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O envolvimento de Bruce Kulick em “Psycho Circus” do Kiss, comentado pelo próprio

Disco que deveria selar reunião da formação original do Kiss trouxe contribuições mínimas de Ace Frehley e Peter Criss, substituídos em estúdio

Bruce Kulick ocupou o posto de guitarrista do Kiss entre 1984 e 1996. Em tese, ele deixou a banda para dar lugar a Ace Frehley na reunião do quarteto original – “selada” no disco “Psycho Circus” (1998). Contudo, o álbum é cercado de controvérsias e contou não apenas com a participação de Kulick, mas também de outros músicos substituindo os membros que retornavam à formação. 

Frehley e o baterista Peter Criss foram creditados no projeto, porém não tocaram em quase nada, sendo trocados por Tommy Thayer e Kevin Valentine, respectivamente. As explicações de Paul Stanley e Gene Simmons variam: eles já citaram que o produtor Bruce Fairbairn não os queria no material e culparam os colegas por pedirem mais dinheiro no meio das gravações e não aparecerem no estúdio, entre outras justificativas.

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Apesar de não mencionar a razão exata para a decisão, Kullick detalhou suas contribuições ao trabalho em recente entrevista ao canal Chaoszine. Conforme transcrição do site Ultimate Guitar, o músico revelou que, inicialmente, passou a fazer demos com o Starchild para o “Psycho Circus”, até que, efetivamente, colocou a mão na massa em certas faixas: 

“Eu fiquei muito lisonjeado, claro, quando comecei a fazer algumas demos com o Paul para o ‘Psycho Circus’ na casa de um compositor, o Curt Cuomo — que também trabalhou comigo no Union […]. Me senti honrado, porque eu sabia que não tinha sido demitido. Eles simplesmente seguiram com a reunião dos quatro integrantes originais. Então, foi uma sensação boa — e irônico como foi natural para mim continuar tocando com eles.”

Curiosamente, o guitarrista diz não ter tocado o instrumento de seis cordas no projeto, apesar de ter levado créditos oficialmente. Mas, em contrapartida, é responsável por várias partes de baixo — em canções como “Psycho Circus”, “Raise Your Glasses” e “I Finally Found My Way” —, além de ter ajudado na composição de “Dreamin’”, nona música do tracklist. 

“O produtor [Bruce Fairbairn] gostava de mim. Não toquei guitarra, mas há uma parte de guitarra em ‘Within’ que veio de uma demo que fiz com o Gene, e que eles acabaram usando. Toquei baixo em várias faixas, algumas do Paul, e também estou creditado na autoria de ‘Dreamin”, o que foi ótimo. Então fiquei empolgado por estar envolvido.”

A experiência de Bruce Kulick

De maneira geral, o artista descreveu a experiência como “interessante” e afirmou ter sido bem remunerado. Ainda, alega nem sequer ter visto Ace ou Peter durante o processo:

“Me pagaram bem, até alugaram uns equipamentos meus porque estavam buscando um som específico. E eu nunca vi o Ace ou o Peter. Era só o Gene e o Paul. Foi um período interessante. Fiquei obviamente lisonjeado por poder ajudar. Não foi exatamente um ‘álbum mágico’, mas é mais um disco de ouro que tenho na parede.”

“Psycho Circus”, Ace Frehley e Peter Criss

Como era de se esperar, Ace Frehley e Peter Criss dão versões diferentes das de Gene Simmons e Paul Stanley para suas ausências em “Psycho Circus”.

Em sua autobiografia “Não me arrependo”, Frehley diz que chegou a compor várias músicas para o disco, mas que os “patrões” não quiseram aproveitá-las. Apesar disso, ele alega que uma de suas criações, “Life, Liberty and the Pursuit of Rock ‘n’ Roll”, foi bastante aproveitada – e não creditada a ele – em “I Pledge Allegiance to the State of Rock ‘n’ Roll”.

Por sua vez, Criss alega também em sua autobiografia, “Makeup to Breakup”, que Stanley estava tão empenhado em tirá-lo junto de Frehley do álbum que cada um deles recebeu US$ 850 mil para não participar das gravações.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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