A década de 1990 representou um período de mudanças para o Metallica, tanto no visual quanto pela sonoridade. Olhando para trás, os álbuns daquela época fazem sentido dentro de um todo e Kirk Hammett confirmou que a própria banda não pbserva aqueles anos com má vontade.
Em conversa com a Rolling Stone, o guitarrista foi perguntado a respeito dos álbuns “Load” (1996) e “Reload” (1997), que terminaram uma mudança iniciada no “Black Album” (1991). Hammett revelou gostar dos discos e comentou a reação positiva à inclusão de músicas deles nos setlists recentes.
Sobre o tema, Kirk afirmou:
“Quem sabe? Nós podemos apenas dizer: ‘ok, vamos voltar aos anos 90’. Não é uma ideia ruim! Ainda não dissemos isso uns para os outros. E é interessante, porque quando ‘Load’ e ‘Reload’ saíram, houve muita crítica. Mas hoje em dia, eu falo com fãs e eles amam aquela época. Nós tocamos ‘Fuel’ e as pessoas enlouquecem. Nós tocamos ‘Until It Sleeps’ e as pessoas sabem cada palavra da letra.”
Para Hammett, o tempo se mostrou importante para que os fãs reavaliassem o material. O músico se coloca como exemplo em relação a uma de suas bandas favoritas, o Led Zeppelin:
“É meio como quando eu era adolescente, eu ouvia todos os álbuns do Zeppelin, menos ‘Led Zeppelin III’ (1970), porque ele era mais acústico e eu só queria as coisas agressivas e enérgicas. Mas com o tempo eu passei a compreender ‘Led Zeppelin III’ e o quão maravilhoso ele é.”
A memória permanece
Foi justamente em “Reload” que o Metallica trouxe sua primeira e até o momento única participação especial em um disco de estúdio: Marianne Faithfull, cantora surgida na segunda metade dos anos 1960 que ficou famosa por seu relacionamento com Mick Jagger (Rolling Stones) naquela época. Ela aparece na faixa “The Memory Remains” e Kirk Hammett relembrou a parceria:
“Lars (Ulrich, baterista do Metallica) e eu, nós amávamos Marianne e saíamos com ela. Uma vez, Lars e eu saímos para jantar com ela e Anita Pallenberg, a primeira esposa de Keith Richards (guitarrista dos Stones). Cara, que jantar foi aquele. E as histórias que ouvimos. Anita e Marianne realmente gostavam de estar com Lars e eu, porque nós as acompanhávamos. A cada bebida, a cada carreira, tudo. Usamos um monte de drogas naquela noite. Marianne era incrível, cara. Ela nunca pegou leve.”
Marianne Faithfull sofreu com diversos problemas de saúde em seus últimos anos de vida. A cantora teve covid-19 durante a pandemia, o que lhe rendeu perda de memória e de voz – a segunda foi recuperada. Ela morreu em 30 de janeiro de 2025, aos 78 anos.
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