Uma das maiores lendas envolvendo o comportamento de artistas diz respeito a Bob Dylan. Há anos, circula o boato de que o cantor proíbe os funcionários e qualquer outra pessoa de olhar diretamente para ele nos bastidores. Agora, depois de tantas especulações, o próprio fez questão de negar o rumor.
A recente situação começou quando uma ex-dançarina e astróloga publicou um relato de uma suposta experiência ruim com o músico. Por meio do X/Twitter, Cheryl Henry revelou que chegou a ensaiar para compor o balé de uma apresentação de Dylan na década de 1990, mas acabou dispensada.
Na ocasião, ela teria sido avisada para não fazer contato visual com a estrela, como escreveu:
“Minha alegria foi embora depois de ter ensaiado como uma das dançarinas de apoio para sua apresentação no Grammy em Nova York, 1991. Todos nós tivemos que sair em uma fila única pela área dos bastidores, passando pelos camarins, onde você estava parado, usando um manto preto com capuz, no estilo dos boxeadores. E você disse para mim, ao passar: ‘Não vá cortar esse seu cabelo ruivo comprido antes de amanhã à noite’. Quando cheguei à porta de saída no Radio City, me disseram para não voltar mais.
A Nadine (que estava no comando) tinha nos avisado antes para não fazer contato visual com você! Acho que dei uma espiada quando passei por você! Eu também tinha uma carta comigo de uma velha amiga sua, Katherine Perry, que o conheceu nos dias em que você vivia em West Village.”
Dylan, então, respondeu à mulher e esclareceu a situação. Em suas palavras, “nunca disse a ninguém” para não fazer contato visual. Ainda chamou a ideia de “simplesmente ridícula” e pediu:
“Vi sua resposta. Só quero que você saiba que nunca disse a ninguém para não fazer contato visual comigo. Isso é simplesmente ridículo. E da próxima vez que você me vir, por favor, olhe direto nos meus olhos.”
Anteriormente, o cantor Jeff Tweedy já havia negado a suposta exigência de Dylan. À revisa Esquire em 2014, o vocalista e guitarrista do Wilco relembrou quando sua banda abriu para o músico e detalhou um encontro que teve com o veterano no backstage:
“No primeiro ou segundo show da turnê, eu estava parado no meio do camarim, o show de Dylan estava prestes a começar e ele apareceu com sua equipe bem vestido. Ele me viu e eu imaginei que eu deveria desviar os olhos, porque eu não achava que deveria estar onde estava, parado no caminho. Mas ele me disse: ‘ei, Jeff, como vai, cara?’. Foi a maior emoção da minha vida.”
Sobre Bob Dylan
Nascido em 24 de maio de 1941, na cidade americana de Duluth, Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan, construiu uma extensa obra ao longo de décadas de carreira. O artista é lembrado principalmente por seus álbuns lançados nos anos 60, trazendo músicas com temática de protesto, como “Blowing in the Wind” e “The Times They Are a-Changin’” e sucessos como “Like a Rolling Stone”.
O chamado “Poeta Maldito” transitou por diversos gêneros indo do gospel ao rock, mas tem no folk seus trabalhos mais reconhecidos. Também colaborou por um período com a The Band, com quem gravou mais de 100 músicas, parte delas lançadas em “The Basement Tapes” (1975).
Dylan também se dedicou à poesia e às artes plásticas, entre outras atividades. Foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame em 1988 e já ganhou dez Grammys e um Oscar. Recebeu ainda prêmios não exatamente relacionados à música, mas de grande prestígio, como um Pulitzer em 2008 e um Nobel de Literatura em 2016, por sua contribuição artística à poesia americana.
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