Geoff Tate deseja estender a história de “Operation: Mindcrime” (1988), clássico álbum lançado pelo Queensrÿche em 1988. O vocalista, fora da banda desde 2012, revelou trabalhar em um terceiro capítulo da obra — o segundo saiu em 2006, sem boa recepção.
A revelação foi feita por Tate em entrevista ao Rock of Nations with Dave Kinchen and Shane McEachern (via Blabbermouth). Na ocasião, contou que a sonoridade se inclina aos momentos iniciais de seu antigo grupo.
Ele afirma:
“As novas músicas são superpesadas, algumas delas incrivelmente técnicas. Elas são como álgebra. Você precisa de uma calculadora quando está ouvindo a música. [Risos] E, claro, algumas delas são muito emocionais.”
Mencionando alguns personagens da obra conceitual, Geoff aponta que este será “o último capítulo da série Mindcrime”. O cantor diz:
“A história segue as façanhas do Dr. X, Nikki e Sister Mary, pega um ponto específico da história deles e meio que faz o microscópio do que está acontecendo naquele momento específico. Estou simplesmente apaixonado por isso. Estou muito feliz com tudo até agora, e mal posso esperar para que as pessoas ouçam.”
Possivelmente, haverá “interações políticas” dentro do novo álbum, assim como nos anteriores.
“Acho que sim. Acho que as pessoas serão capazes de detectar pequenos pedaços do que está acontecendo ao redor delas. E é um momento interessante agora — muito interessante. Especialmente na próxima semana [após a eleição presidencial dos EUA de 2024].”
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Celebração de Geoff Tate em turnê
Este não é o único plano de Geoff Tate em relação a “Operation: Mindcrime”. O vocalista anunciou uma turnê pelos Estados Unidos, iniciando em março de 2025, onde tocará o álbum na íntegra pela última vez. Não por acaso, a excursão é batizada “Operation: Mindcrime – The Final Chapter”.
Queensrÿche e “Operation: Mindcrime”
Em seu terceiro álbum de estúdio, o Queensrÿche entregou um divisor de águas. Em um cenário musical em que predominava a puerilidade do hair metal, fez cair por terra a noção de que som pesado era trilha sonora dos incultos.
O enredo de “Operation: Mindcrime” gira em torno de um viciado em drogas de nome Nikki que, desiludido com a sociedade, relutantemente acaba se envolvendo com um grupo revolucionário como um assassino de líderes políticos.
Não foi um sucesso imediato. Quando de seu lançamento no dia 2 de maio de 1988, estreou no número 50 na parada de álbuns da Billboard.
Um ano inteiro seria necessário até que a marca de 500 mil cópias vendidas — disco de ouro — fosse batida nos Estados Unidos. A certificação de platina por 1 milhão de cópias vendidas só viria em 1991, depois que o grupo tocou o álbum na íntegra para promover “Empire” (1990). “Eyes of a Stranger”, “Revolution Calling” e “I Don’t Believe in Love” foram as músicas de trabalho.
Em 2006, a história de Nikki ganhou continuação com “Operation: Mindcrime II”. Todavia, nem mesmo a participação de Ronnie James Dio como Dr. X impediu o álbum de ser tachado como uma sequência de baixa caloria pela crítica.
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