Bobby Whitlock, tecladista notório pelo trabalho do Derek and the Dominos, morreu aos 77 anos. Empresária do músico, Carol Kaye confirmou à Variety que o artista faleceu no último domingo (10), em casa, no Texas, Estados Unidos, após uma breve batalha contra um câncer não especificado.
Ele deixa a esposa, a cantora CoCo Carmel, e seus três filhos, Ashley Brown, Beau Whitlock e Tim Whitlock Kelly. Um comunicado oficial destacou:
“Com profunda tristeza, a família de Bobby Whitlock anuncia seu falecimento às 1h20 do dia 10 de agosto, após uma breve doença. Ele morreu em sua casa, no Texas, cercado pela família.”
Sobre Bobby Whitlock
Nascido em 1948, em Memphis, Tennessee, Bobby Whitlock começou a carreira em sua cidade natal. Logo na década de 1960, foi o primeiro artista branco a assinar com a gravadora Stax Records e, mais tarde, no mesmo período, começou a tocar com o guitarrista Eric Clapton, o baixista Carl Radle e o baterista Jim Gordon no Delaney & Bonnie and Friends.
A parceria deu origem ao Derek and the Dominos. No clássico e único álbum de estreia da banda, “Layla and Other Assorted Love Songs” (1970), o músico coassinou a composição de sete faixas, incluindo “Bell Bottom Blues” e “Why Does Love Got To Be So Sad?”.
Pouco depois, passou a trabalhar com George Harrison no disco solo “All Things Must Pass” (1970), no qual contribuiu com órgão e piano em canções como “My Sweet Lord” e “What is Life”. Também foi um colaborador não creditado de “Exile On Main St” (1972), disco dos Rolling Stones, afirmando que ele e o guitarrista Mick Taylor que compuseram “I Just Want to See His Face” e não o vocalista Mick Jagger e também guitarrista Keith Richards.
Ao longo dos anos 1970, o artista disponibilizou uma série de álbuns solo, com Harrison e Clapton até mesmo aparecendo em “Raw Velvet” (1972), antes de deixar a indústria musical. Retornou somente em 1999 e começou a gravar com a esposa CoCo Carmel. “Esoteric” (2012) foi seu trabalho mais recente.
Nos últimos anos, esteve dedicado à pintura. Segundo o site oficial, “por volta de abril de 2018, Bobby começou a pintar porque sentiu que precisava fazer isso e, desde então, produziu mais de 1.800 obras”.
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