Paul McCartney e Ringo Starr cultivam uma amizade há décadas. Únicos membros remanescentes dos Beatles, os músicos não só continuam colaborando profissionalmente, como permanecem próximos em nível pessoal. Até o momento, o último encontro público aconteceu em dezembro do ano passado, no encerramento da turnê “Got Back”.
Segundo Macca, um dos segredos para a relação tão longínqua é, justamente, a perda que os artistas sofreram no passado. Com as mortes de John Lennon e George Harrison, a dupla percebeu que “nada dura para sempre”, o que os faz valorizar a companhia um do outro e aproveitar os momentos que tenham juntos.
Durante entrevista ao New York Times (via American Songwriter), o baixista de 83 anos fez a forte reflexão:
“Sem John e George aqui, acho que percebemos que nada dura para sempre. Então nos agarramos ao que temos agora, porque sabemos que é algo muito especial. É algo que quase ninguém mais tem. Na verdade, no nosso caso, é algo que ninguém mais tem. Só eu e Ringo — somos os únicos que podem compartilhar certas memórias.”
McCartney já reconheceu que ele e Starr passaram por uma “fase meio complicada” com a separação dos Beatles em 1970. Ainda assim, isso não mudou a “relação muito boa” dos membros que, à medida que envelheceram, parecem ter aprendido a apreciá-la ainda mais, como contou em 2010 para a CBC:
“Passamos por uma fase meio complicada quando os Beatles estavam se separando — havia muita conversa e as pessoas tentavam nos colocar um contra o outro. Fora desse período, sempre tivemos uma relação muito boa. Acho que, à medida que você envelhece, percebe o quanto seus amigos são valiosos.”
Ringo Starr sobre amizade com Paul McCartney
Por sua vez, para a revista AARP no fim de 2023, Ringo Starr descreveu Paul McCartney como o irmão que nunca teve. Poucos anos antes, ao jornal Irish News, o baterista revelou que os dois dão um jeito de saírem juntos sempre que podem, mesmo que não seja com tanta frequência:
“Ainda somos amigos. Não saímos muito juntos. Mas se estamos no mesmo país e na mesma cidade, sempre jantamos e conversamos, ou ele vem aqui, ou eu vou à casa dele.” Eu também adoro subir ao palco com ele. É mágico tanto para o público quanto para nós. Adoro tocar com ele. O público fica tipo: ‘são dois [dos Beatles], uau!’. Isso eleva tudo, de uma forma alegre.”
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