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Mesmo de última hora, Bad Religion no The Town se mostra um acerto

Caos anárquico do Sex Pistols deu lugar a som técnico e reflexivo, mas não menos enérgico, fornecendo bom aquecimento pré-Green Day

O público do festival paulistano The Town 2025, no último domingo (7), até se preparou para assistir ao Sex Pistols reunido com o novo vocalista Frank Carter, mas cinco dias antes do chamado “dia do rock”, foi anunciado que os ícones do punk inglês tiveram de dar lugar ao Bad Religion, devido a uma fratura no pulso sofrida pelo guitarrista Steve Jones. Uma substituição à altura e acertada.

Menos de dois anos após sua última visita, para tocar no Primavera Sound 2023 no mesmo Autódromo de Interlagos, o grupo californiano seminal para o desenvolvimento do pop punk — e forte influência para o headliner Green Day — retornou em um contexto de perrengue. Em entrevista, os integrantes revelaram dificuldade para agendar voos e obter vistos.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Deu tudo certo, apesar de outros pesares. Assim como Bruce Dickinson, que se apresentou logo antes no palco Skyline, o Bad Religion encontrou um público morno, ainda que receptivo.

Esta plateia foi presenteada com letras de afiado tom político embaladas com riffs certeiros e batidas enérgicas. O repertório percorreu 12 dos 17 álbuns de estúdio lançados até hoje, desde clássicos como “Sorrow”, “American Jesus” e “Infected” até faixas relativamente recentes, a exemplo de “Candidate” e “My Sanity”, ambas do álbum “Age of Unreason” (2019). Como as canções são curtas, 24 delas entraram no set de aproximadamente 70 minutos.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Diferente do caos provocador e anárquico do Sex Pistols, a banda capitaneada pelo vocalista e PhD em zoologia Greg Graffin entrega um punk mais técnico e reflexivo. Mesmo com a falta de reações fervorosas para além dos hits e de eventuais rodas, o público pareceu ter entrado rapidamente na vibe dos americanos.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

O encaixe à programação do domingo (7), focada no punk, se mostrou natural. O Bad Religion conseguiu oferecer um aquecimento digno para a entrada do Green Day. Mesmo quando não estão nos planos, Graffin e companhia são capazes de conquistar o público e deixar sua marca.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Repertório — Bad Religion no The Town 2025:

  1. Recipe for Hate
  2. Supersonic
  3. You Are (the Government)
  4. Candidate
  5. No Control
  6. Struck a Nerve
  7. New Dark Ages
  8. Modern Man
  9. My Sanity
  10. I Want to Conquer the World
  11. Fuck Armageddon… This Is Hell
  12. Fields of Mars
  13. Do What You Want
  14. True North
  15. Atomic Garden
  16. We’re Only Gonna Die
  17. Generator
  18. You
  19. 21st Century (Digital Boy)
  20. Infected
  21. Cease
  22. Anesthesia
  23. Sorrow
  24. American Jesus (com trecho de Hello There, do Cheap Trick, como “outro”)

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Jéssica Mello
Jéssica Mello
Brasiliense vivendo em São Paulo há 4 anos, acumulando momentos e vários shows na bagagem.

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