Com o Kiss oficialmente aposentado, Gene Simmons tem refletido muito sobre as origens do grupo em entrevistas. Desta vez, ele explicou como a banda conseguiu fazer sucesso em seus primórdios mesmo sem ter um grande hit – ainda que isso não seja completamente verdadeiro.
O assunto foi abordado em entrevista a Michael Franzese (via Ultimate Guitar). Simmons relembrou o que fez o Kiss realmente estourar em popularidade: uma combinação entre shows e aparições midiáticas. Também apontou que o crescimento foi um fenômeno da época, impossível de se emular na era da internet.
Cometendo um pequeno equívoco de datas — o show citado de 1973 na verdade aconteceu em 1976, três anos após a formação do grupo —, o vocalista e baixista disse:
“Um ano e meio depois da formação da banda, final de 1973, nós eramos headliners no Anaheim Stadium, antes da MTV, antes da era digital. Nós nem tínhamos hits. Algo aconteceu. Foi uma cultura que permeou. De repente, jovens começaram a falar sobre isso. E naqueles dias, você podia fazer uma carreira com revistas, porque era assim que as coisas se espalhavam antigamente.”
Ainda de acordo com Gene, o real segredo do Kiss estava nas apresentações ao vivo. Ele comenta:
“De forma muito estranha, o Kiss se tornou uma banda muito grande sem hits. Era sobre os shows ao vivo. E se as pessoas ficarem curiosas, se forem ao YouTube, [vão ver que] nós literalmente destruíamos qualquer nome que ousasse nos colocar no palco.”
O Kiss não teve hits?
Ao longo dos 50 anos de atividade, o Kiss nunca emplacou uma música no topo das principais paradas dos Estados Unidos, mas teve seus bons momentos. A primeira colocação foi atingida em outros países, como Canadá e Nova Zelândia.
Na Billboard Hot 100, parada geral americana de singles, os melhores resultados da banda foram um 7º lugar com “Beth”, faixa do clássico “Destroyer” (1976) e a 8ª colocação com outra balada, “Forever”, de “Hot in the Shade” (1989). Tratam-se, ainda, dos únicos top 10 da carreira do Kiss.
O famoso single de “Rock and Roll All Nite”, saído de “Alive!” (1975), alcançou a 12ª posição. Vale destacar ainda “I Was Made For Lovin’ You”, do álbum “Dynasty” (1979), que chegou ao 11º posto e a dobradinha do disco “Rock and Roll Over” (1976): “Hard Luck Woman” e “Calling Dr. Love”, 15º e 16º lugares, respectivamente.
No que diz respeito à Billboard 200, parada de álbuns dos EUA, “Sonic Boom” (2009) registra a posição mais alta: segundo lugar. Chegaram ao top 10 “Love Gun” (1977, 4º), “Dynasty” (1979, 9º), “Revenge” (1992, 6º) “Psycho Circus” (1998, 3º) e “Monster” (2012, 3º), além dos trabalhos ao vivo “Alive!” (1975, 9º), “Alive II” (1977, 7º) e “Alive III” (1993, 9º).
Ao todo, o Kiss vendeu 25 milhões de cópias nos Estados Unidos. É a banda com mais discos de ouro: 30 no total.
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