A morte do baixista e membro fundador Sam Rivers pôs em dúvida, inicialmente, a vindoura turnê do Limp Bizkit pela América Latina. A banda realiza 7 shows pela região entre o fim de novembro e dezembro, concluindo a agenda justamente no Brasil.
Ao que tudo indica, a excursão, batizada “Gringo Papi Tour”, não deve cair. Responsável pelo primeiro show da turnê — dia 29 de novembro, no México —, a produtora Music Vibe publicou uma nota (via Confere Rock) confirmando que o compromisso no país vizinho dos Estados Unidos está mantido.
O texto afirma:
“Lamentamos profundamente o falecimento de Sam Rivers, baixista fundador do Limp Bizkit, cujo talento e legado marcaram gerações e seguem ressoando em cada nota de sua música.
Em um momento tão significativo para a banda e seus fãs, o Limp Bizkit decidiu continuar com seu show no próximo dia 29 de novembro na Cidade do México, como parte de sua ‘Gringo Papi Tour 2025’.
Nessa noite, cada riff e grito do público soarão em homenagem ao grande legado que Sam ofereceu ao nu metal, porque sua energia nunca deixará de existir.”
A tendência é que os demais compromissos da excursão também sejam preservados, já que nem mesmo a primeira data passou por alteração. Ainda assim, a 30e, produtora do show no Allianz Parque, em São Paulo, não se manifestou até o momento.
Veja abaixo o itinerário completo:
- Sábado, 29 de novembro – México, Cidade do México – Explanada del Estadio Banorte
- Terça-feira, 2 de dezembro – Costa Rica, San José – Parque Viva
- Sexta-feira, 5 de dezembro – Colômbia, Bogotá – Estádio El Campin
- Terça-feira, 9 de dezembro – Peru, Lima – Costa 21
- Sábado, 13 de dezembro – Chile, Santiago – Estádio Monumental
- Terça-feira, 16 de dezembro – Argentina, Buenos Aires – Parque Sarmiento
- Sábado, 20 de dezembro – Brasil, São Paulo – Allianz Parque
Sobre o falecimento
Como noticiado, morreu aos 48 anos o baixista Sam Rivers. Ele ficou conhecido como integrante do Limp Bizkit desde a formação do grupo em 1994, exceto pelo curto período de ausência entre 2015 e 2018.
A informação foi confirmada por meio das redes sociais da banda. A causa não foi divulgada.
Sabe-se, no entanto, que ele sofria de doença hepática devido ao consumo excessivo de álcool, chegando a passar por um transplante de fígado. Esta foi a razão para seu afastamento na segunda metade da década passada.
Curiosamente, quando os colegas de Rivers revelaram que ele passaria um tempo ausente dos shows e demais compromissos, a informação era de que o baixista estava com problemas na coluna.
Em entrevista publicada em 2020 no livro “Raising Hell (Backstage Tales From the Lives of Metal Legends)” (via Loudwire), Sam explica:
“Eu tive uma doença hepática por causa do consumo excessivo de álcool. Tive que deixar o Limp Bizkit em 2015 porque me sentia péssimo, e alguns meses depois percebi que precisava mudar tudo porque tinha uma doença hepática muito grave. Parei de beber e fiz tudo o que os médicos me disseram. Fiz tratamento para o alcoolismo e um transplante de fígado, que foi perfeito.”
E complementa:
“Fui diagnosticado em 2011. Eu não entendia bem o que estava acontecendo naquela época. Parei de beber e lutei contra a doença hepática por um tempo. Fiquei limpo por uns nove ou dez meses e saí em turnê. Eu estava supersóbrio, mas minha vida em casa não era tão boa na época e, assim que terminei a turnê, comecei a beber, e depois a beber mais. Voltei a ser um bêbado horrível. A situação ficou tão ruim que precisei ir ao hospital e o médico disse: ‘Se você não parar, vai morrer. E agora, parece que você precisa de um novo fígado’. Lutei contra uma doença hepática por alguns anos e ela venceu. Precisei fazer um transplante de fígado em 2017.”
Deve-se reforçar, contudo, que a razão para o falecimento do músico não consta na nota publicada pelo Limp Bizkit. O texto afirma:
“Uma lembrança carinhosa do nosso irmão, Sam Rivers. Hoje perdemos nosso irmão. Nosso companheiro de banda. Nosso coração pulsante.
Sam Rivers não era apenas nosso baixista — ele era pura magia. A pulsação por trás de cada música, a calma no caos, a alma no som.
Desde a primeira nota que tocamos juntos, Sam trouxe uma luz e um ritmo que nunca poderiam ser substituídos. Seu talento era natural, sua presença inesquecível, seu coração enorme.
Compartilhamos tantos momentos — selvagens, tranquilos, lindos — e cada um deles significou mais porque Sam estava lá.
Ele era um ser humano único. Uma verdadeira lenda das lendas. E seu espírito viverá para sempre em cada groove, cada palco, cada memória.
Nós te amamos, Sam. Nós te carregaremos conosco, para sempre. Descanse em paz, irmão. Sua música nunca acaba. — Fred, Wes, John e DJ Lethal”
Rivers viria com o Limp Bizkit para show único no Brasil em 20 de dezembro. Yungblud, 311, Ecca Vandal, Riff Raff e Slay Squad dividem o palco com a banda americana de nu metal no Allianz Parque, em São Paulo.
Sam Rivers e Limp Bizkit
Nascido em 2 de setembro de 1977 em Jacksonville, Flórida, Estados Unidos, Samuel Robert Rivers começou sua trajetória na música ainda na escola. Ele tocava tuba quando criança e migrou para a guitarra na adolescência. Acabou adotando o baixo por sugestão de um professor.
Rivers e o vocalista Fred Durst se conheceram enquanto trabalhavam em uma rede de fast food em um shopping de Jacksonville. Formaram a banda Malachi Sage, que serviria de base para a fundação do Limp Bizkit, junto do baterista John Otto. O guitarrista Wes Borland e o DJ Lethal entraram posteriormente.
Sam participou de todos os seis álbuns de estúdio do grupo. Chegou a gravar guitarra, também, em algumas faixas do disco “Results May Vary” (2003), feito sem Borland.
Em 2015, foi informado que Rivers deixaria temporariamente o Limp Bizkit devido a um problema na coluna. Anos depois, revelou-se que na verdade ele sofria de doença hepática em função do consumo de álcool. O músico chegou a passar por um transplante de fígado.
Além do Limp Bizkit, Sam Rivers integrou o Sleepkillers e produziu álbuns de bandas como Burn Season e The Embraced.
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