Poucas pessoas podem dizer que são famosas há seis décadas e que mantiveram tal popularidade ao longo de todo esse período. Mick Jagger é uma delas, o que faz dele uma pessoa bastante credenciada para falar sobre os perigos da vida de celebridade — como fez ao realizar uma espécie de previsão a respeito de Amy Winehouse.
Falecida aos 27 anos, em 23 de julho de 2011, por intoxicação alcoólica, a cantora lutou contra a dependência química ao longo de quase todos os anos de sua vida adulta. Ela já tinha problemas quando estourou mundialmente com o álbum “Back to Black”, de 2006 — não por acaso, seu maior hit “Rehab” fala sobre pessoas em seu entorno tentando fazê-la ser internada em uma clínica de reabilitação.
Chegou ao ponto de esse problema tornar-se público e visível, de modo que Amy surgia em estado deplorável nas ruas e até em cima dos palcos – como visto em seus shows no Brasil, já meses antes de sua morte, em janeiro de 2011.
Tantas informações a respeito fizeram com que Jagger apresentasse uma previsão certeira, ainda que mórbida, a respeito de Winehouse. Em 2007, quase cinco anos antes da cantora falecer, o vocalista dos Rolling Stones compartilhou ao jornal The Sun (via Far Out Magazine) algumas reflexões sobre a colega de profissão.
“Amy é uma artista brilhante que faz músicas fantásticas. Ela tem classe. Mas estou preocupado que ela possa morrer se seguir o caminho que tomou.”
Amy Winehouse, Mick Jagger e Rolling Stones
As declarações de Mick Jagger não eram apenas um palpite de alguém que acompanhava as notícias: ele viu de perto a situação de Amy Winehouse, pois ela chegou a participar de um show dos Rolling Stones no festival Isle of Wight, no início de 2007. A artista havia sido escalada para abrir a turnê que a banda faria na sequência, mas os problemas com a dependência química acarretaram em sua desistência.
Jagger, à época, lamentou muito a saída de Winehouse da turnê, especialmente porque a obra dela se conecta diretamente às influências dos Stones. Ele declarou:
“Teria sido como um ciclo completo para os Stones, já que ela é como algumas dessas cantoras clássicas de soul music antiga que nos inspiraram. Ter uma mulher que canta igual a elas no mundo contemporâneo é algo maravilhoso. Se ao menos ela pudesse resolver essa situação…”
Experiência própria
Tanto Mick Jagger quanto seus colegas dos Rolling Stones lidaram com a dependência química por muitos anos. Com relação a esse tema, o cantor sabe do que está falando. Por isso, ele usou de sua própria experiência com as drogas para concluir sua reflexão a respeito de Amy Winehouse.
“Se minha mente não tivesse sempre me dito que eu não deveria exagerar, eu poderia ter acabado como Amy anos atrás. Mas eu sempre tive aquela voz na minha cabeça que me manteve com os pés no chão e me disse para parar completamente no fim das contas. Percebi que não queria morrer jovem.”
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