Fundado no dia de Natal de 1975, o Iron Maiden dará início em breve às comemorações de seus 50 anos de existência . Não são muitos os artistas que conseguem chegar tão longe na carreira, especialmente em boa forma. Para Dave Murray, há um integrante do grupo diretamente responsável por essa longevidade.
Em entrevista ao Music Radar, o guitarrista atribuiu a sequência do Maiden nos palcos aos 50 anos de carreira ao vocalista Bruce Dickinson. Frontman do grupo desde 1981, o “Air Raid Siren” chegou a enfrentar na última década um tratamento com quimioterapia contra um tumor no fundo da língua. Recuperou-se plenamente e segue na ativa em ótima performance.
A respeito do colega, Murray declarou:
“Exatamente agora, o canto de Bruce está incrível. É tão poderoso. Na última turnê ele estava correndo por todo o palco e cantando tão bem. Ele tem tudo.”
Apesar dos rumores de que a turnê “Run for Your Lives” seria a última da banda, Dave afirmou que não há conversas sobre aposentadoria. O guitarrista explicou que quando chegar a hora, deverá haver um consenso:
“Para mim, não há nada pior do que ver uma banda que você gosta no palco e eles parecerem que não deviam realmente estar fazendo aquilo. Nós estamos chegando à marca dos 70 anos agora, mas acho que todos nós saberemos quando for a hora. Seria uma decisão mútua.”
Antes aposentado do que dublando
Por sua vez, Bruce Dickinson já garantiu que se aposentaria dos palcos se o Iron Maiden passasse a usar um recurso que é empregado por bandas até mais novas: as chamadas faixas pré-gravadas. À Classic Rock (via Guitar.com), o vocalista ressaltou que o grupo nem mesmo baixa o tom das canções.
“Recentemente, um cara, um grande fã, me disse: ‘é incrível ver o Maiden ainda na ativa’. Eu respondi: ‘sim, e estamos fazendo isso de verdade’. Não estamos usando afinações mais baixas. Esse cara disse: ‘muitas bandas usam faixas pré-gravadas hoje em dia’. E eu falei: ‘a gente de jeito nenhum’. [O dia em que usarmos faixas pré-gravadas] será o dia em que eu me aposento. Ou o dia em que paramos. Se não for real, não é Maiden.”
O baixista Steve Harris, líder da banda, explicou ao canal Jaimunji (via Ultimate Guitar) o motivo de não usarem recursos pré-gravados:
“Nunca usamos backing tracks com nenhuma das bandas. As músicas gostam de se mover. Elas sobem e descem, vão um pouco para lá e para cá e têm diferentes partes e tons. Elas não são rígidas, como seriam com backing tracks. Nunca usamos isso.”
Iron Maiden e a “Run For Your Lives” Tour
O Iron Maiden já tem muitos compromissos agendados para 2025. Celebrando 50 anos de história, a banda embarcará na turnê “Run for Your Lives” pela Europa entre maio e agosto.
Será a primeira série de shows desde a saída do baterista Nicko McBrain, que deu adeus aos palcos nas apresentações realizadas em São Paulo, no Allianz Parque, nos dias 6 e 7 de dezembro. Simon Dawson, companheiro de Harris no British Lion, ocupará a função.
Outros continentes ainda não fazem parte da agenda, mas há expectativas para mais datas. No anúncio, o grupo sinalizou a continuação do giro em 2026 — e durante os shows no Brasil, o vocalista Bruce Dickinson disse que eles retornariam em até dois anos.
A turnê “Run for Your Lives” apresentará um repertório focado nos nove primeiros álbuns. Ou seja: do trabalho de estreia homônimo, de 1980, até “Fear of the Dark”, de 1992.
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