Nem todo mundo gosta de Creed. A banda americana se tornou um dos grupos mais bem-sucedidos da virada do milênio e ganhou relevância novamente nos últimos anos, mas segue com seus detratores. Um deles, lá nos anos 1990, até tentou convencer seu selo a não lançar “My Own Prison”, álbum de estreia do grupo.
Conor Oberst hoje em dia é reconhecido como um dos músicos indies mais respeitados do século 21 graças ao seu projeto Bright Eyes. Em entrevista ao Broken Record Podcast (via Exclaim), ele explorou sua carreira e abordou um episódio inusitado antes de formar seu grupo mais famoso.
Nos anos 90, ele era apenas membro do Commander Venus, banda integrante da gravadora Grass Records, que lançava predominantemente rock alternativo. Em 1997, o casal Alan e Diana Meltzer comprou o selo e mudou o perfil para algo mais comercial, alterando o nome para Wind-up Records.
Uma das primeiras bandas trazidas pelos dois não impressionou muito Oberst:
“Eles [Alan e Diana] eram legais, mas eu lembro deles me mostrando Creed antes de sair. E eu falei: ‘Gente – isso soa como um Pearl Jam ruim’.”
De acordo com Oberst, os novos donos da gravadora não gostaram desse feedback. Principalmente Diana Meltzer.
“Ela falou: ‘Ele [Scott Stapp, vocalista do Creed] é como Jim Morrison [The Doors]. Ele é o novo Jim Morrison.”
O músico não ficou convencido. Entretanto, reconheceu na entrevista que a história justificou o investimento do casal na banda.
“Eles lançaram e virou a maior coisa do planeta. Mais uma razão para não confiar no meu julgamento.”
Creed e “My Own Prison”
“My Own Prison”, álbum de estreia do Creed, foi lançado nacionalmente nos EUA em 26 de agosto de 1997, após uma tiragem limitada na Flórida. O disco superou a marca de seis milhões de cópias vendidas no país no embalo dos singles “Torn”, “What’s This Life For” e “One”, além da faixa-título. Seu sucessor, “Human Clay”, foi ainda mais popular: 20 milhões de unidades.
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