O Led Zeppelin surgiu pouco antes do fim dos Beatles. Mas, com o sucesso meteórico de Jimmy Page, Robert Plant e companhia, a importância de ambas as bandas para a música chegou a ser associada. No passado, o Rock and Roll Hall of Fame destacou que os músicos “foram tão influentes na década de 1970 quanto os Beatles foram na anterior”.
Para John Paul Jones, é claro que ele e os colegas não alcançaram o mesmo patamar do Fab Four. E há um motivo para isso.
Durante entrevista de 2003 resgatada pela American Songwriter, o baixista explicou que os grupos possuíam uma grande diferença. Enquanto o Quarteto de Liverpool aparecia à exaustão na mídia, fazendo inclusive produções cinematográficas, o Zeppelin preferia apenas focar na música, o que trouxe “menos retorno”.
Sendo assim, para os integrantes, já foi um avanço muito grande lançar o filme-concerto “The Song Remains the Same” (1976). Citando ainda os Rolling Stones, o artista afirmou:
“Talvez vissem a banda como um tipo de fenômeno. Estávamos começando a atrair um público considerável e a única outra banda com a qual podiam nos comparar era algo do tamanho dos Beatles — o que não era verdade, porque os Beatles eram um nome conhecido em todos os lugares, estavam na televisão, faziam filmes. A gente não fazia nada disso. A pergunta ‘vocês vão fazer um filme?’ me pegou de surpresa, porque éramos apenas uma banda que fazia música, não era esse tipo de projeto. Tínhamos muitos fãs, mas não éramos uma banda popular como os Rolling Stones. A gente não aparecia na imprensa sensacionalista.”
Recentemente, o diretor Bernard MacMahon do novo documentário oficial “Becoming Led Zeppelin” observou o mesmo ponto em entrevista à Billboard. Na ocasião, conforme a Rolling Stone Brasil, o cineasta disse:
“Os Beatles fizeram uma quantidade insana de aparições publicitárias, o tempo todo. Então, há um suprimento infinito de sessões de fotos e entrevistas de TV [para montar um documentário]. Com o Zeppelin era exatamente o oposto. Há tão pouco.”
A tática
Jimmy Page e o empresário valentão Peter Grant tinham abordagem muito protetiva no que diz respeito à imagem do Led Zeppelin. Eram raras as entrevistas e participações em emissoras de TV e pessoas que tentassem filmar suas apresentações acabavam expulsas do local, também perdendo seus registros. O grupo também não lançava singles, focando apenas em seus álbuns.
Tudo isso colaborou para a criação de uma mística em torno do Zeppelin. Para ter acesso a eles, só havia duas opções: comprar ingressos para os shows e adquirir os discos.
Sobre “Becoming Led Zeppelin”
Lançado nacionalmente em fevereiro, “Becoming Led Zeppelin” é o primeiro documentário a ser autorizado pelo grupo britânico. Em sua estreia nos Estados Unidos, o filme registrou o maior fim de semana de abertura já alcançado por um lançamento musical exclusivo nesse formato.
O longa acompanha a banda desde o início nos anos 1960 até a ascensão meteórica, por meio de imagens inéditas de shows e materiais exclusivos sobre a criação dos primeiros álbuns e turnês. Há depoimento dos quatro integrantes: o vocalista Robert Plant, o guitarrista Jimmy Page, o baixista John Paul Jones e o já falecido baterista John Bonham.
Diz a sinopse:
“Becoming Led Zeppelin” explora as origens do grupo icônico e a sua ascensão meteórica em apenas um ano, contra todas as probabilidades. O filme proporciona uma visão sem paralelo de como a banda de rock se formou, enquanto o público testemunha em primeira mão a formação de suas duas primeiras turnês oficiais e a criação dos primeiros álbuns, que fizeram história. Com imagens, entrevistas, atuações e música inspiradoras e psicodélicas, nunca antes vistas, o documentário explora a história da origem criativa, musical e pessoal do Led Zeppelin, com um acesso sem precedentes ao grupo e aos seus arquivos. O resultado é uma experiência visceral que transportará o público para as salas de shows e para a vida dos Led Zeppelin durante as suas primeiras turnês, acompanhada por comentários exclusivos da famosa banda.”
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Eu acho que por um “pequeno” detalhe: Paul McCartney