Não é segredo que David Lee Roth e Sammy Hagar têm uma relação turbulenta. Ao longo dos anos, o Red Rocker trocou diversas indiretas com o vocalista que substituiu no Van Halen, ainda que tenha tentado uma trégua recentemente. Fato é que um guitarrista em especial chegou a ser convidado para trabalhar com ambos, em momentos diferentes e de maneira separada, mas acabou desistindo das duas oportunidades.
Stevie Salas, que já colaborou com nomes como Mick Jagger, Rod Stewart, Justin Timberlake e Public Enemy, foi o músico em questão. O assunto surgiu durante entrevista à Guitar World.
Segundo o instrumentista, nenhuma das parcerias deu certo por motivos criativos. No caso de Hagar, os dois até começaram a compor juntos, porém a ideia não ganhou continuidade devido à sonoridade que o cantor queria, como explicado:
“Eu era fanático pelo Montrose. Ele me ligou, me levou de avião para São Francisco, foi me buscar pessoalmente em seu Porsche e eu fiquei hospedado na casa dele. Começamos a compor juntos e eu queria fazer um álbum no estilo do Montrose, mas ele queria algo mais na linha dos Eagles. E eu odeio os Eagles. [risos] Sem desrespeito, mas eu não gostava dos Eagles, então não funcionou pra mim.”
Já com Diamond Dave, o motivo foi semelhante, mas ainda contou com um agravante: o vocalista parecia “meio fora de si” quando o chamou:
“Eu era um viciado em Van Halen. Quando Roth me ligou, eu estava aspirando a casa, e achei que alguém estava brincando comigo. Mas era ele mesmo. Ele falou comigo por cerca de uma hora, mas parecia meio fora de si. Estava falando sobre fazer um álbum de blues, tipo B.B. King, e eu pensando: ‘o que é que eu tô fazendo?’ Eu já tinha um contrato de gravação e eu não gostei do rumo que o Dave queria seguir. Não gostei do álbum ‘Skyscraper’, e simplesmente não achei que era o que eu queria fazer.”
Stevie Salas e Sammy Hagar
De qualquer forma, Salas tocou recentemente com Hagar durante o tradicional evento Birthday Bash, no qual celebra o seu aniversário, em outubro. Por meio das redes sociais, o guitarrista publicou a respeito:
“Eu estava por volta da 6ª ou 7ª série quando meu cunhado, Steve Cottrell, e minha irmã, Sandy, me levaram para ver o que viria a ser a turnê Kiss Alive. A banda de abertura era o Montrose, com o incrível Ronnie Montrose na guitarra e um jovem cantor ainda desconhecido chamado Sammy Hagar. Aquele primeiro disco do Montrose se tornou uma das minhas principais bíblias do rock. Pra mim, é um dos melhores álbuns de rock já feitos, do começo ao fim. Então, quando o Sammy me ligou e conversamos sobre abrir o Birthday Bash dele em Cabo com um set de músicas do Montrose, eu simplesmente perdi a cabeça.”
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