Por que bandas estão predestinadas a romper, segundo Bruce Springsteen

"The Boss" contou como seu próprio grupo de apoio tem sobrevivido ao longo das décadas e deu exemplos de outros artistas

Bruce Springsteen tem consigo a E Street Band no apoio há décadas e entende bem as relações dentro de um conjunto de músicos. Para “The Boss”, a maioria das bandas está destinada a romper em algum momento e há exemplos bem claros disso.

Em conversa com a BBC (via Ultimate Guitar), Springsteen explicou que não tem mais disposição para todas as mazelas envolvidas em estar em um grupo. Para reflexão, trouxe o próprio caso da relação com a E Street Band.

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Ele diz:

“Eu não gosto de drama. Eu não quero pessoas se desentendendo. Não quero ouvir sobre um monte de besteira no backstage. Não suporto nada disso. Nós eliminamos isso há muito tempo. A banda começou louca e fez seu caminho até a sanidade.”

“The Boss” também contou como faz para manter um bom relacionamento entre os colegas de seu grupo de apoio. A resposta é simples e bem menos agradável do que se poderia imaginar:

“Quando não estamos tocando, nós raramente vemos uns aos outros. Nós já nos vemos o suficiente!”

Para Bruce, bandas estão fadadas a terminar na maioria das vezes. O músico apresentou exemplos disso:

“Nem dois caras conseguem ficar juntos. Simon não suporta Garfunkel. Don não suportava Phil Everly, e então você tem os garotos do Oasis… então a tradição continua. É a natureza das pessoas não se darem bem, então isso é algo que você precisa levar em conta no projeto do tipo de banda na qual você quer estar.”

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Springsteen segue com a E Street Band nos termos em que contou. Ao longo de sua carreira, o artista alternou os álbuns em grupo com trabalhos completamente solo, o que certamente ajuda a dar uma arejada na relação.

Sting concorda

Se Bruce Springsteen pareceu frio demais em sua leitura da situação, certamente não é o único a pensar desse jeito. Sting veio do The Police, grupo que durou apenas 9 anos e só se juntou de novo para uma turnê em 2007, justamente pela relação complicada entre os integrantes.

Em 2022, durante conversa com a Mojo Magazine (via Tone Deaf), o vocalista e baixista, em carreira solo desde a metade dos anos 80, tocou no assunto. E foi ainda mais direto do que Springsteen:

“Uma banda é como uma gangue de jovens. Não acho que seja lugar para um homem crescido. Não dá para crescer musicalmente trabalhando no formato. Você precisa obedecer regras e gerir crises. Por mais que eu ame o AC/DC e os Rolling Stones, não dá para dizer que eles evoluíram. Em minha concepção, a banda é um veículo para as músicas, não o contrário. A obra é o mais importante.”

O The Police existiu entre os anos de 1977 e 1986. Cada um seguiu seu caminho depois disso. A treta é tão séria que, apesar da reunião de 2007, nenhum dos envolvidos parece ter o menor interesse em fazer turnês em conjunto.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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