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A música do Black Sabbath cujo significado teve de ser explicado a Ozzy

Geezer Butler foi o responsável por criar a letra do que acabou se tornando o maior sucesso da carreira da banda

Lançada em 1970, Paranoid é a música mais conhecida do Black Sabbath. A composição saiu de um improviso para fechar o tempo necessário para concluir o segundo disco de estúdio da banda britânica. Acabou se tornando tão forte que virou a faixa-título do álbum, que inicialmente se chamaria “War Pigs”.

Em entrevista ao podcast de Bob Lefsetz, o baixista Geezer Butler comentou o processo de criação. Assim como em vários dos maiores clássicos do grupo, o instrumentista se encarregou de criar a letra. Porém, foi o guitarrista Tony Iommi quem deu início à obra.

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Ele disse, conforme transcrição do Ultimate Classic Rock:

“O produtor disse: ‘Vocês têm que inventar mais três minutos’. Naquela época um álbum não era classificado como álbum a menos que tivesse mais de quarenta minutos ou algo assim. Você tinha que ter quarenta minutos de material para ser classificado como LP. Precisamos criar algo rápido. Ozzy (Osbourne, vocalista), Bill (Ward, baterista) e eu fomos comer um sanduíche e Tony ficou. Quando voltamos ele havia criado o riff. Ozzy fez melodia vocal e eu me encarreguei da letra. Foram duas ou três horas.”

Explicando a letra a Ozzy Osbourne

Geezer ressaltou que o Madman detestava escrever letras. Com isso, um momento interessante se deu em estúdio.

“Ele estava lendo o que eu escrevi enquanto cantava. De repente, parou e perguntou: ‘o que significa paranoico mesmo?’ (risos). Expliquei, ele entendeu e seguiu em frente.”

“Paranoid” chegou ao 61º lugar no Billboard Hot 100, principal parada de singles dos Estados Unidos. Também ganhou disco de platina no Reino Unido. Durante toda a carreira do Black Sabbath e de Ozzy como artista solo foi presença garantida nos shows.

Black Sabbath e “Paranoid”, o álbum

“Paranoid” é o álbum mais vendido de toda a história do Black Sabbath, com cerca de 12 milhões de cópias comercializadas em todo o mundo. As gravações ocorreram apenas quatro meses após o lançamento do debut. Ao invés das doze horas do anterior, desta vez os músicos ganharam cinco dias para trabalhar em estúdio.

As letras deixavam o aspecto fantasioso da estreia um pouco de lado, abordando temas políticos e sociais com maior ênfase. O disco chegou ao topo da parada britânica, feito que a banda repetiria apenas 43 anos mais tarde, com “13”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Em entrevista ao podcast de Bob Lefsetz, o baixista Geezer Butler comentou o processo de criação. Assim como em vários dos maiores clássicos do grupo, o instrumentista se encarregou de criar a letra. Porém, foi o guitarrista Tony Iommi quem deu início à obra.

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“O produtor disse: ‘Vocês têm que inventar mais três minutos’. Naquela época um álbum não era classificado como álbum a menos que tivesse mais de quarenta minutos ou algo assim. Você tinha que ter quarenta minutos de material para ser classificado como LP. Precisamos criar algo rápido. Ozzy (Osbourne, vocalista), Bill (Ward, baterista) e eu fomos comer um sanduíche e Tony ficou. Quando voltamos ele havia criado o riff. Ozzy fez melodia vocal e eu me encarreguei da letra. Foram duas ou três horas.”

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Geezer ressaltou que o Madman detestava escrever letras. Com isso, um momento interessante se deu em estúdio.

“Ele estava lendo o que eu escrevi enquanto cantava. De repente, parou e perguntou: ‘o que significa paranoico mesmo?’ (risos). Expliquei, ele entendeu e seguiu em frente.”

“Paranoid” chegou ao 61º lugar no Billboard Hot 100, principal parada de singles dos Estados Unidos. Também ganhou disco de platina no Reino Unido. Durante toda a carreira do Black Sabbath e de Ozzy como artista solo foi presença garantida nos shows.

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As letras deixavam o aspecto fantasioso da estreia um pouco de lado, abordando temas políticos e sociais com maior ênfase. O disco chegou ao topo da parada britânica, feito que a banda repetiria apenas 43 anos mais tarde, com “13”.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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