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A curiosa importância de Joe Lynn Turner para o Deep Purple, segundo Ian Paice

Vocalista ex-Rainbow substituiu Ian Gillan na banda entre 1989 e 1992, gravando o disco “Slaves and Masters” (1990)

Após retomar as atividades em 1984, o Deep Purple precisou lidar com um dilema. Poucos anos mais tarde, em 1989, o vocalista Ian Gillan foi demitido, deixando os colegas na difícil posição de substituí-lo. Quem entrou e ocupou o cargo à época foi Joe Lynn Turner, que já havia trabalhado com o guitarrista Ritchie Blackmore e o baixista Roger Glover no Rainbow.  

O vocalista ficou no grupo apenas até 1992. Com os músicos, gravou o polêmico disco “Slaves and Masters” (1990), com uma sonoridade mais voltada ao AOR.

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Apesar da breve passagem, Ian Paice acredita que Joe exerceu uma curiosa importância durante o período em que esteve com o grupo. O baterista e único membro original restante mencionou o fato durante entrevista ao podcast dopeYEAH talk, transcrita pelo site IgorMiranda.com.br

Primeiramente, o artista reconheceu que o cantor não era ideal para a formação. Porém, tinha talento e, naquele momento, isso bastava. 

“A questão com o Joe é que foram os dois lados da moeda. Joe nunca foi o cara certo para a banda, mas não conseguíamos achar alguém que conseguisse cantar. E algo que Joe consegue fazer é cantar.”

Além disso, Joe, enquanto “segurava as pontas”, deu tempo para que o Deep Purple se organizasse e trouxesse Gillan – que vivia uma série de conflitos com Blackmore – de volta

“Joe nos deu algo de valor inestimável: ele nos deu um ano para resolver as coisas e trazer Ian de volta para a banda. Sem aquele ano, tudo iria desmoronar e parar de novo. Pois não havia como Ian e Ritchie voltarem a tocar juntos naquele curto período de tempo novamente. Aquele ano, ou 15 meses, o que quer que tenha sido, nos deu tempo para acalmar tudo.”

O ponto de vista de Joe Lynn Turner

Em entrevista ao Streaming for Vengeance, podcast da revista BraveWords (transcrição via Ultimate Classic Rock), Joe Lynn Turner lembrou como surgiu a oportunidade de integrar o Deep Purple. À época, outros nomes já haviam sido testados sem sucesso, como contado em 2022:

“Recebi uma ligação de última hora. Colin Hart, road manager, me telefonou e disse: ‘Você gostaria de vir para uma audição de um mês?’ Dirigi até esta cabana de esqui abandonada, velha e surrada, na área do bar, fedendo a cigarro e cerveja. Assim que entrei, Blackmore começou a tocar e eu fui até o microfone. Então Jon Lord, que Deus o tenha, começou a tocar um pouco de piano. E isso se transformou em ‘The Cut Runs Deep’ ali mesmo.”

Turner revelou ter recusado convites de outras bandas para viver aquele momento.

“Cheguei a fazer parte do Foreigner por um breve período quando Lou Gramm saiu. Mas tive um desentendimento com o empresário, que era um babaca. Falei isso na cara dele. O Bad Company também estava de olho em mim. Mas escolhi o Purple. Nunca senti arrependimento ao olhar para trás.”

A parceria logo se desfez. E houve um bom motivo do lado financeiro, que era mais forte do que qualquer lealdade.

“Eles tiveram uma proposta financeira enorme da gravadora para Ian Gillan voltar. Explicaram a situação e eu abri caminho para fazerem o que precisavam. Sabia que era o correto.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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