A organização Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) está fazendo um pedido inusitado para o Alice in Chains. Para ajudar a salvar um elefante mantido há anos em um circo, o grupo de defesa dos direitos animais quer que a banda altere temporariamente o seu nome.
Como o animal é chamado Betty, a ideia é que os artistas façam um trocadilho e ganhem o título de Betty in Chains (em tradução livre, “Betty em Correntes”), por um mês nas redes sociais para ajudar a trazer visibilidade à questão. A instituição também abriu uma petição online para que o público assine e colabore.
Segundo a PETA, a elefanta, de 56 anos, é forçada a se apresentar em cerca de 300 shows do circo Carden por ano e “parece retraída e apática, frequentemente permanecendo imóvel com os olhos fechados e a tromba no chão”. Sendo assim, “corre o risco de sofrer um colapso fatal se não for levada imediatamente para um santuário”.
Em comunicado enviado ao Alice in Chains, a PETA escreveu (via Consequence):
“Queridos Jerry [Cantrell], Sean [Kinney], Mike [Inez] e William [DuVall], viemos até vocês com um pedido maravilhosamente estranho da equipe da PETA. O Alice in Chains estaria disposto a adotar o nome Betty in Chains nas redes sociais — por um mês — para chamar atenção para uma querida elefanta que, literalmente, passa a vida acorrentada?
Em poucas palavras, estamos aumentando o volume de nossos esforços para resgatar Betty, uma elefanta idosa e com deficiência que é forçada a se apresentar em cerca de 300 circos por ano. Betty tem mais de 56 anos, foi capturada ainda filhote na Tailândia e é usada em circos há mais de cinco décadas. Um especialista em elefantes que a examinou recentemente alerta que ela corre risco de colapso fatal caso não seja imediatamente aposentada e levada a um santuário de confiança.
Ao emprestar o nome icônico de vocês, vocês ajudariam na liberdade dela, amplificando sua história para milhões de pessoas e mudando o curso da história para todos os animais usados em circos. Vocês nos ajudariam a mostrar ao mundo que Betty não está travando essa batalha sozinha?”
Até o momento, a banda, que abordou a crueldade animal como metáfora no hit “Man in the Box”, não emitiu pronunciamento. Lisa Lange, vice-presidente de comunicação da PETA, acrescentou em nota:
“Quando o grunge tomou conta de Seattle, Betty já havia passado quase vinte anos sofrendo como atração de circo, e cada dia que se passa sendo arrastada de cidade em cidade e forçada a se apresentar a aproxima ainda mais da morte. A PETA está incentivando o Alice in Chains a levantar a voz por Betty com uma mudança temporária de nome que lembre a todos para se manterem longe [trocadilho com a música ‘I Stay Away’] de circos que maltratam animais.”
PETA e outros músicos de rock
Vale destacar que, ao longo dos anos, diversos artistas já se uniram à PETA em prol da causa animal. Em 2016, Morrissey lançou um jogo inspirado no clássico “Meat is Murder”, do The Smiths, para promover conscientização. Já no ano passado, John 5, guitarrista do Mötley Crüe, participou de uma campanha incentivando a adoção de animais. Mais recentemente, Joe Duplantier, vocalista e guitarrista do Gojira, também manifestou seu apoio ao veganismo por meio da organização.
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