“Cite um músico de jazz que signifique algo”, diz Gene Simmons ao desprezar técnica musical

Para vocalista e baixista do Kiss, é muito mais difícil compor uma "boa música simples" do que ser um instrumentista virtuoso

Para além do rock, Gene Simmons já demonstrou interesse por outros gêneros musicais. Inclusive, disse ser um fã de nomes do pop como Lady Gaga e Billie Eilish. Porém, o baixista e vocalista do Kiss não tem o mesmo apreço pelo jazz por um motivo: a técnica musical.

Conversando com a Guitar World, o músico novamente bateu na tecla de que é muito mais difícil compor uma música simples e pegajosa do que uma canção extremamente complexa. Por isso mesmo, ele nunca tentou ser um virtuoso em seu instrumento. Ao seu ver, ninguém liga para isso além de outros instrumentistas. 

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Primeiramente, citando justamente o jazz, explicou:

“Não me considero – e nunca me interessei em ser – um virtuoso do baixo. Não gosto de exibicionismo na música. Sou muito mais atraído pelo que é memorável. É parte da alegria da música para mim. Você pode ser um músico de jazz e ser respeitado pelos músicos, mas o resto do mundo não está nem aí. Vamos jogar um jogo: cite um músico de jazz que signifique algo.”

Em seguida, o próprio resolveu citar o exemplo de um músico competente, conhecido até por trabalhar com Miles Davis e Mahavishnu Orchestra, mas pouco lembrado pelo público geral. Disse o Demon: 

John McLaughlin? Ele é um ótimo músico. Mas aqui vai uma pergunta: você consegue cantarolar alguma melodia que ele já tenha tocado em um solo? Claro que não. Com todo o respeito, mas esse gênero tem como intenção mostrar o quão bem você toca e eu não ligo para isso. A coisa mais difícil de fazer é compor uma boa música simples ou um riff. Isso é muito difícil.”

Comparação com músicas progressivas

Não é a primeira vez que Gene Simmons aborda o assunto. Conversando com o comediante e radialista Adam Carolla em maio, o artista exaltou as composições pop quando comparadas às músicas progressivas — naturalmente longas e com maior tempo instrumental. 

Para ele, tocar prog “é mais fácil”, já que o intuito não é que o público alvo memorize as faixas e sim que apenas fiquem impressionados momentaneamente. Ele declarou: 

Leia também:  Alex Van Halen ainda não entende Eddie ter gravado com Michael Jackson

“É difícil fazer uma música simples. É mais fácil estar em uma banda progressiva. Sério. Porque você não está tentando criar algo ‘memorável’, você está tocando como se fosse um jazz, realmente se exibindo. Você não espera que alguém saia de um show de jazz cantarolando as músicas.”

Em seguida, exemplificou citando o trabalho de Bruno Mars:

“[Músicas simples] são muito difíceis de se fazer e é preciso respeitar esse tipo de arte. Uma música do Bruno Mars ou de quem quer que seja, quando você a ouve uma única vez, a melodia – especialmente do refrão –  fica na sua cabeça, simplesmente acontece.”

Por fim, mencionou casos na indústria de músicos bem-sucedidos que não sabiam ler ou escrever partituras, com o intuito de demonstrar como a música não necessariamente precisa de complexidade. O próprio incluiu-se em tal categoria, afirmando:

“Todos esses músicos, os Beatles, John Lennon, Mick Jagger, Keith Richards, não conseguem ler uma música. Eu não consigo ler ou escrever música. Ninguém consegue. Jimi Hendrix não conseguia. Você simplesmente cria. É como ser capaz de escrever um livro em outro idioma mesmo que você não consiga ler ou escrever em outro idioma verbalmente.”

Gene Simmons atualmente

Após o Kiss encerrar a turnê de despedida “End of The Road” em dezembro do ano passado, Gene Simmons voltou aos palcos com a Gene Simmons Band. Em seu grupo, ele é acompanhado pelos guitarristas Brent Woods (Wildside, Sebastian Bach, Vince Neil) e Jason Walker, além do baterista Brian Tichy (The Dead Daisies, Billy Idol, Ozzy Osbourne, Whitesnake, Foreigner, Pride & Glory, Glenn Hughes, Velvet Revolver e outros).

Juntos, realizaram uma pequena apresentação de “estreia” na inauguração de mais uma loja do Rock & Brews, em Ridgefield, Washington, Estados Unidos, no fim de abril. Pouco depois, seguiram para a capital paulista, onde tocaram no primeiro dia do festival Summer Breeze Brasil, hoje chamado Bangers Open Air. Já entre julho e agosto, excursionaram pela Europa.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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Para além do rock, Gene Simmons já demonstrou interesse por outros gêneros musicais. Inclusive, disse ser um fã de nomes do pop como Lady Gaga e Billie Eilish. Porém, o baixista e vocalista do Kiss não tem o mesmo apreço pelo jazz por um motivo: a técnica musical.

Conversando com a Guitar World, o músico novamente bateu na tecla de que é muito mais difícil compor uma música simples e pegajosa do que uma canção extremamente complexa. Por isso mesmo, ele nunca tentou ser um virtuoso em seu instrumento. Ao seu ver, ninguém liga para isso além de outros instrumentistas. 

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Primeiramente, citando justamente o jazz, explicou:

“Não me considero – e nunca me interessei em ser – um virtuoso do baixo. Não gosto de exibicionismo na música. Sou muito mais atraído pelo que é memorável. É parte da alegria da música para mim. Você pode ser um músico de jazz e ser respeitado pelos músicos, mas o resto do mundo não está nem aí. Vamos jogar um jogo: cite um músico de jazz que signifique algo.”

Em seguida, o próprio resolveu citar o exemplo de um músico competente, conhecido até por trabalhar com Miles Davis e Mahavishnu Orchestra, mas pouco lembrado pelo público geral. Disse o Demon: 

John McLaughlin? Ele é um ótimo músico. Mas aqui vai uma pergunta: você consegue cantarolar alguma melodia que ele já tenha tocado em um solo? Claro que não. Com todo o respeito, mas esse gênero tem como intenção mostrar o quão bem você toca e eu não ligo para isso. A coisa mais difícil de fazer é compor uma boa música simples ou um riff. Isso é muito difícil.”

Comparação com músicas progressivas

Não é a primeira vez que Gene Simmons aborda o assunto. Conversando com o comediante e radialista Adam Carolla em maio, o artista exaltou as composições pop quando comparadas às músicas progressivas — naturalmente longas e com maior tempo instrumental. 

Para ele, tocar prog “é mais fácil”, já que o intuito não é que o público alvo memorize as faixas e sim que apenas fiquem impressionados momentaneamente. Ele declarou: 

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“É difícil fazer uma música simples. É mais fácil estar em uma banda progressiva. Sério. Porque você não está tentando criar algo ‘memorável’, você está tocando como se fosse um jazz, realmente se exibindo. Você não espera que alguém saia de um show de jazz cantarolando as músicas.”

Em seguida, exemplificou citando o trabalho de Bruno Mars:

“[Músicas simples] são muito difíceis de se fazer e é preciso respeitar esse tipo de arte. Uma música do Bruno Mars ou de quem quer que seja, quando você a ouve uma única vez, a melodia – especialmente do refrão –  fica na sua cabeça, simplesmente acontece.”

Por fim, mencionou casos na indústria de músicos bem-sucedidos que não sabiam ler ou escrever partituras, com o intuito de demonstrar como a música não necessariamente precisa de complexidade. O próprio incluiu-se em tal categoria, afirmando:

“Todos esses músicos, os Beatles, John Lennon, Mick Jagger, Keith Richards, não conseguem ler uma música. Eu não consigo ler ou escrever música. Ninguém consegue. Jimi Hendrix não conseguia. Você simplesmente cria. É como ser capaz de escrever um livro em outro idioma mesmo que você não consiga ler ou escrever em outro idioma verbalmente.”

Gene Simmons atualmente

Após o Kiss encerrar a turnê de despedida “End of The Road” em dezembro do ano passado, Gene Simmons voltou aos palcos com a Gene Simmons Band. Em seu grupo, ele é acompanhado pelos guitarristas Brent Woods (Wildside, Sebastian Bach, Vince Neil) e Jason Walker, além do baterista Brian Tichy (The Dead Daisies, Billy Idol, Ozzy Osbourne, Whitesnake, Foreigner, Pride & Glory, Glenn Hughes, Velvet Revolver e outros).

Juntos, realizaram uma pequena apresentação de “estreia” na inauguração de mais uma loja do Rock & Brews, em Ridgefield, Washington, Estados Unidos, no fim de abril. Pouco depois, seguiram para a capital paulista, onde tocaram no primeiro dia do festival Summer Breeze Brasil, hoje chamado Bangers Open Air. Já entre julho e agosto, excursionaram pela Europa.

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Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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