...

A música do Metallica que salvou a vida de Billy Corgan

Líder do Smashing Pumpkins ressaltou a maneira como o heavy metal ajuda o ouvinte a lidar com suas lutas internas

Talvez quem conheça a carreira de Billy Corgan apenas através do Smashing Pumpkins não consiga ver as conexões explícitas com o heavy metal. Mas o fato é que o vocalista e guitarrista é um grande fã do gênero desde a adolescência, tendo até mesmo colaborado com nomes históricos do porte de Tony Iommi e Scorpions.

Em entrevista ao The Allison Hagendorf Show, o músico falou sobre sua relação com o movimento. Inicialmente um fã, ele teve o privilégio de assistir alguns shows que deixariam o headbanger saudosista babando de inveja.

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Disse o artista, conforme transcrição do Ultimate Guitar:

“Fui abençoado. Vi o Iron Maiden em sua primeira turnê com Bruce Dickinson… Vi o Metallica na turnê ‘Ride the Lightning’ e o Judas Priest em 82, em uma pista de corrida, na turnê ‘Screaming for Vengeance’. Vi o Accept abrindo para o Iron Maiden… Como é comumente entendido sobre mim, eu não dou a mínima para o que as pessoas pensam sobre música, porque a maior parte do pensamento musical é baseado em esnobismo.”

A importância do metal para Billy Corgan

A seguir, Corgan ressaltou a importância do som pesado e sua crueza para a construção de seu caráter e a maneira como encara a vida.

“O metal nos lembra que nem todo mundo se importa com o voto esnobe, seja Metallica, Rush ou Mötley Crüe. Se você cresceu no mundo em que eu cresci, e tantas pessoas para quem essa música fala de uma forma muito visceral, não é para ser bonito.”

Como referência cabal de autenticidade, Billy menciona Rob Halford, não à toa conhecido como Metal God.

“Pegue o Judas Priest como exemplo. Aqui você tem um homem gay enrustido nos anos 80, que está passando por todo tipo de tormento interior, com medo de que se ele for descoberto, isso pode acabar com sua banda. De alguma forma, através dessa luta interior, ele encontrou um público que o aceitou como ele é.”

“Fade to Black”, a música do Metallica que lhe salvou a vida

Dando outro exemplo, Corgan refletiu sobre o papel que o Metallica teve em sua própria vida quando ele estava lutando com a morte da avó. Uma faixa de “Ride the Lightning” (1984) o ajudou.

“Eu disse isso a Lars Ulrich (baterista) quando eu estava em seu programa: ‘Fade to Black’ do Metallica foi lançada quando minha avó estava morrendo de câncer. Essa música salvou minha vida… Quando você tem esses momentos com o rock, cria uma lealdade entre a banda e o fã.”

Essa lealdade tende a não ser comprometida pelas perspectivas mutáveis ​​dos formadores de opinião. Por outro lado, Corgan observa que o Smashing Pumpkins costumava receber algumas críticas por tocar riffs de metal em seus primeiros álbuns.

“Quando começamos nos anos 80 e tocávamos riffs de metal em nossas músicas de rock alternativo — quero dizer, a quantidade de esnobismo que recebemos por causa disso… E não quero citar nomes, mas algumas bandas estavam flertando com coisas de metal e fazendo um ótimo trabalho, mas sempre foi meio que posicionado como um pouco irônico… Tipo ‘Isso não é quem somos, porque não queremos ser associados a todas essas coisas que as pessoas normalmente associariam na época… Satanás e misoginia (risos). Nós abraçamos o metal de uma forma que deixava as pessoas desconfortáveis, e eu pensava, ‘Isso é ótimo. Eu quero deixar essas pessoas desconfortáveis. Eu realmente quero.’”

Smashing Pumpkins no Brasil em 2024

O Smashing Pumpkins lançou o álbum “Aghori Mhori Mei” no último dia 19 de agosto. O 13º trabalho de estúdio da banda traz Billy acompanhado por James Iha (guitarra) e Jimmy Chamberlin (bateria), além dos músicos de apoio Katie Cole (teclado), Jack Bates (baixo) e Kiki Wong (guitarra).

O grupo vem ao Brasil para dois shows no final do ano. As apresentações acontecem em Brasília, dia 1º de novembro, sexta-feira, na Arena BRB Nilson Nelson; e São Paulo, dia 3 de novembro, domingo, no Espaço Unimed.

O selo e produtora Balaclava Records, em co-realização com a produtora Music On Events, são os responsáveis pela tour. Na capital federal, os ingressos podem ser adquiridos em breve no site Bilheteria Digital. Já na megalópole paulista, as entradas estarão à venda para o público geral a partir desta sexta-feira (19) através do site Tickets On.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Em entrevista ao The Allison Hagendorf Show, o músico falou sobre sua relação com o movimento. Inicialmente um fã, ele teve o privilégio de assistir alguns shows que deixariam o headbanger saudosista babando de inveja.

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“Fui abençoado. Vi o Iron Maiden em sua primeira turnê com Bruce Dickinson… Vi o Metallica na turnê ‘Ride the Lightning’ e o Judas Priest em 82, em uma pista de corrida, na turnê ‘Screaming for Vengeance’. Vi o Accept abrindo para o Iron Maiden… Como é comumente entendido sobre mim, eu não dou a mínima para o que as pessoas pensam sobre música, porque a maior parte do pensamento musical é baseado em esnobismo.”

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“O metal nos lembra que nem todo mundo se importa com o voto esnobe, seja Metallica, Rush ou Mötley Crüe. Se você cresceu no mundo em que eu cresci, e tantas pessoas para quem essa música fala de uma forma muito visceral, não é para ser bonito.”

Como referência cabal de autenticidade, Billy menciona Rob Halford, não à toa conhecido como Metal God.

“Pegue o Judas Priest como exemplo. Aqui você tem um homem gay enrustido nos anos 80, que está passando por todo tipo de tormento interior, com medo de que se ele for descoberto, isso pode acabar com sua banda. De alguma forma, através dessa luta interior, ele encontrou um público que o aceitou como ele é.”

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“Eu disse isso a Lars Ulrich (baterista) quando eu estava em seu programa: ‘Fade to Black’ do Metallica foi lançada quando minha avó estava morrendo de câncer. Essa música salvou minha vida… Quando você tem esses momentos com o rock, cria uma lealdade entre a banda e o fã.”

Essa lealdade tende a não ser comprometida pelas perspectivas mutáveis ​​dos formadores de opinião. Por outro lado, Corgan observa que o Smashing Pumpkins costumava receber algumas críticas por tocar riffs de metal em seus primeiros álbuns.

“Quando começamos nos anos 80 e tocávamos riffs de metal em nossas músicas de rock alternativo — quero dizer, a quantidade de esnobismo que recebemos por causa disso… E não quero citar nomes, mas algumas bandas estavam flertando com coisas de metal e fazendo um ótimo trabalho, mas sempre foi meio que posicionado como um pouco irônico… Tipo ‘Isso não é quem somos, porque não queremos ser associados a todas essas coisas que as pessoas normalmente associariam na época… Satanás e misoginia (risos). Nós abraçamos o metal de uma forma que deixava as pessoas desconfortáveis, e eu pensava, ‘Isso é ótimo. Eu quero deixar essas pessoas desconfortáveis. Eu realmente quero.’”

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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