Andreas Kisser diz que é “lamentável” ver Max Cavalera tocar hoje: “sem técnica”

Andreas Kisser não poupa críticas ao ex-colega de banda Max Cavalera. Ainda em 2023, o guitarrista do Sepultura já havia opinado que o vocalista e também guitarrista segue “preso ao passado”. Agora, o músico não só trouxe novamente a mesma declaração, como outros apontamentos negativos. 

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Durante entrevista ao podcast 100segredo (via Mundo Metal), o artista, inicialmente, mencionou a saída dos irmãos Cavalera da banda e os motivos pelos quais não tem vontade de retomar a parceria. Dentre eles, estão tanto a personalidade volátil do cantor, quanto a falta de técnica e evolução musical. 

Segundo Andreas, é “lamentável” ver Max tocando hoje em dia. Ele explicou:

“Vê-lo tocando é lamentável. Parou no tempo. Não tem evolução musical, técnica. Tanto é que está fazendo coisas que a gente escreveu 30 anos atrás e não tão bem assim, né? E tem gente que curte ainda, acha que é relevante você ficar brincando de ser banda, em vez de ser você mesmo, de fazer suas coisas hoje e largar o passado onde ele merece, no passado, e aprender com ele.”

Ainda assim, como destacado em uma série de outras entrevistas, Andreas está disposto a chamar Max e Iggor para a apresentação final do Sepultura, que deve acontecer no ano que vem, em um estádio em São Paulo. Porém, ao que parece, os artistas não querem envolvimento:

“E é isso que eu gosto, de trabalhar o presente. A gente vai fazer o último show ano que vem. E parece que eles não querem participar e tudo bem, ok. Nós vamos celebrar, nós queremos celebrar com gente que quer estar ali, que faz parte do que o Sepultura é e não do que o Sepultura foi […]. Eu gostaria muito que eles participassem desse último show, sabe? Não só eles, como todos os integrantes, o Jairo [Guedez], o Eloy [Casagrande], até o Roy Mayorga que entrou depois que o Igor saiu.”

Anteriormente, Kisser já havia citado a importância de viver o momento presente e mudar de maneira artística. Colocando Max como o oposto, o guitarrista disse ao podcast Prática na Prática em 2023:

“Tem que ter o respeito ao presente. No caso do Sepultura, precisamos sempre dar chance para o crescimento e não ficar preso em uma época da sua vida e ficar lá para sempre. É um erro o que o Max faz até hoje de tentar buscar isso ainda, sabe? Ficar no ‘Roots’, falando a mesma coisa. Toda entrevista que ele dá, fala sobre o mesmo assunto. O cara tem tanta chance de fazer coisas diferentes com uma galera. É preciso aceitação e não ter medo da mudança. As pessoas têm pavor da mudança, mas como você chegou aqui? Com várias mudanças. Não existe isso. A mudança faz parte, tudo muda. O São Paulo já foi o maior clube do mundo.”

Max e Iggor Cavalera atualmente

Atualmente, os irmãos Cavarela celebram o álbum “Chaos A.D.” (1993) na estrada. Recentemente, Max (voz e guitarra) e Iggor Cavalera (bateria) voltaram ao Brasil e abriram a apresentação do Massive Attack, no Espaço Unimed, em São Paulo, no último dia 13 de novembro.

Em resenha para o site IgorMiranda.com.br, Thiago Zuma escreveu:

“A execução do álbum de 1993 não obedeceu à ordem de sua tracklist e teve um vídeo temático especial para cada faixa no telão ao fundo do palco. ‘Refuse/Resist’ começou colocando quem já estava na pista para pular e abrir as primeiras rodas na sua parte intermediária. ‘Slave New World’ manteve a animação na sequência, até porque Max Cavalera não deixaria a peteca cair nos 45 minutos nos quais esteve no palco do Espaço Unimed. […]. Max, com sua carreira prolífica, já ficou por mais de dez anos sem se apresentar por aqui na virada do século. Em boa forma e com seu carisma inabalável, não há motivos para não retornar logo para uma turnê própria, seja com Soulfly, Go Ahead and Die ou qualquer outro projeto.”

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