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Clem Burke, baterista do Blondie, morre aos 70 anos

Apesar de não ser o baterista original, ele foi o único a assumir o instrumento em gravações durante a carreira do grupo

Clem Burke, conhecido por ser o baterista dos pioneiros do punk Blondie, morreu aos 70 anos. O anúncio ocorreu na manhã desta segunda-feira (7), através das redes oficiais da banda, que revelou a batalha do músico contra o câncer.

Em uma declaração oficial, a banda afirma:

“É com profunda tristeza que transmitimos a notícia do falecimento do nosso querido amigo e companheiro de banda Clem Burke após uma batalha privada contra o câncer.

Clem não era apenas um baterista; ele era o coração do Blondie. Seu talento, energia e paixão pela música eram inigualáveis, e suas contribuições para o nosso som e sucesso são imensuráveis. Além de sua musicalidade, Clem era uma fonte de inspiração dentro e fora do palco. Seu espírito vibrante, entusiasmo contagiante e ética de trabalho sólida como uma rocha tocaram todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

A influência de Clem se estendeu muito além do Blondie. Um autoproclamado ‘sobrevivente do Rock & Roll’, ele tocou e colaborou com vários artistas icônicos, incluindo Eurythmics, Ramones, Bob Dylan, Bob Geldof, Iggy Pop, Joan Jett, Chequered Past, The Fleshtones, The Romantics, Dramarama, The Adult Net, The Split Squad, The International Swingers, L.A.M.F., Empty Hearts, Slinky Vagabond e até mesmo o Go-Go’s. Sua influência e contribuições abrangeram décadas e gêneros, deixando uma marca indelével em cada projeto do qual ele fez parte.

Estendemos nossas mais profundas condolências à família, amigos e fãs de Clem ao redor do mundo. Seu legado viverá através da tremenda quantidade de música que ele criou e das inúmeras vidas que ele tocou. Enquanto navegamos por essa perda profunda, pedimos privacidade durante este momento difícil. Vá em paz, Dr. Burke.

Debbie, Chris e toda a família Blondie”

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Sobre Clem Burke

Clem Burke entrou para o Blondie em 1975 – substituindo Billy O’Connor – e era até 2025 o terceiro integrante mais longevo do grupo, atrás apenas da dupla fundadora, Debbie Harry e Chris Stein. A banda nunca gravou com outro baterista.

Em meio à extensa lista de colaborações externas ao Blondie, mencionada no comunicado, chama atenção um de seus vínculos mais curtos. Por um breve período em 1987, ele foi baterista dos Ramones após a saída abrupta de Richie Ramone. Realizou apenas duas apresentações para ajudar os amigos, sob o nome Elvis Ramone.

O músico era também um ávido defensor dos efeitos positivos de tocar bateria. Em 2008 foi revelado que Burke participou de um estudo de oito anos conduzido pelas universidades de Gloucestershire e Chichester sobre a bateria. Neste, se analisaram os efeitos fisiológicos da prática do instrumento e o preparo físico necessário para se tocar profissionalmente. 

Por sua participação, ele recebeu um doutorado honorário pela Universidade de Gloucestershire. No mesmo ano, o músico deu início ao Clem Burke Drumming Project, para estudar os efeitos positivos de tocar bateria na saúde física e mental das pessoas.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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