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Stevie Nicks apoia direito ao aborto na nova música “The Lighthouse”

Composição é mais um dos vários manifestos de artistas sobre a revogação da garantia do acesso ao procedimento nos EUA, ocorrida em 2022

Stevie Nicks lançou uma nova música chamada “The Lighthouse”. A composição é um manifesto a favor do direito do acesso ao aborto. Em junho de 2022, a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou a decisão que garantia a possibilidade a todas as mulheres em território nacional.

A eterna cantora do Fleetwood Mac descreveu a canção como “a coisa mais importante que já fiz”. O conteúdo lírico traz frases como “Eu tenho minhas cicatrizes, você tem as suas / Não deixe que eles tomem seu poder” e “Eles vão levar sua alma, eles vão levar seu poder / A menos que você a salve / E é isso / A menos que você se levante e a tome de volta”.

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Em material promocional, a artista destaca:

“Eu escrevi essa música alguns meses depois que a Roe vs. Wade foi anulada. Parecia que da noite para o dia, as pessoas estavam dizendo ‘o que podemos, como uma força coletiva, fazer sobre isso…’ Para mim, era escrever uma música. Demorou um pouco porque estava na estrada.

Então, uma manhã cedo, estava assistindo ao noticiário na TV e uma certa apresentadora disse algo que parecia estar falando comigo, explicando o que a perda de Roe vs. Wade viria a significar. Eu escrevi a música na manhã seguinte e gravei naquela noite.

Isso foi em 6 de setembro de 2022. Tenho trabalhado nela desde então. Muitas vezes eu disse a mim mesma: ‘Esta pode ser a coisa mais importante que eu já fiz’. Defender as mulheres dos Estados Unidos, suas filhas, netas e os homens que as amam. Este é um hino.”

O videoclipe pode ser conferido no player abaixo.

Músicos do rock e metal reagem após direito ao aborto ser suspenso nos EUA

À época da revogação do direito, músicos da cena rock/metal foram às redes sociais e reagiram à definição, que teve 6 votos pela mudança contra 3 pela manutenção das leis vigentes.

Eis algumas manifestações:

Pearl Jam: “Ninguém, seja o governo, políticos ou a Suprema Corte, deveria proibir o acesso ao aborto, controle de nascimento e contraceptivos. As pessoas devem ter LIBERDADE de escolha. A decisão de hoje impacta a todos, especialmente mulheres pobres que não têm condições de viajar para ter acesso a tratamento. Seguiremos ativos na luta, sem retroceder ou desistir. Eleições têm consequências, junte-se a nós.”

Hayley Williams (Paramore): “Ainda parece impossível compreender que vivemos em um país tão dividido em direitos humanos básicos, ou seja, saúde e direitos reprodutivos das mulheres. […] Estou tão irritada e cansada. Não sou a única. Eu não posto mais neste aplicativo, mas baixei esta manhã para dizer algo, porque parecia estranho ter nossa equipe postando meus sentimentos de raiva por mim. Eu sei que existem inúmeros líderes de organizações, ativistas e cidadãos deste país que estão aqui fazendo um trabalho ingrato para fazer qualquer sinal de progresso. Mantendo viva a esperança. Muito obrigado às pessoas que estão lutando pelos direitos das mulheres diariamente e de maneiras que eu nunca vou saber. Hoje NÃO é o fim.”

David Draiman, vocalista do Disturbed: “O governo não deve dizer o que alguém pode ou não fazer com o próprio corpo. Ponto final. Isso é uma piada grotesca.”

Todd La Torre, vocalista do Queensrÿche: “Os cultos religiosos estão um passo mais perto de uma teocracia. Que piada. Fizemos o relógio voltar décadas para as mulheres.”

Alex Skolnick, guitarrista do Testament: “Hoje eles (Thomas / Gorsuch / Barrett / Kavenough – cada um dos quais cometeu perjúrio em audiências) estão forçando a gravidez indesejada sobre as mulheres. Ontem eles forçaram mais armas sobre todos nós. Em seguida, controlando a vida sexual, estilo anos 1950 (sem brincadeira). ISSO VAI SER GUERRA.”

Brett Gurewitz, guitarrista do Bad Religion: “Horrorizado, mas não surpreso com a decisão da Suprema Corte de derrubar Roe vs. Wade. Hoje e para sempre eu estou com as mulheres com raiva e luto por sua perda de liberdade pessoal.”

Brian Fair, vocalista do Shadows Fall: “Enojado que “justiças” não eleitas possam arrancar direitos e precedentes de 50 anos, mandando nosso país para trás. Que direitos eles almejarão em seguida?”

Yungblud: “A Suprema Corte acabou com o direito constitucional de obter um aborto dizendo que deveria ser deixado para cada estado decidir. Isso é horrível! Eles simplesmente tiraram o direito de decidir sobre o próprio corpo de alguém! Precisamos falar: seu corpo, sua escolha! #AbortoÉQuestãoDeSaúde”

Roe Vs. Wade e as mudanças

O caso Roe Vs. Wade ocorreu em 1973 e passou a valer como entendimento de que o direito ao respeito à vida privada garantido pela Constituição se aplicava ao aborto. De acordo com o G1, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a decisão da Suprema Corte, que chamou de “ideologia extremista”. Biden defendeu que o direito ao aborto seja transformado em lei, disse que fará tudo o que estiver a seu alcance para “proteger a saúde das mulheres” e pediu protestos pacíficos.

Com a mudança no entendimento, cada estado pode decidir sobre os caminhos a seguir em relação à questão. A tendência natural foi de que os mais propensos ao conservadorismo tenham imposto sanções mais ferrenhas.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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A eterna cantora do Fleetwood Mac descreveu a canção como “a coisa mais importante que já fiz”. O conteúdo lírico traz frases como “Eu tenho minhas cicatrizes, você tem as suas / Não deixe que eles tomem seu poder” e “Eles vão levar sua alma, eles vão levar seu poder / A menos que você a salve / E é isso / A menos que você se levante e a tome de volta”.

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“Eu escrevi essa música alguns meses depois que a Roe vs. Wade foi anulada. Parecia que da noite para o dia, as pessoas estavam dizendo ‘o que podemos, como uma força coletiva, fazer sobre isso…’ Para mim, era escrever uma música. Demorou um pouco porque estava na estrada.

Então, uma manhã cedo, estava assistindo ao noticiário na TV e uma certa apresentadora disse algo que parecia estar falando comigo, explicando o que a perda de Roe vs. Wade viria a significar. Eu escrevi a música na manhã seguinte e gravei naquela noite.

Isso foi em 6 de setembro de 2022. Tenho trabalhado nela desde então. Muitas vezes eu disse a mim mesma: ‘Esta pode ser a coisa mais importante que eu já fiz’. Defender as mulheres dos Estados Unidos, suas filhas, netas e os homens que as amam. Este é um hino.”

O videoclipe pode ser conferido no player abaixo.

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À época da revogação do direito, músicos da cena rock/metal foram às redes sociais e reagiram à definição, que teve 6 votos pela mudança contra 3 pela manutenção das leis vigentes.

Eis algumas manifestações:

Pearl Jam: “Ninguém, seja o governo, políticos ou a Suprema Corte, deveria proibir o acesso ao aborto, controle de nascimento e contraceptivos. As pessoas devem ter LIBERDADE de escolha. A decisão de hoje impacta a todos, especialmente mulheres pobres que não têm condições de viajar para ter acesso a tratamento. Seguiremos ativos na luta, sem retroceder ou desistir. Eleições têm consequências, junte-se a nós.”

Hayley Williams (Paramore): “Ainda parece impossível compreender que vivemos em um país tão dividido em direitos humanos básicos, ou seja, saúde e direitos reprodutivos das mulheres. […] Estou tão irritada e cansada. Não sou a única. Eu não posto mais neste aplicativo, mas baixei esta manhã para dizer algo, porque parecia estranho ter nossa equipe postando meus sentimentos de raiva por mim. Eu sei que existem inúmeros líderes de organizações, ativistas e cidadãos deste país que estão aqui fazendo um trabalho ingrato para fazer qualquer sinal de progresso. Mantendo viva a esperança. Muito obrigado às pessoas que estão lutando pelos direitos das mulheres diariamente e de maneiras que eu nunca vou saber. Hoje NÃO é o fim.”

David Draiman, vocalista do Disturbed: “O governo não deve dizer o que alguém pode ou não fazer com o próprio corpo. Ponto final. Isso é uma piada grotesca.”

Todd La Torre, vocalista do Queensrÿche: “Os cultos religiosos estão um passo mais perto de uma teocracia. Que piada. Fizemos o relógio voltar décadas para as mulheres.”

Alex Skolnick, guitarrista do Testament: “Hoje eles (Thomas / Gorsuch / Barrett / Kavenough – cada um dos quais cometeu perjúrio em audiências) estão forçando a gravidez indesejada sobre as mulheres. Ontem eles forçaram mais armas sobre todos nós. Em seguida, controlando a vida sexual, estilo anos 1950 (sem brincadeira). ISSO VAI SER GUERRA.”

Brett Gurewitz, guitarrista do Bad Religion: “Horrorizado, mas não surpreso com a decisão da Suprema Corte de derrubar Roe vs. Wade. Hoje e para sempre eu estou com as mulheres com raiva e luto por sua perda de liberdade pessoal.”

Brian Fair, vocalista do Shadows Fall: “Enojado que “justiças” não eleitas possam arrancar direitos e precedentes de 50 anos, mandando nosso país para trás. Que direitos eles almejarão em seguida?”

Yungblud: “A Suprema Corte acabou com o direito constitucional de obter um aborto dizendo que deveria ser deixado para cada estado decidir. Isso é horrível! Eles simplesmente tiraram o direito de decidir sobre o próprio corpo de alguém! Precisamos falar: seu corpo, sua escolha! #AbortoÉQuestãoDeSaúde”

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O caso Roe Vs. Wade ocorreu em 1973 e passou a valer como entendimento de que o direito ao respeito à vida privada garantido pela Constituição se aplicava ao aborto. De acordo com o G1, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a decisão da Suprema Corte, que chamou de “ideologia extremista”. Biden defendeu que o direito ao aborto seja transformado em lei, disse que fará tudo o que estiver a seu alcance para “proteger a saúde das mulheres” e pediu protestos pacíficos.

Com a mudança no entendimento, cada estado pode decidir sobre os caminhos a seguir em relação à questão. A tendência natural foi de que os mais propensos ao conservadorismo tenham imposto sanções mais ferrenhas.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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