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Eclipse entrega performance tecnicamente impecável no Summer Breeze Brasil

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

É chamado Ice Stage o palco diante do qual o público do Summer Breeze Brasil fica mais a mercê da inclemência do sol. Enfim, a hipocrisia. Mas Eclipse sem o astro-rei não existe, não é mesmo?

Comparado aos dois dias anteriores, via-se menos gente, sobretudo na “front row”, pista premium aos fãs que adquiriram o ingresso Lounge. Contudo, a ausência de quórum não significou falta de volume ou resposta ao que foi o primeiro show dos suecos no Brasil.

Em entrevista a este jornalista, o vocalista Erik Martensson prometeu um setlist especial, com cara de “greatest hits”. Foi isso que ele e os companheiros — Magnus Henriksson (guitarra) e os irmãos Victor (baixo) e Philip Crusner (bateria) — ofereceram na hora que lhes coube para o entretenimento: 12 músicas, ampla abrangência da discografia já parruda da banda que está em vias de completar duas décadas de estrada.

Mas não foi só o repertório que cativou. A performance do Eclipse é tão milimetricamente ensaiada, o posicionamento sempre simétrico, as interações entre os músicos e com a plateia dadas em momentos certeiros e poses, muitas delas, num prato cheio para os fotógrafos no fosso. No telão, alternância entre o logo da banda escrito de várias formas, predominantemente nas cores vermelho, preto e branco.

Impecabilidade técnica pode levar os mais desconfiados a pressupor frieza, ainda mais de uma turma oriunda da Escandinávia. Negativo.

E isso fica evidente não só na profusão de elogios e agradecimentos e na efusividade com que eram feitos por um Erik, a cada música que se sucedia, ficando mais rosado em razão do calor. Todos os quatro pareciam estar se divertindo muito e divertindo para valer os espectadores, a certa altura definidos por Erik como “lunáticos da p#rra”.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Tais lunáticos não pouparam a voz em refrãos como os de “Bleed and Scream” e “Saturday Night (Hallelujah)”. Também gastaram a palma das mãos batendo-as ritmadamente nas diversas deixas que as músicas da banda oferecem para isso e para “ooo”, “hey hey hey” e afins. Só faltou mesmo o bom e velho “Olê Olê Olê, Eclipsê, Eclipsê”.

Pensando bem, melhor assim.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Eclipse — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Roses on Your Grave
  2. I Don’t Wanna Live Without You
  3. Run for Cover
  4. The Storm
  5. Bleed & Scream
  6. Saturday Night (Hallelujah)
  7. Battlegrounds
  8. The Downfall of Eden
  9. Black Rain
  10. Never Look Back
  11. Twilight
  12. Viva la Victoria
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

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Os maiores desafios ao fazer o 1º Rock in Rio, segundo Roberto Medina

Realizada em janeiro de 1985, a primeira edição do festival Rock in Rio estabeleceu algumas marcas histórias. Primeiro, ao reunir um público estimado em mais de um milhão de pessoas ao longo de todos os seus dias. Segundo, ao trazer grandes artistas que nunca tinham visitado o Brasil — consequentemente, abrindo portas para que o país os recebesse mais vezes. Terceiro, ao estabelecer um novo padrão para eventos de tal porte, inclusive em âmbito mundial.

Proporcionar algo de tal magnitude em plena década de 1980, com o Brasil enfrentando uma série de dificuldades políticas e econômicas, foi um desafio e tanto para seu idealizador, Roberto Medina. Tanto que o empresário afirma não ter tido qualquer lucro com o evento em sua realização inaugural — pelo contrário: um prejuízo de US$ 8 milhões — e só se empolgado a realizar uma segunda edição em 1991.

Em 2024, o Rock in Rio comemora seus (quase) 40 anos de existência com um musical que conta sua gênese. Em “Sonhos, Lama e Rock and Roll”, Medina é representado como uma espécie de “Dom Quixote” que deu certo. O espetáculo fará parte do evento e depois rodará pelo Brasil.

Assistindo aos ensaios, o criador de tudo isso refletiu sobre o início de sua trajetória. Em entrevista coletiva registrada pelo jornal O Globo relembrou as dificuldades que teve para tirar o evento do papel.

“Não havia nem telefone direito para falar com o estrangeiro, tive de viajar 14 vezes para fechar contratos. Não tinha o que vender do nosso país lá: não tinha estrutura, não tinha som aqui, não tinha nada. Mas também nunca tive dúvida alguma do que iria fazer. E não aceitava o não. Aí consegui patrocínio, estrutura, TV, e… Comecei a receber os ‘nãos’ dos artistas! Não era ‘vou pensar’, era ‘não’ mesmo. As histórias daqui que chegavam lá eram de um lugar onde os equipamentos das bandas eram roubados. Aí chega um cara contando que vai fazer o maior festival de rock do mundo nesse lugar.”

O criador do Rock in Rio também refletiu sobre a grandiosidade do projeto. O “sonhador” Medina confessou: perdia a paciência com parte da imprensa, que não parecia acreditar muito em sua ideia.

“No Brasil, naquela época, show para 30 mil pessoas era grande. A lógica seria eu bolar algo para 100 mil, mas eu apareci com 1,5 milhão. Quixotesco. Mas as pessoas, aos pouquinhos, foram aceitando. Fui caminhando, caminhando…mas foi bem difícil, inclusive com a imprensa. Eu ficava irritado, mas hoje vejo que eram lúcidos os que não acreditavam em mim (risos).”

O musical “Sonhos, Lama e Rock and Roll” terá exibições durante o festival, com 4 apresentações em cada um dos dias.

Sobre o Rock in Rio 1985

A primeira edição do Rock in Rio aconteceu entre 11 e 20 de janeiro de 1985 na antiga Cidade do Rock, localizada em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Relembre o lineup abaixo.

11 de janeiro:

  • Queen
  • Iron Maiden
  • Whitesnake
  • Baby do Brasil e Pepeu Gomes
  • Erasmo Carlos
  • Ney Matogrosso

12 de janeiro:

  • George Benson
  • James Taylor
  • Al Jarreau
  • Gilberto Gil
  • Elba Ramalho
  • Ivan Lins

13 de janeiro:

  • Rod Stewart
  • Nina Hagen
  • The Go-Go’s
  • Blitz
  • Lulu Santos
  • Os Paralamas do Sucesso

14 de janeiro:

  • George Benson
  • James Taylor
  • Alceu Valença
  • Moraes Moreira

15 de janeiro:

  • AC/DC
  • Scorpions
  • Barão Vermelho
  • Eduardo Dussek
  • Kid Abelha

16 de janeiro:

  • Rod Stewart
  • Ozzy Osbourne
  • Rita Lee
  • Moraes Moreira
  • Os Paralamas do Sucesso

17 de janeiro:

  • Yes
  • Al Jarreau
  • Elba Ramalho
  • Alceu Valença

18 de janeiro:

  • Queen
  • The Go-Go’s
  • Eduardo Dussek
  • Lulu Santos
  • The B-52’s
  • Kid Abelha

19 de janeiro:

  • AC/DC
  • Scorpions
  • Ozzy Osbourne
  • Whitesnake
  • Baby do Brasil e Pepeu Gomes

20 de janeiro:

  • Yes
  • The B-52’s
  • Nina Hagen
  • Blitz
  • Gilberto Gil
  • Barão Vermelho
  • Erasmo Carlos

Sobre o Rock in Rio 2024

O Rock in Rio 2024 acontece nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. A edição marca os 40 anos de história do festival, terá sua venda geral pelo site da Ticketmaster no dia 23 de maio.

Pela primeira vez, o Palco Sunset terá a mesma boca de cena que o Palco Mundo. Este, por sua vez, contará com megaestrutura de 104m de frente e 30m de altura.

A Cidade do Rock também contará com uma nova área: o Global Village. Esse novo espaço de entretenimento deve ocupar 7.500 m² da Cidade do Rock e, além de shows, contará com cenografia inspirada em ícones arquitetônicos de todo o mundo — onde as pessoas poderão andar por uma longa via, entrar em lojas e experimentar pratos de diversos países. 

Confira o lineup até o momento.

13/09:

  • Palco Mundo: Travis Scott | 21 Savage | Matuê com part. Wiu e Teto | Ludmilla
  • Palco Sunset: MC Cabelinho + Coral das Favelas | Orochi + Chefin + convidado a ser anunciado | Veigh + Kayblack | Funk Orquestra convida MC Daniel, Rebecca e MC Soffia.
  • New Dance Order: Deadmau5

14/09:

  • Palco Mundo: Imagine Dragons | OneRepublic | Zara Larsson | Lulu Santos
  • Palco Sunset: NX Zero
  • New Dance Order: DJ Snake

19/09:

  • Palco Mundo: Ed Sheeran | Charlie Puth | Joss Stone | Jão
  • Palco Sunset: Gloria Groove

20/09:

  • Palco Mundo: Katy Perry | Cyndi Lauper | Ivete Sangalo
  • Palco Sunset: Iza | Gloria Gaynor | Tyla | Luedji Luna convida Tássia Reis e Xênia França
  • New Dance Order: Alison Wonderland
  • Global Village: Angélique Kidjo

22/09:

  • Palco Mundo: Shawn Mendes | Akon | Ne-Yo
  • Palco Sunset: Mariah Carey

Sem data:
Os Paralamas do Sucesso
Luísa Sonza

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Nervosa dribla problemas técnicos em show de peso no Summer Breeze

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

O show da Nervosa no Summer Breeze Brasil deveria ter sido “apenas” uma celebração da boa fase da formação atual e a boa recepção ao seu mais recente álbum, “Jailbreak” (2023). Contudo, desde o início da apresentação, já havia problemas técnicos com os quais a banda teve que lidar. E terminou com Prika Amaral, líder da empreitada e agora também a vocalista, sem guitarra no palco.

Foi mais um episódio de superação em meio a outros. Antes de subir ao palco, nem parecia mais que a Nervosa vive um caos perpétuo. Depois de uma trajetória ascendente feita à base de uma rotina incessante na estrada durante uma década, o auge do grupo culminou nas saídas traumáticas de Fernanda Lira e Luana Dametto para formar a Crypta — cujo show no mesmo festival em 2023 pareceu uma volta olímpica.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Prika Amaral sofreu para conseguir dar uma cara de banda novamente à Nervosa, que virara uma porta giratória internacional de musicistas. Precisou assumir os vocais para isso. E, como provaram as duas primeiras músicas da tarde, “Seed of Death” e “Behind the Wall”, do disco novo, funcionou.

Isso graças também à ajuda de Mayara Puertas, vocalista do Torture Squad, a quem Amaral conferiu o mérito por ter lhe ensinado a cantar quando anunciou sua participação especial para “Elements of Sin”, também do álbum recente. O grupo já tinha em suas mãos o pouco público de thrash metal presente no dia mais cheio do Summer Breeze até então.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Problemas técnicos

Não era só o calor de matar que causava incômodos no palco. Vira e mexe, as musicistas se reuniam em torno da nova baterista Gabriela Abud, a quem Amaral alegou ter esperado por um ano para que se juntasse à banda em 2024. O que podia parecer uma falta de entrosamento era apenas uma banda com problemas no retorno de som, tentando se manter sincronizada na base do contato visual.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Isso seguiu até chegar o momento durante “Under Ruins”, de “Perpetual Chaos” (2021), em que o instrumento de Prika estourou uma corda. Não havia um substituto (a própria confirmou), não dava para continuar tocando (a popular ponte Floyd Rose faz com que tudo fique desafinado quando uma corda estoura) e nem teve como contar com a camaradagem do underground para tocar com um emprestado. Já era a nona de um set de 13 músicas.

Então, a banda passou a se apresentar apenas com uma guitarra. Falou bem alto, então, o entrosamento das brasileiras com as gregas Helena Kotina e Hel Pyre, já devidamente escoladas na arte de xingar em português.

As músicas de “Jailbreak” sofreram um pouco com Amaral fazendo apenas “air guitar”, mas é válido lembrar que, antes do álbum mais recente, a Nervosa sempre tivera apenas uma guitarrista. Kotina segurou bem as pontas até o final da apresentação que, se não foi o esperado retorno triunfal para casa, mostrou uma banda já calejada em lidar com as adversidades.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Nervosa — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Seed of Death
  2. Behind the Wall
  3. Death!
  4. Elements of Sin (Com Mayara Puertas)
  5. Kill the Silence
  6. Perpetual Chaos
  7. Venomous
  8. Masked Betrayer
  9. Under Ruins
  10. Ungrateful
  11. Jailbreak
  12. Guided by evil
  13. Endless Ambition
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
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Jeff Scott Soto capricha ao revisitar Talisman, Malmsteen e W.E.T. no Summer Breeze

Foto: Rafael Andrade @mfrafael / MHermes Arts

27 de abril tem significado especial na relação de Jeff Scott Soto com o Brasil. Neste dia em 2002, o cantor realizava seu primeiro show no país. No último sábado (27), no Summer Breeze 2024, fez o que, possivelmente, foi o seu melhor.

A expectativa era tremenda. A promessa desde o anúncio de Jeff como headliner do palco Waves no segundo dia do festival era de um setlist dos sonhos, inteiramente dedicado a Yngwie Malmsteen, Talisman e W.E.T. Tal brincadeira seria exclusividade a não ser repetida no futuro em qualquer outra circunstância.

Mas mesmo dentro de um universo aparentemente limitado, ele e a rapaziada do Spektra — BJ (guitarra, teclado e vocais), Leo Mancini (guitarra), Henrique Canale (baixo) e Edu Cominato (bateria) — conseguiram tirar coelhos da cartola.

Foto: Rafael Andrade @mfrafael / MHermes Arts

Para começar, o show foi o mais lotado daquele que é o menor palco do festival, onde mais cedo e na véspera enfileiraram-se atrações, 99% nacionais, tocando com garra para plateias diminutas. E esse público foi rápido ao manifestar desagrado quanto ao baixíssimo volume do som, levando os cinco músicos a recomeçarem “Now Your Ships Are Burned”, uma das duas faixas com vocais do histórico LP de estreia de Malmsteen, “Rising Force” (1984), que passada a segunda estrofe se metamorfosearia em “Comin’ Home”, do Talisman.

Foto: Rafael Andrade @mfrafael / MHermes Arts

O esquema de medleys não é novidade nas apresentações de Soto. Vira e mexe o cantor lança mão do recurso para conseguir abranger fases e projetos específicos de sua gigantesca folha corrida.

Mas se os medleys são compostos, basicamente, de canções que vira e mexe são tocadas na íntegra, coube a diversos lados B o estofo do repertório. De canções que Jeff não apresentava há quase 40 anos — a última vez que cantou “Caught in the Middle” (Yngwie Malmsteen) foi em 1985 — a outras que nunca havia levado para o palco, como “Blissful Garden” (Talisman) pode-se dizer que uma boa porcentagem do setlist pareceu pensada para os fãs mais dedicados. Estes, por sua vez, agradeceram cantando o mais alto e com o inglês menos errado que puderam.

Não bastasse esse agrado a gregos e troianos, planetas corretamente alinhados ocasionaram encontros inesperados, com Pontus Norgren — atualmente no Hammerfall, mas outrora integrante do Talisman — se juntando a Soto e BJ numa versão intimista da baladaça “Just Between Us”. Depois, foi a vez de Magnus Henriksson, guitarrista do Eclipse, assumir o instrumento num medley de canções do W.E.T. que incluiu “Big Boys Don’t Cry”, “Watch the Fire”, “Learn to Live Again” e “One Love”.

A reta final trouxe ainda um supercombo de músicas do Talisman. Jeff anunciou que seriam oito, mas este jornalista contou dez: “Break Your Chains”, “Day by Day” (prejudicada por problemas técnicos), “Give Me a Sign”, “Colour My XTC”, “Dangerous”, “Just Between Us” (de novo), “Mysterious (This Time It’s Serious)”, e os consagrados covers de “Frozen” (Madonna) e “Crazy” (Seal) e “I’ll Be Waiting”, esta com Norgren.

Foto: Rafael Andrade @mfrafael / MHermes Arts

Se esse repertório for realmente exclusivo do Summer Breeze, só posso lamentar por quem não esteve lá. Mas torcer por um repeteco no futuro também não custa nada. Afinal, o cara está toda hora por aqui mesmo…

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Foto: Rafael Andrade @mfrafael / MHermes Arts

Jeff Scott Soto — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Now Your Ships Are Burned (Yngwie Malmsteen) / Coming Home (Talisman)
  2. If U Would Only Be My Friend (Talisman)
  3. Call of the Wild (W.E.T.)
  4. Caught in the Middle (Yngwie Malmsteen)
  5. Time After Time (Talisman)
  6. Broken Wings (W.E.T.)
  7. Blissful Garden (Talisman)
  8. Brothers in Arms (W.E.T.)
  9. Comes Down Like Rain (W.E.T.)
  10. Just Between Us (Talisman, trecho, com Pontus Norgren)
  11. Yngwie Malmsteen Medley: Don’t Let It End / On the Run Again / I’m a Viking / I’ll See the Light Tonight
  12. W.E.T. Medley: Big Boys Don’t Cry / Watch the Fire / Learn to Live Again / One Love (com Magnus Henriksson)
  13. Talisman Medley: Break Your Chains / Day By Day / Give Me a Sign / Colour My XTC / Dangerous / Just Between Us / Mysterious (This Time It’s Serious) / Frozen (Madonna) / Crazy (Seal) / I’ll Be Waiting (esta última com Pontus Norgren)

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Angra espreme setlist atual em show mecânico no calor do Summer Breeze

Foto: André Tedim @andretedimphotography

Após as duas atrações de thrash metal que deram o pontapé inicial do sábado (27) de Summer Breeze Brasil, coube ao Gamma Ray diminuir a agressividade no Ice Stage e iniciar a transição para a sonoridade dominante do segundo dia do festival. Quando o Angra subiu ao palco, o público já tinha aquecido a garganta e estava ansioso pelo grupo no palco principal.

Antes de o show começar, alguns problemas. Um deles, comportamental: quase saiu briga no “front row”, a estreita pista premium em frente aos palcos principais. O público que deixava o Ice Stage após o Gamma Ray se chocava com quem esperava o Angra, somado a uma parcela que já queria pegar a grade para o Lacuna Coil na sequência. Ficou todo mundo parado e irritado.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

O outro, de ordem técnica. O tema pré-gravado para o início do show — “Crossing”, do álbum “Holy Land” (1996) — falhou e precisou ser iniciado de novo. Nenhum trauma. Executada novamente, introduziu “Nothing to Say”, do mesmo álbum, seguida por “Angels Cry”, faixa-título do álbum de 1993, num começo que ganhou o público logo de cara.

Divulgando seu mais recente álbum, “Cycles of Pain” (2023), lançado no mesmo dia em que seu trabalho de estreia celebrou o trigésimo aniversário, o Angra não teve dificuldade em espremer o longo repertório de sua turnê atual nos setenta e cinco minutos em que permaneceu no Hot Stage.

A apresentação no Summer Breeze, no entanto, pareceu apenas isso: uma versão editada de seu show atual. Todo o cuidado da produção foi reproduzido, desde as bases pré-gravadas até os vídeos exibidos ao fundo do palco no telão, muitas vezes ofuscado pelo reflexo do sol inclemente das duas da tarde do sábado

Tal profissionalismo, porém, pareceu mecânico e, depois de um começo explosivo, o show murchava conforme a banda executava suas canções mais recentes, com maior ênfase em aventuras progressivas do que melodias cantáveis. A plateia acompanhou com animação diminuída a execução precisa de músicas como “Vida Seca” e “Newborn Me”, esta do álbum “Secret Garden” (2015).

Foto: André Tedim @andretedimphotography

Diferente do show “quase do Angra” de Edu Falaschi na véspera, a impressão era de que a apresentação do Summer Breeze era apenas mais uma do Angra na turnê atual. Pelo menos, mais uma de alto nível. O público cantou junto hits do passado como “Time” e “Rebirth” e, em contraponto a outros materiais recentes, ofereceu ótima resposta à rápida novata “Ride into the Storm”, quando os músicos deixaram o palco após tocarem sob calor escaldante.

Não demorou muito para o bis. O Angra voltou sob o som pré-gravado de “Unfinished Allegro”, sem falhas essa vez, que foi a deixa para mais cantoria no já tradicional medley com a dobradinha “Carry On” e “Nova Era”, encerrando a participação da banda numa tarde quente em que até o sempre afinado vocalista Fabio Lione — dono de sotaque em português que já quase se confunde ao dos moradores mais antigos de bairros típicos de imigração italiana da capital paulista — parecia não aguentar mais ao fim.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

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Foto: André Tedim @andretedimphotography

Angra — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Crossing (Intro)
  2. Nothing to Say
  3. Angels Cry
  4. Tide of Changes – Part I
  5. Tide of Changes – Part II
  6. Newborn Me
  7. Vida Seca
  8. Rebirth
  9. Dead Man on Display
  10. Time
  11. Cycle Doloris (Intro)
  12. Ride into the Storm

Bis:

  1. Unfinished Allegro (intro)
  2. Carry On / Nova Era

Foto: André Tedim @andretedimphotography
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Foto: André Tedim @andretedimphotography
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Foto: André Tedim @andretedimphotography
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Lacuna Coil faz show vitorioso e até estreia música inédita no Summer Breeze

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Uma das marcas do sábado (27) no Summer Breeze Brasil foi a presença de mulheres com destaque em suas respectivas bandas, fosse pelo quarteto feminino de thrash metal Nervosa, ou pelas neerlandesas Simone Simons e Sharon den Adel nos vocais do Epica e Within Temptation, respectivamente. Além do show do Lacuna Coil à tarde no Ice Stage.

Cristina Scabbia, uma das pioneiras na cena metálica da virada do século, ajudou a felizmente normalizar a presença feminina nos festivais, seja no público ou no palco. Já o som do grupo italiano deu uma guinada do gothic metal de seu início de carreira para estar cada vez mais afeito ao mercado americano.

Dada à natureza conservadora de uma parcela dos fãs de metal, poderia ter sido um problema. Mas não chegou nem perto disso: a pista do Ice Stage ficou abarrotada de fãs empolgados para conferir a banda italiana.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Já que Gene Simmons se apresentou de cara limpa na véspera, coube ao trio de instrumentistas do Lacuna Coil — Marco Coti Zelati (baixo), Diego “Didi” Cavalotti (guitarra) e Richard Meiz (bateria) — subir ao palco com maquiagens de inspiração kabuki. Para completar a identidade visual, todos estavam uniformizados, incluindo nesse caso Scabbia e Andrea Ferro, este o responsável pelos vocais rasgados em contraponto ao agudo da cantora italiana.

O público parecia ganho já desde a introdução pré-gravada de “War Pigs”, do pai-de-todos Black Sabbath, confirmada pela resposta efusiva da plateia à primeira canção executada pelo Lacuna Coil, “Blood, Tears, Dust”, uma das duas faixas do álbum “Delirium” (2016) presentes nesta tarde de sábado.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Para mostrar que a fase era boa, a banda tocou seis músicas de seu disco mais recente, “Black Anima” (2019), cuja ilustração da capa figurava no tradicional pano de fundo do palco, que balançava ao inútil vento incapaz de minimizar o calor impiedoso. Confiante, o quinteto também apresentou um par de novas canções, de seu novo trabalho ainda inédito: uma delas, “In the Mean Time”, estreou no palco do Summer Breeze; a outra, “Never Dawn”, veio quase no fim da apresentação.

Mesmo com um repertório privilegiando canções de certa forma mais recentes em uma discografia de mais de vinte anos, o show não perdeu o pique. Obviamente, algumas músicas tiveram reações mais empolgadas, como “Trip the Darkness”, “Heaven’s a Lie” — em versão “renovada” na regravação do vigésimo aniversário de “Comalies” — e “Our Truth”, das composições mais populares de toda a carreira do grupo.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Ainda assim, para dar um clima maior de festa num festival de heavy metal, a banda tocou seu cover para “Enjoy the Silence”, do Depeche Mode. De certa forma, desnecessário, pois suas duas músicas finais do show, “Swamped”, também em versão recauchutada, e “Nothing Stands in Our Way”, despertaram empolgação ainda maior do público. Diz muito sobre quão vitorioso foi o show do Lacuna Coil no Summer Breeze.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Lacuna Coil — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. War Pigs (Intro) + Blood, Tears, Dust
  2. Reckless
  3. Trip the Darkness
  4. Apocalypse
  5. Layers of Time
  6. Heaven’s a Lie XX
  7. Sword of Anger
  8. Our Truth
  9. Now or Never
  10. My Demons
  11. In the Mean Time
  12. Veneficium
  13. Enjoy the Silence (cover Depeche Mode)
  14. Never Dawn
  15. Swamped XX
  16. Nothing Stands in Our Way
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
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Within Temptation faz show irretocável para público cansado no Summer Breeze

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Após o Within Temptation executar “In the Middle of the Night”, canção mais rápida do repertório apresentado pelos headliners de sábado (27) do Summer Breeze Brasil 2024, alguém passou mal na pista e a vocalista Sharon den Adel interrompeu o show por alguns minutos até que lhe fosse prestado o atendimento. Foi um resumo de um dia quente e que atraiu o maior público do festival em suas duas edições.

O sucesso mostrou ter funcionado a junção de nomes consagrados de power metal, como Gamma Ray, Angra e Hammerfall, com Lacuna Coil, Epica e Within Temptation, bandas de sonoridades diversas, mas que um dia receberam o infame e felizmente enterrado rótulo de “female-fronted metal” apenas pela coincidência de contarem com mulheres como vocalistas.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

A questão, no entanto, era se qualquer dessas seis bandas teria calibre para ser headliner de festival. A missão foi confiada ao grupo liderado por Sharon den Adel, em seu quarto retorno ao país, quase dez anos após sua última apresentação na Audio, em Sâo Paulo, que comporta pouco mais de três mil pessoas.

Não se trata apenas de uma competição de popularidade, mas que tipo de reação o show desperta no público em geral. O resultado? Apesar de ter realizado uma apresentação irretocável, com uma produção rebuscada na iluminação, com fogos e fumaças no palco, completada por vídeos caprichados no telão, o Within Temptation não se mostrou dono do tamanho necessário para a tarefa.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

As cornetas do início de “The Reckoning” soaram no Hot Stage pontualmente às 20h15. Se alguém ainda achava que o Within Temptation proporcionaria ao público uma noite de metal sinfônico, a batida quase sequenciada sobre efeitos sintetizados da faixa de “Resist” (2019) já mostrou que o show dos neerlandeses não seria nada do tipo.

A plateia se espremia no “front row” e enchia a pista quase inteira do Memorial da América Latina. Apesar disso, a reação às músicas era morna. “Faster”, do disco “The Unforgiving” (2011), seguiu na mesma toada, despertando alguns coros, nada que impressionasse como o Lacuna Coil fizera horas antes no Ice Stage.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Até porque, horas antes, talvez o público ainda não estivesse esgotado pelo calor e todo o perrengue típico de um festival lotado — como deve ter sido o caso da pessoa citada no início deste texto. Em posições invertidas, é possível que, à tarde, sob o comando da simpática Sharon, as pessoas cantassem de forma bem mais efusiva os cativantes refrãos de “Paradise (What About Us?)” e “What Have You Done”, que tiveram respectivamente as vozes de Tarja Turunen e Keith Caputo em reprodução pré-gravada, com suas imagens usadas no telão. Ou talvez as emotivas baladas “All I Need” e “The Cross” gerassem respostas catárticas.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

A natureza por vezes conservadora dos fãs de power metal também pesou na aceitação das tendências mais comerciais e modernas abordadas pelo Within Temptation nas quatro canções de seu mais recente álbum, “Bleed Out” (2023). É fácil apostar que, cansada, foi a maior parcela do público a abandonar o Summer Breeze na noite do sábado, deixando a pista um pouco mais esvaziada conforme o set dos neerlandeses se alongava.

Veja bem: quando o grupo voltou ao metal sinfônico de seu disco “Mother Earth” (2000), para executar de forma acústica “Never-Ending Story” e a faixa-título no término de sua apresentação, ainda havia mais gente no Memorial da América Latina do que quando Gene Simmons subiu ao palco na véspera. Mas, na saída aglomerada do festival, a sensação era de que apenas havia acabado mais um show. Não de que todos haviam presenciado algo especial.

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Within Temptation — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. The Reckoning
  2. Faster
  3. Bleed Out
  4. Paradise (What About Us?)
  5. Angels
  6. Raise Your Banner
  7. Wireless
  8. Entertain You
  9. Stand My Ground
  10. Supernova
  11. In the Middle of the Night
  12. All I Need
  13. Our Solemn Hour
  14. Don’t Pray for Me
  15. The Cross
  16. Mad World
  17. What Have You Done
  18. Never-Ending Story (acústica)
  19. Mother Earth
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
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Slipknot faz 1º show grande com Eloy Casagrande; veja vídeos e setlist

Screenshot via YouTube

O Slipknot realizou sua primeira apresentação oficial com Eloy Casagrande. O baterista brasileiro havia tocado com a banda em um show intimista de aquecimento na última quinta-feira (25), no bar e restaurante Pappy + Harriet’s, localizado em Pioneertown, Califórnia, Estados Unidos. Agora, estreou de vez no festival Sick New World, em Las Vegas, no último sábado (27). Os mascarados estão entre os headliners, junto do System of a Down.

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O repertório trouxe quatro músicas do álbum homônimo de 1999, atualmente celebrado na estrada por seu 25º aniversário. A seleção restante buscou contemplar outros discos, especialmente os gravados nos anos 2000.

Como ocorrido com outros novos integrantes, Casagrande ainda não foi anunciado oficialmente como membro do Slipknot. No entanto, além dos boatos, o porte físico e as tatuagens do músico indicam mesmo que seria ele o escolhido para substituir Jay Weinberg. A CBN também afirma ter confirmado a informação com pessoas próximas ao instrumentista.

Veja o setlist (via Setlist.fm) e vídeos (compilados pelo site IgorMiranda.com.br) a seguir.

  1. People = Shit
  2. Eyeless
  3. Disasterpiece
  4. Before I Forget
  5. Custer
  6. Psychosocial
  7. The Heretic Anthem
  8. Unsainted
  9. Wait and Bleed
  10. Duality
  11. Spit It Out
  12. Surfacing

“The Heretic Anthem”:

“Disasterpiece”:

“Custer”:

“People + Shit”:

Nos últimos dias, um outdoor enigmático apareceu em Indio, Califórnia, perto do local dos festivais Coachella e Power Trip. O cartaz apresenta o logo do Slipknot, os dizeres “one night only, long may you die” e a URL youcantkillme.com.

No site em questão, há um vídeo desenvolvido com WordPress. Conforme observado por um internauta no fórum Reddit (via Whiplash), se você rodar o arquivo de filmagem com o navegador Mozilla Firefox e abrir o código-fonte, é possível descobrir que existe um arquivo de imagem “eloy.jpg” criado.

Cada integrante, aliás, conta com um arquivo próprio — incluindo um músico de nome apenas “Jeff”, de sobrenome não especificado, mas possivelmente substituto de Craig Jones, tecladista que saiu em junho do ano passado. Especulações apontam para Jeff Karnowski, que tocou baixo no Dirty Little Rabbits, projeto do percussionista M. Shawn “Clown” Crahan.

Outro indício recente

No último dia 9 de março, o Slipknot deu outra pista relacionada a seu novo baterista ao compartilhar sua primeira publicação em referência a ele. Por meio das redes sociais, a banda divulgou uma foto de uma baqueta quebrada, com a simples legenda: “Ensaio”.

Chama atenção, porém, a baqueta apresentada. Conforme observado pelo Whiplash e repercutido por diversos fãs nas redes sociais, trata-se de uma Promark modelo signature — termo usado para definir um instrumento, equipamento ou acessório feito justamente para aquele músico — de Eloy Casagrande. O acessório, inclusive, chegou a ser apresentado pelo instrumentista em um vídeo publicado recentemente nas redes.

Eloy Casagrande, Sepultura e Slipknot

A saída de Eloy Casagrande de sua banda anterior, o Sepultura, foi anunciada no fim do último mês de fevereiro. A banda se declarou surpresa com a decisão, comunicada internamente no início do mês, semanas antes de começar a turnê de despedida “Celebrating Life Through Death”. O rompimento ocorreu justamente para que o músico brasileiro se dedique a outro projeto, ainda não revelado.

O nome de Casagrande é especulado por fãs do Slipknot desde a demissão de Jay Weinberg, no fim do ano passado. Curiosamente, com sua entrada, um movimento de troca de bateristas entre três bandas ocorreru. A saber, em três atos:

  • Primeiro: Em novembro do ano passado, Jay foi demitido do Slipknot. Nenhuma razão clara foi apresentada pela banda no anúncio, apenas “decisões criativas”.
  • Segundo: No fim de fevereiro, a saída de Eloy Casagrande foi confirmada pelo Sepultura. A banda afirma que o baterista brasileiro se desligou “para seguir carreira em outro projeto”. Desde a dispensa de Weinberg, seu nome é especulado no Slipknot.
  • Terceiro: A vaga de Casagrande no Sepultura foi ocupada por Greyson Nekrutman, baterista do Suicidal Tendencies — que convocou justamente Weinberg para substitui-lo.

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Heaven & Hell lançou “The Devil You Know” há 15 anos; veja outros fatos da música em 28 de abril

Há 15 anos, em 28 de abril de 2009, o Heaven & Hell lançava “The Devil You Know”, seu único disco. Reuniu a formação rebatizada do Black Sabbath, com Ronnie James Dio (em seu último trabalho), Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice.

Confira outros acontecimentos no mundo da música, especialmente no rock, em dias 28 de abril de outros anos:

-> Há 26 anos, em 28 de abril de 1998, o Blind Guardian lançava “Nightfall in Middle-Earth”, seu 6º disco de estúdio. Primeiro em que o vocalista Hansi Kürsch não tocou baixo, aborda a história de “O Silmarillion”, de J.R.R. Tolkien. “Mirror Mirror” saiu como single.

-> Hoje, Kim Gordon faz 71 anos. A baixista, vocalista e guitarrista, que nasceu em 28 de abril de 1953, foi uma das fundadoras do Sonic Youth ao lado do então marido, Thurston Moore. Também trabalhou como produtora, atriz e artista visual.

-> Há 27 anos, em 28 de abril de 1997, o Stratovarius lançava “Visions”, seu 6º disco de estúdio. Foi um dos trabalhos mais importantes da banda, com boa repercussão na terra natal dos músicos, a Finlândia. Os singles foram “The Kiss of Judas” e “Black Diamond”.

-> Há 52 anos, em 28 de abril de 1972, o Wishbone Ash lançava “Argus”, seu 3º disco de estúdio. O álbum é lembrado por ser um dos primeiros a introduzir as chamadas guitarras gêmeas, recurso adotado posteriormente por bandas como Thin Lizzy e Iron Maiden.

-> Há 32 anos, em 28 de abril de 1992, o Hardline lançava “Double Eclipse”, seu disco de estreia. Foi o único com o guitarrista Neal Schon, do Journey, que fundou o projeto com os irmãos Johnny e Joey Gioeli. Apesar das boas músicas, não fez o sucesso esperado.

-> Há 16 anos, em 28 de abril de 2008, o H.E.A.T. lançava “H.E.A.T”, seu disco de estreia. Gravado ainda com Kenny Leckremo no vocal, obteve boa repercussão e quase garantiu uma participação da banda no Eurovision. “1000 Miles” e “Keep On Dreaming” saíram como singles.

-> Hoje, Göran Edman faz 68 anos. O vocalista, que nasceu em 28 de abril de 1956, construiu um currículo extenso, mas ficou conhecido especialmente pelas parcerias com Yngwie Malmsteen e John Norum, além das participações em trabalhos do Talisman, Swedish Erotica e mais.

-> Há 32 anos, em 28 de abril de 1992, o Lynch Mob lançou “Lynch Mob”, seu 2º disco de estúdio. Foi o primeiro da banda com o vocalista Robert Mason, que substituiu Oni Logan. Conta com um cover de “Tie Your Mother Down”, do Queen.

-> Há 26 anos, em 28 de abril de 1998, a Dave Matthews Band lançava “Before These Crowded Streets”, seu 3º disco de estúdio. Último produzido por Steve Lillywhite até 2012, traz músicas como “Don’t Drink the Water”, “Stay (Wasting Time)” e “Crush”.

-> Há 15 anos, em 28 de abril de 2009, o Halestorm lançava “Halestorm”, seu disco de estreia. Não chegou a fazer sucesso como os seguintes, embora o single “I Get Off” tenha obtido certo destaque. “Innocence” foi composta em parceria com Ben Moody, do Evanescence.

-> Há 44 anos, em 28 de abril de 1980, Alice Cooper lançava “Flush the Fashion”, seu 12º disco de estúdio. O álbum representa uma mudança drástica na carreira do cantor – tanto musicalmente, agora mais próximo da new wave, como também no aspecto visual.

-> Há 24 anos, em 28 de abril de 2000, o Apocalyptica lançava “Cult”, seu 3º disco de estúdio. Foi o primeiro trabalho da banda a focar mais nas composições autorais, em vez dos célebres covers dos álbuns anteriores. A música “Path” saiu como single.

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No Summer Breeze, Mr. Big faz de sua despedida uma linda celebração

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Em 2011, o Mr. Big veio ao Brasil pela segunda vez. A visita inaugural havia ocorrido em 1994, exclusivamente para um festival em Santos. Nas duas apresentações realizadas 13 anos atrás, em São Paulo e Porto Alegre, havia um sentimento celebratório provocado pelo retorno do grupo — sacramentado em 2009, sete anos depois de um encerramento nada amigável.

A empolgação era inevitável. Tais eventos marcariam o início de uma bela história de retomada. Não era nada absurdo sonhar com novas turnês nacionais, já que a banda desenvolveu incomum popularidade por aqui; não como no Japão, é verdade, mas sempre tiveram bastante público no Brasil.

Elas até aconteceram, em 2015 e 2017, mas sob um contexto nada agradável: o baterista Pat Torpey, imprescindível para a sonoridade do quarteto, ocupava apenas uma função figurativa, na percussão, devido a um diagnóstico de Parkinson. Matt Starr (Ace Frehley, Joe Lynn Turner, Beautiful Creatures, etc) assumiu as baquetas principais e, competência técnica à parte, não encaixou tão bem. Os próprios colegas — Eric Martin (voz), Paul Gilbert (guitarra) e Billy Sheehan (baixo) — admitiriam isso futuramente, alegando que o instrumentista não contribuía devidamente com as harmonias vocais.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Complicações provocadas por sua doença levaram Torpey à morte em 2018. Antes disso, claro, já se sabia: depois de 2011, nunca mais os fãs brasileiros veriam o Mr. Big original ao vivo novamente. Extraoficialmente, a banda, tomada pelo luto, foi encerrada mais uma vez. As atividades só foram retomadas ano passado, para uma turnê de despedida — a segunda da carreira —, com Nick D’Virgilio (Big Big Train, Spock’s Beard) no posto que antes era de Starr.

Esta tour chegou ao Brasil em duas datas: em São Paulo, no primeiro dia do festival Summer Breeze 2024, última sexta-feira (26); e no Rio de Janeiro, em performance conjunta com Sebastian Bach no Vivo Rio, domingo (28) — ingressos aqui. E a melhor forma de iniciar a crônica deste show é: se você pode ir à apresentação na capital fluminense, vá. Faça este favor a si mesmo.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Um grand finale de classe

Quem pôde assistir a Martin, Gilbert, Sheehan e D’Virgilio na megalópole paulista, testemunhou uma despedida digna do nome da atual turnê: “The Big Finish”, o grand finale. Incrível, como praticamente tudo feito por esta banda que nasceu como um supergrupo montado por músicos que sequer eram amigos, mas, de alguma forma, desenvolveram um forte vínculo.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Fica fácil perceber a química entre os envolvidos, especialmente os três originais, já nos primeiros segundos da música que abre o repertório, “Addicted to That Rush”. Especialmente nesta canção, primeiro single do álbum de estreia homônimo (1989), Paul e Billy transformam virtuose em algo divertido, nada exibicionista. Eric, carisma em pessoa, reforça ainda mais o tom leve. É entretenimento puro, a ponto de você não saber para quem olha no palco. Precisa-se de uma conexão muito além de meros objetivos artísticos ou de trabalho para chegar a tal resultado.

Como não poderia deixar de ser, o público também não demora a perceber que está diante de senhores. Martin, 63 anos, é cantor e naturalmente foi quem mais sofreu com os efeitos da idade. Mas tudo é feito com tamanho bom gosto que somos lembrados, também, de que envelhecer também pode ser algo belo. Não apenas pertence ao processo da vida: ganhar idade é uma conquista. Só é necessário se adaptar — e seria estranhíssimo se um grupo tão talentoso não o fizesse da melhor forma possível.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Para tal, Sheehan (que tem 71 anos, mas a disposição de um garoto) e especialmente Gilbert adotaram timbragens menos agudas e alteraram a tonalidade de praticamente todo o repertório, mas não de modo uniforme. Há canções reduzidas em meio tom, um tom e até mais do que isso — depende da voz do frontman. Exemplos residem nas complexas “Never Say Never” e “CDFF: Lucky This Time” (original de Jeff Paris), ambas bem mais graves do que nas versões de 33 anos atrás. Paul troca de guitarra diversas vezes, enquanto Billy, para facilitar a dinâmica de palco, utiliza em boa parte da noite um baixo doubleneck com duas afinações diferentes. Um envolvimento completo de todos os integrantes, tal qual sugerido pelo título traduzido de seu álbum mais famoso, “Lean Into It” (1991).

Foto: André Tedim @andretedimphotography

O substituto e o repertório

Se há um grande esforço por parte de Eric Martin, Paul Gilbert e Billy Sheehan para rearranjar seu trabalho de modo a condicionar os vocais principais da melhor forma possível, Nick D’Virgilio tem missão oposta, mas igualmente complexa: reproduzir fielmente as linhas de bateria — e de apoio vocal — de Pat Torpey. A conquista é obtida com êxito. O músico, que fez carreira no rock progressivo, oferece exatamente aquilo que o levou a entrar na banda, sem tirar nem pôr.

E diferentemente de Matt Starr, não parece ter sentido dificuldades para se integrar. Não apenas por executar o trabalho conforme solicitado, mas também por deixar a impressão de que tem a mesma origem artística dos colegas. Fora que o habilidoso multi-instrumentista passava a sensação de estar se divertindo. A tal química outrora destacada. Até a camiseta do The Who usada por ele fez sentido, já que o Mr. Big toca há anos uma versão de “Baba O’Riley” — presente no repertório de sexta (26) — no encerramento dos shows.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

Por falar em setlist, sabe-se que a tour atual promete a execução integral do já mencionado disco “Lean Into It”. Por conta do tempo ligeiramente reduzido para sua apresentação no Summer Breeze, três canções foram cortadas: “Voodoo Kiss”, “A Little Too Loose” e “Road to Ruin”. Não fizeram falta e daria até para tirar “Never Say Never”, talvez a mais afetada pelos rearranjos, para privilegiar alguma faixa de outro álbum. “Price You Gotta Pay”, tocada em outros países e sacrificada neste contexto, poderia ter aparecido. A gaita de Sheehan estava até pendurada em seu pedestal.

Mas as escolhas de repertório não comprometeram em nada. “Take Cover”, tocada entre “Addicted” e a performance quase integral de “Lean Into It”, foi dedicada a Pat Torpey e representou um dos momentos mais emocionantes do set. Do album de 1991, não dá para deixar de destacar:

  • a eletrizante “Daddy, Brother, Lover, Little Boy (The Electric Drill Song)”, com o indispensável uso de furadeiras durante o solo;
  • a pulsante “Alive and Kickin’”, uma das que melhor mostra como a presença de D’Virgilio fez a diferença nos backing vocals;
  • a grudenta “Green-Tinted Sixties Mind”, com direito a uma pequenina confusão de tempo na intro — Mr. Big errando é algo tão raro que vira notícia;
  • as baladas “Just Take My Heart” e “To Be With You”, tomadas respectivamente por melancolia e felicidade, mas igualmente recebidas com inúmeros celulares para o alto.
Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

A etapa final do set tem apenas quatro músicas — a também power ballad “Wild World”, original de Cat Stevens e regravada no Brasil por Pepê & Neném; o jazz-metal furioso “Colorado Bulldog”; a frenética versão para “Shy Boy” (Talas, banda original de Billy Sheehan) e o já citado cover de “Baba O’Riley” —, além de incríveis momentos solo de Gilbert e Sheehan. O primeiro, aliás, merece menção à parte: o nerd mais carismático do segmento musical fritou incansavelmente ao mesmo tempo em que incluiu referências ao riff de “The Whole World’s Gonna Know”, melodia de “Stay Together” e solo de “Nothing But Love”. Esquentou o coração de todo fã mais dedicado ali presente.

O único problema deste show foi o fim. Não apenas porque queríamos mais: é que realmente dava para tocar mais, pois foi encerrado 13 minutos antes do previsto. Caberiam pelo menos outras duas canções sem comprometer o discurso final de Sheehan, onde o criador da p*rra toda comete perdoável confusão ao afirmar que a primeira visita do Mr. Big ao país ocorreu em 1992 — sendo que na verdade foi em 1994, como dito lá no começo do texto —, expressa enorme gratidão pela devoção do público ao longo de tanto tempo e diz que jamais se esquecerá daquela noite de 26 de abril de 2024. Você não é o único.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Mr. Big — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Addicted to That Rush
  2. Take Cover
  3. Daddy, Brother, Lover, Little Boy (The Electric Drill Song)
  4. Alive and Kickin’
  5. Green-Tinted Sixties Mind
  6. CDFF-Lucky This Time (original de Jeff Paris)
  7. Never Say Never
  8. Just Take My Heart
  9. My Kinda Woman
  10. To Be With You
  11. Wild World (original de Cat Stevens)
  12. Solo de guitarra + Colorado Bulldog
  13. Solo de baixo + Shy Boy (original do Talas)
  14. Baba O’Riley (solo do The Who)
Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show
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