge, Lita Ford e outros artistas, mas de forma mais discreta, em trabalhos de sessão.

Ele ainda passou a trabalhar como produtor e músico de estúdio, além de se envolver com trilhas sonoras para a TV, incluindo comerciais e também games.

Screenshot via YouTube @seymourduncan

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O disco desafiador de Robert Plant que o fez duvidar da própria capacidade

Foto: Ben Houdijk / Depositphotos

Robert Plant poderia ter passados as últimas quatro décadas apenas escorado nos louros do trabalho que construiu com o Led Zeppelin. Ainda assim, o cantor escolheu outros caminhos artísticos, sempre experimentando novas sonoridades e flertando com estilos que chegam até a deixar desconfortáveis os roqueiros mais radicais.

Em 2007, o vocalista se aventurou em uma parceria com a americana Alison Krauss, de carreira conceituada no country e bluegrass. O primeiro fruto da união foi “Raising Sand”, álbum extremamente elogiado por público e crítica. Para o astro, a colaboração trouxe desafios.

Disse o próprio ao Louder, conforme resgate do Far Out Magazine:

“Às vezes duvido que tenha talento para um trabalho como esse. Foi um desafio, não fisicamente, mas, para ser sincero, às vezes tinha que me lembrar do que Alison me disse para fazer. Até que via seus olhos brilhando para mim e ela começava a rir do resultado.”

Para Plant, assumir riscos faz parte da carreira a que se propôs.

“Isso faz parte do charme de tudo. É um circo, então, por que não usar sapatos grandes e nariz vermelho de vez em quando?”

Robert Plant e Alison Krauss

O tracklist de “Raising Sand” é composto totalmente por covers. O trabalho foi um sucesso de público e crítica, ganhando o Grammy na categoria Disco do Ano. Vendeu mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos e outro milhão na Europa, com 600 mil concentrados em terras britânicas.

Em 2021, Robert e Alison lançaram o segundo produto da parceria, “Raise the Roof”. O trabalho ganhou disco de prata no Reino Unido, onde chegou ao 5º lugar. Nos Estados Unidos alcançou a 7ª posição.

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