Blaze Bayley vem destacando com certa frequência a importância de Paul Di’Anno. Recentemente, o terceiro vocalista a gravar com o Iron Maiden não só elogiou o cantor dos primeiros discos da banda, falecido no último mês de outubro aos 66 anos, mas agora o comparou com Elvis Presley.
A declaração saiu na mais recente edição da Metal Hemmer. Ao homenagear o saudoso colega para a publicação, o artista equiparou sua relevância à do Rei do Rock no mundo da música pesada e também explicou o diferencial de sua voz.
Ele disse:
“No nosso mundo do heavy metal, ele é quase tão importante quanto Elvis Presley. Aquela voz sempre vai te tocar, ele era diferenciado. Sua atitude transparecia de forma incrível em sua interpretação e sua voz e melodia combinavam com a música de maneira muito poderosa.”
Para Blaze, o falecido vocalista conseguia ainda mais êxito nos palcos. Apesar do cansaço pela agenda de shows ser perceptível durante as turnês, também era notável o talento do cantor, como afirmou:
“Em algumas noites, se você estivesse o ouvindo ao vivo e fechasse os olhos, era melhor do que qualquer coisa que ele já tivesse gravado. Se ele cantava algumas noites seguidas, começava a sofrer um pouco. Mas se você o assistisse depois de uns dois dias de descanso, ah, cara… ele era incrível, simplesmente sensacional.”
Paul Di’Anno e Blaze Bayley
Blaze Bayley promoveu uma homenagem a Paul Di’Anno durante show em Atenas, na Grécia, em novembro último. O terceiro vocalista a gravar com o Iron Maiden dedicou a música “Wrathchild” ao cantor dos primeiros discos da banda.
Uma filmagem da performance foi compartilhada por Bayley em suas redes sociais. Na legenda, ele declarou brevemente: “Para Paul”. Já em cima do palco, disse o mesmo e complementou: “Ele está em Valhalla com Lemmy (Kilmister, frontman do Motörhead)”.
Na ocasião em que Paul faleceu, Blaze falou sobre o ex-colega nas redes. Os dois chegaram a realizar turnês juntos na década passada, após uma série de trocas de farpas através da mídia em anos anteriores.
A manifestação aconteceu através de uma postagem no Instagram, onde Bayley exaltou o trabalho e o caráter de seu antecessor na Donzela de Ferro, o reconhecendo como uma companhia agradável e de bom humor.
Diz a mensagem publicada:
“Muito triste saber da morte do meu amigo Paul Di’Anno. Paul e eu fizemos algumas turnês e shows juntos ao longo dos anos… Sweden Rock, Ucrânia, Austrália, Escandinávia. Ele tinha um ótimo senso de humor e aqueles eram tempos loucos. Sua voz e sua música com o Iron Maiden e seus próprios projetos viverão para sempre. Carinhosamente lembrado, tristemente perdido. Descanse em paz.”
A turnê conjunta entre os dois deveria ter passado pelo Brasil, com um show em São Paulo no dia 12 de junho de 2016, em São Paulo. Porém, Paul acabou tendo problemas de saúde e não conseguiu sair da Inglaterra. Ele só voltaria ao país em 2023.
Sobre Paul Di’Anno
Paul Di’Anno gravou os álbuns “Iron Maiden” (1980) e “Killers” (1981), saindo para a entrada de Bruce Dickinson. Seu primeiro projeto após deixar a banda foi o Di’Anno, com sonoridade mais comercial. O nome foi reaproveitado na virada do século, com uma banda formada apenas por instrumentistas brasileiros.
A seguir fundou o Battlezone, com sonoridade mais pesada. O grupo existiu entre 1985 e 1989, retornando brevemente em 1998. Na sequência veio o Killers, que teve no álbum “Murder One” (1991) o trabalho mais elogiado do vocalista fora do Maiden.
Também gravou e excursionou com Gogmagog, Praying Mantis, Scelerata e Architects Of Chaoz, entre outros. Nos últimos anos, participou do Warhorse, com músicos croatas, aproveitando sua estadia no país para tratamento visando readquirir independência de locomoção.
Em tempos recentes, os fãs acompanharam os problemas de saúde de Di’Anno. Uma mobilização mundial foi feita para que o cantor pudesse ter acesso a um tratamento para lidar com problemas em seus membros inferiores.
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